15/01/2025
Estrela Cadente 🌟
Capítulo 11: O Encontro no Escuro
Isabelle abriu os olhos lentamente, sentindo uma pressão na testa que parecia esmagar seu crânio. Seu corpo estava pesado, como se tivesse sido jogado contra uma parede invisível, e uma dor intensa pulsava na sua cabeça. Com a mão direita, ela tocou a testa, onde sentiu o curativo ainda fresco, indicando que algo grave havia acontecido. A lembrança da batida, o som do impacto... tudo começou a se misturar em sua mente, tornando-se uma névoa confusa e assustadora.
Tentando se orientar, Isabelle olhou ao redor, tentando entender onde estava. O ambiente parecia um quarto, mas não um quarto qualquer. Era imenso, com móveis luxuosos, tapetes macios e paredes adornadas com quadros antigos. A luz suave do sol entrava por uma janela ampla, refletindo em cortinas pesadas de um tom dourado. Não parecia um hospital. Não tinha cheiro de antisséptico, nem aquele silêncio abafado que a fazia sentir-se vulnerável. Não. Era um quarto de mansão. Uma mansão que ela não reconhecia.
Um tremor percorreu seu corpo quando ela tentou se levantar, e a dor explodiu em sua cabeça, fazendo-a cair novamente contra a cama. Lembrou-se, então, do acidente. O atropelamento. O impacto brutal. A estrada. A sensação de estar à deriva. Mas onde estava? E quem a havia trazido para ali?
Com um esforço imenso, Isabelle se ergueu novamente, desta vez mais devagar, sentindo o corpo ainda fraco e dolorido. Quando olhou pela janela, um jardim imenso se revelou diante dela. O espaço parecia infinito, com árvores frondosas, flores coloridas e um lago cintilante ao fundo. Uma paisagem de conto de fadas. Seus olhos percorriam cada detalhe do cenário, cada centímetro daquela maravilha que parecia saída de um sonho. A brisa suave acariciava sua pele, e o ar fresco do jardim parecia curar um pouco da tensão que se acumulava em seu peito. Mas, mesmo em meio à beleza daquele lugar, uma sensação de estranhamento a consumia.
Ela se aproximou da janela de vidro e a abriu. O aroma do ar parecia mais doce e envolvente, como se o próprio lugar fosse mágico. Mas algo a fez parar. Uma Ferrari vermelha estava estacionada no jardim, sob a sombra de uma árvore. A visão daquele carro fez seu estômago apertar, e uma onda de ansiedade a dominou. Dante. Ele sempre estava por perto, como uma sombra. Como ele poderia estar ali?
A tensão cresceu dentro de Isabelle, e seus pensamentos começaram a se embaralhar. O que ele estava fazendo ali? Aquela casa era dele? Ou era dele de algum modo? Ele tinha alguma ligação com aquele lugar? E, mais importante, como ele soubera o que tinha acontecido com ela?
Foi como se o mundo tivesse parado por um segundo. O medo, a confusão, a dor… tudo a envolvia. Isabelle sentia-se perdida, sem respostas, sem saber em quem confiar ou o que acreditar. A dúvida a consumia, mas ela sabia que não podia ficar ali por mais tempo.
Rapidamente, Isabelle se afastou da janela e foi para dentro do quarto. Quando se virou, ele estava lá.
Dante.
De pé, imóvel, como se tivesse surgido do nada. A figura imponente e imperturbável de sempre, mas algo estava diferente. Ele não estava com aquele olhar frio, arrogante e distante. Não. Havia algo mais… algo quase humano em seus olhos. Ele a observava, e Isabelle sentiu uma mistura de surpresae desconfiança. Como ele estava ali? Como ele sabia onde ela estava? E, por que a estava ajudando? Ele não era o tipo de pessoa que se importaria com alguém como ela, não era?
A confusão tomou conta de Isabelle, e sua cabeça girou. A dor aumentou. Ela sentiu-se tonta e, sem conseguir se manter em pé, quase caiu para trás. Mas antes que isso acontecesse, Dante a segurou, firme, pelos braços. A força dele a fez se sentir segura, mas ao mesmo tempo, vulnerável.
— Melhor se sentar. — A voz dele, suave, quase gentil, soou diferente, como se estivesse… preocupado? Isso não era Dante. Não era o homem imponente e arrogante que ela conhecia. Quem era ele agora?
Ela se sentou na cama, ainda sem saber o que pensar ou o que fazer. A confusão só aumentava. Ele estava diferente. O que isso significava?
Dante puxou uma poltrona de couro e se sentou à sua frente, observando-a com uma intensidade que a fazia sentir-se exposta, como se ele estivesse lendo sua alma.
— Acredito que esteja com muitas perguntas para fazer. — Ele disse, a voz baixa, mas cheia de algo que Isabelle não conseguia identificar.
Ela assentiu, sem palavras. O que ela poderia perguntar? Como ele a ajudou? Por que a estava ajudando? E, o que ele queria dela?
Dante a observava com um olhar que parecia procurar algo nas profundezas de seu ser. Algo que ela não estava pronta para revelar, mas que ele provavelmente já sabia.
Continua....
O que irá acontecer? Dante está sendo verdadeiro ou isso tudo é apenas mais uma das suas jogadas bem pensadas? O que você acha?
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