Edvânio Leal

04/07/2025

Hoje vou falar um pouquinho de enfermagem e o cenário atual, por isso de antemão peço desculpas porque vou escrever muito e preciso da vossa atenção!

Ainda hoje, muitos escolhem a Enfermagem não por convicção, mas por “ter dado errado” em outros planos, por não terem conseguido fazer Medicina ou outro curso e por esse fato muito não trabalham com amor e quem sofre são os pacientes, mas é preciso lembrar que trabalhar na saúde não pode ser apenas um acaso “Quem escolhe cuidar de vidas deve ter como primeira regra amar o próximo”

Queremos e precisamos de profissionais de Enfermagem verdadeiramente comprometidos, que amam o que fazem e entendem a grandeza dessa missão. Eu não gosto de dizer que a Enfermagem é “por amor” isso soa como se bastasse boa apenas amor, como se o requisito fosse apenas ser alguém caridoso, e para mim isso já não pega, isso era naquele tempo da idade média onde os sacerdotes e freiras cuidavam das pessoas em enfermo aí sim, hoje essa narrativa pode degradar a imagem, fazendo pensar que qualquer um pode fazer. A Enfermagem é profissão, é baseada em evidências científ**as, é técnica, então vamos corrigir isso, não é por amor é com amor, porque só assim podemos dar dignidade a quem cuidamos e valorizar a nossa profissão.

Ainda há quem compare a Enfermagem com a Medicina, esquecendo que são ciências distintas, igualmente importantes e complementares, a verdade é que a Medicina começou primeiro e já caminhou muito e enormes feitos encontram-se reportados nos anais da história, mas a Enfermagem também tem uma história revolucionária, especialmente a partir de Florence Nightingale, que modernizou os cuidados, fundou escolas, transformou um trabalho antes não remunerado em uma profissão reconhecida, e eu acredito que por ser uma ciência jovem, a Enfermagem ainda tem um vasto campo para crescer e isso é uma oportunidade. Em países como Angola, por exemplo, ainda há pouca produção científ**a na área, poucos trabalhos de pesquisa poucos especialistas, isso mostra o quanto há para ser explorado, o quanto podemos avançar na construção de conhecimento próprio, relevante e transformador.

Eu só espero que, daqui a alguns anos, vejamos uma geração de enfermeiros e enfermeiras verdadeiramente comprometidos com a ciência, com a pesquisa, com a valorização de sua profissão, gente que trabalha com técnica e ciência, mas também com empatia e amor pelo outro.

A Enfermagem é profissão, é ciência, é arte e só vai crescer quando for feita com amor e compromisso, e que nós estejamos à altura desse chamado. Ela não é prêmio de consolação para quem “deu errado” em outra carreira. É uma profissão, uma ciência, uma escolha que exige técnica, compromisso e humanidade.
Queremos profissionais que amam o que fazem, que levantam a bandeira da pesquisa, do cuidado e da valorização.
A Enfermagem ainda é jovem, mas tem um futuro imenso a ser construído.
E ele começa com cada um de nós, hoje, escolhendo fazer essa ciência crescer, com amor e responsabilidade.

Sobre remuneração acho que é uma questão que precisa ser discutida com seriedade, onde as instituições, as autoridades e a sociedade em geral precisam entender que profissionais de saúde bem remunerados são também profissionais mais motivados, reconhecidos e respeitados. É questão de justiça e também de qualidade no cuidado acredito que se lembram na época da Covid-19 onde vimos profissionais de saúde (enfermeiros e técnicos de enfermagem) colocando suas vidas em risco para cuidar do outro, enfrentando ambientes críticos, conviveram com o risco de contágio, muitos adoeceram, muitos perderam a vida. Tudo isso para cumprir sua missão de proteger a vida humana. E, mesmo assim, continuam a receber salários baixos, muitas vezes incompatíveis com o peso e a responsabilidade do seu trabalho, mas ao mesmo tempo, é importante dizer que ninguém deve escolher a Enfermagem com a expectativa de “f**ar rico” trabalhando para alguém (governo). A Enfermagem é feita para quem quer servir a sociedade, quem deseja enriquecer como eu🤓, tem outras possibilidades como empreendedorismo e vários outros projetos pessoais.

Se gostou siga a minha página e vamos revolucionar a enfermagem contemporânea 🙌🏾👨🏿‍⚕️

04/07/2025

Já ouviu falar de Síndrome de Burnout?

Ela é um distúrbio emocional causado pelo excesso de estresse relacionado ao trabalho, também é chamada de “Síndrome do Esgotamento Profissional”

As causas geralmente está ligada a:
• Sobrecarga de trabalho;
• Falta de reconhecimento;
• Jornadas longas e pressões constantes;
•. Etc.

A sobrecarga de trabalho acontece quando a pessoa tem que realizar mais tarefas, ou em menos tempo, ou com menos recursos, do que é saudável ou humanamente possível. Fazendo com que o corpo e a mente f**am sempre em alerta (liberando cortisol, adrenalina), a pessoa não consegue descansar nem fora do trabalho, fazendo com que o organismo não dá conta de se recuperar. Com o tempo, isso leva a:
✅ Exaustão física e mental.
✅ Redução da produtividade.
✅ Sentimento de fracasso e incapacidade.
✅ Irritabilidade, tristeza e isolamento.

Falta de reconhecimento é quando você trabalha muito, se dedica, ninguém elogia ou agradece, não há feedback positivo etc. Psicologicamente, o ser humano precisa de sentido e motivação no que faz, quando a pessoa sente que, não importa o quanto se esforce, ninguém valoriza seu trabalho a sua motivação cai e surge a frustração, raiva ou tristeza.

Jornadas longas são aquelas em que a pessoa f**a muitas horas seguidas trabalhando, sem tempo adequado para descanso, lazer ou autocuidado. Quando a pessoa tem jornadas longas e pressões constantes, ela vive em um ciclo vicioso onde não descansa, se sente constantemente cobrada, não tem tempo para se cuidar e vai se desgastando até adoecer.

Os sintomas tem 3 dimensões principais:

1️⃣ Exaustão emocional:
• Cansaço físico e mental extremo.
• Falta de energia para atividades simples.
• Sensação de estar “no limite”.

2️⃣ Despersonalização:
• Atitudes frias, distantes ou cínicas no trabalho.
• Perda de empatia pelos colegas ou clientes.

3️⃣ Redução da realização pessoal:
• Sentimento de incompetência ou fracasso.
• Baixa autoestima.
• Falta de motivação para trabalhar.

Outros sintomas comuns:
• Ansiedade, insônia.
• Dores musculares, dores de cabeça.
• Problemas gastrointestinais.

Cuide-se, você não é uma máquina por isso respeite seus limites, faça pausas e lembre-se que a sua saúde vale mais que qualquer meta.
Se já sente cansaço extremo, tristeza ou desânimo, é hora de parar e pedir ajuda.
Você não precisa dar conta de tudo só precisa se cuidar.

14/05/2025

Hoje eu vou falar sobre uma precursora da Enfermagem internacional muito importante, o seu nome é Mary Seacole.

Talvez você nunca tenha ouvido falar de Mary Seacole, eu também apenas tive contacto com a sua história recentemente mas acredito que já ouviu falar de Florence Nightingale, certo? Pois é, chegou o momento de conhecer também a história dessa mulher extraordinária que foi Mary Seacole.

Mary nasceu a 23/11/1805 e faleceu a 14/05/1881, em Kingston, na Jamaica. Ela era filha de um oficial escocês e de uma mulher africana por isso, Mary Seacole era uma jamaicana negra. Desde cedo, aprendeu com sua mãe a cuidar de pessoas doentes sua mãe praticava a medicina tradicional, também conhecida como curandeirismo, usando raízes e plantas medicinais para tratar doenças como cólera e febre amarela, que assolavam a Jamaica na época, com o tempo, Mary se envolveu cada vez mais no cuidado de enfermos e chegou a prestar apoio a soldados feridos durante conflitos. Viajou pela América Central, incluindo o Panamá e Cuba, sempre prestando serviços de saúde com os conhecimentos que possuía.

Durante a Guerra da Crimeia, em 1854 conflito que envolveu Inglaterra, França e Rússia Mary descobriu que um grupo de enfermeiras estava indo até a região para cuidar dos soldados e esse grupo era liderado por ninguém menos que Florence Nightingale, então a Mary Seacole se inscreveu para fazer parte desse grupo, mas foi recusada por Florence. Florence acreditou que ela queria apenas um emprego, sem compreender que Mary queria, de fato, oferecer seus conhecimentos para ajudar. Mesmo assim, Mary não se deixou abalar.

Determinada, ela viajou por conta própria até a zona de guerra e montou o British Hotel um ponto de apoio próximo ao campo de batalha. Nesse local, ela oferecia cuidados de saúde, alimentação e medicamentos (baseados na medicina tradicional) aos soldados, inclusive de ambos os lados do conflito. Isso mostra como ela era estratégica e dedicada ao cuidado, sem discriminação.

Diferente de Florence, que atuava no hospital de Scutari (na Turquia), Mary estava diretamente no campo de batalha, realizando curativos e tratando feridos com os poucos recursos que tinha.

Quando a guerra acabou, Mary retornou à Inglaterra cheia de dívidas, pois havia financiado seu trabalho com recursos próprios. Ela chegou a declarar falência e mais tarde, escreveu um livro autobiográfico chamado “Wonderful Adventures of Mrs. Seacole in Many Lands” (em tradução livre, “Aventuras Maravilhosas de Mary Seacole em Muitas Terras”), onde contou toda a sua trajetória. Infelizmente, sua história ficou esquecida por mais de 100 anos. Ela só começou a ser redescoberta quando a enfermeira britânica Elsie Gordon encontrou seu livro e resolveu publicá-lo em uma revista e a partir daí, a história de Mary Seacole começou a ressurgir.

Enquanto Florence Nightingale foi amplamente homenageada, inclusive com estátuas e memoriais em Londres, Mary Seacole foi ignorada por muito tempo. E isso nos leva a refletir sobre a injustiça e preconceito em uma época de racismo e opressão, pois tudo isso contribuiu para que sua história fosse silenciada.

Hoje, ela é reconhecida na Jamaica. Existe uma associação com seu nome, eventos em sua homenagem e um centro de cuidados chamado “Mary Seacole Centre”. E em frente ao hospital St. Thomas, em Londres, foi finalmente erguida uma estátua em sua homenagem ainda que tenha enfrentado resistência por parte de alguns setores da sociedade.

Mary Seacole foi uma mulher à frente do seu tempo, que enfrentou o racismo, o preconceito e a exclusão, mas não deixou de exercer sua missão de cuidar. É fundamental que nós, estudantes e profissionais da Enfermagem, conheçamos também a sua história não apenas a de Florence Nightingale para reconhecermos todas as vozes que contribuíram para a construção da nossa profissão.

06/05/2025

A Enfermagem pode ser comparada a um grande jardim em constante cultivo. No início, esse jardim era árido, repleto de pedras e ervas daninhas do preconceito, da desorganização e da desvalorização do cuidado. No entanto, surgiu uma jardineira determinada: Florence Nightingale, que com coragem, perseverança e um olhar visionário, começou a preparar a terra.

Durante a Guerra da Crimeia (1853-1856), Florence não apenas cuidava dos soldados feridos ela organizou o caos, trouxe métodos sanitários, controle de infecção e registrou estatísticas, tornando-se a primeira mulher a transformar o cuidado em ciência. A sua lâmpada que iluminava corredores escuros era, na verdade, um farol de esperança, guiando a Enfermagem rumo a uma nova era. Ela acreditava que cuidar era também raciocinar, registrar e estudar, ela fez da prática uma arte e da observação uma ciência, mas o jardim não cresceu só com ela. Vieram outras jardineiras e jardineiros: Lilian Wald, que levou a enfermagem para as comunidades pobres dos EUA, Anna Nery no Brasil, que lutou em campos de batalha e contribuiu para a construção da Enfermagem nacional, e Virginia Henderson, que trouxe um olhar mais filosófico sobre a independência do paciente. Cada um plantou sementes diferentes: teorias, modelos de cuidado, práticas humanizadas e abordagens científ**as.

Contudo, mesmo com todo esse florescimento, hoje muitos desses canteiros ainda sofrem com a seca da desvalorização, da falta de reconhecimento, da sobrecarga e da visão equivocada de que o enfermeiro está abaixo de outras profissões. Há ervas daninhas simbólicas que ainda persistem como a falta de união entre os profissionais, o medo de inovar, e os tabus que cercam a identidade da Enfermagem.

Por isso, os enfermeiros de hoje são chamados a ser jardineiros conscientes do legado que herdaram. Devem empunhar as ferramentas deixadas por Florence: a razão, a ciência, o cuidado e a coragem. Precisam regar esse jardim com conhecimento, regar com união, adubar com pesquisa e fortalecer as raízes com ética e amor à profissão.

Como artistas do cuidado, devem ver cada paciente como uma tela viva, onde o toque, a escuta e a técnica formam a obra. Como cientistas, precisam estudar o solo, medir os resultados, criar métodos, testar hipóteses, inovar. E como líderes, devem lutar por políticas públicas, estar presentes em espaços de decisão e trabalhar em equipe com outros profissionais da saúde.

A Enfermagem é um jardim coletivo. É ciência, é arte, é luta. É um campo que floresce quando há compromisso com o legado, coragem para inovar e amor por cuidar. Que cada enfermeiro de hoje seja, como Florence, um cultivador de esperança, um semeador de ciência, e um defensor da dignidade humana.

Hoje não é uma efeméride. Não é o Dia da Enfermagem, nem uma data simbólica da história da saúde. Mas eu decidi publicar este texto porque quando se levanta a bandeira da Enfermagem com verdade e compromisso, cada dia se torna especial. A Enfermagem é construída diariamente nos turnos cansativos, nos estudos silenciosos, nas lutas por reconhecimento, e nas pequenas revoluções que fazemos em silêncio.

Espero que esse texto sirva de inspiração para que todos nós, e que independentemente do calendário, sejamos chamados a dinamizar, valorizar e fazer crescer essa profissão tão essencial à vida.

12/04/2025

Tivemos uma prática de Biologia sobre ácidos nucléicos onde fizemos a extração do DNA

🧬 A extração de DNA é um processo laboratorial utilizado para isolar o DNA de células vivas. Na aula, aprendemos que essa técnica é importante para pesquisas genéticas, te**es forenses, estudos de doenças e biotecnologia.

Etapas básicas:
1. Lise celular: usamos detergente e sal para quebrar a membrana da célula e liberar o DNA.
2. Separação de impurezas: adicionamos substâncias que removem proteínas e resíduos celulares, nesse etapa utilizamos o sal de cozinha ( cloreto de sódio - NaCl) pois ele ajuda a neutralizar as cargas negativas do DNA, facilitando sua aglomeração e também ajuda na separação das proteínas do DNA, pois o sal desestabiliza as ligações entre o DNA e as proteínas que o envolvem no núcleo.
3. Precipitação do DNA: colocamos álcool gelado, fazendo o DNA aparecer como uma substância branca e viscosa.
4. Coleta e armazenamento: o DNA extraído pode ser analisado ou guardado para estudos.

Fizemos a extração de DNA usando banana, mostrando que é possível visualizar o DNA com materiais simples e entender melhor a base da genética.

Obs o DNA são esses pontinhos brancos que parecem estar subindo, é incrível ver a molécula da vida. A Biologia é linda❤️🙌🏾

27/03/2025

https://youtu.be/pKRhvHfVOEo?si=63lMtp0sm-oS-84i
Temos novidades lá no Youtube 👇🏾

O vídeo completo estará disponível na sexta feira 28.03.2025 as 19h, aqui neste canal ...

12/03/2025

https://youtu.be/leYsJsOa864?si=cwF5Dpml3Wrh3Ox9

Neste vídeo, faço algo especial: uma conversa comigo mesmo para o futuro. Gravei este momento como uma forma de introspecção, onde compartilho meus pensament...

07/03/2025

O futuro é construído nas escolhas que fazemos hoje, cada passo dado com coragem e propósito nos aproxima dos nossos sonhos.
Fé, foco e determinação 🙌🏾🇦🇴🇧🇷

03/03/2025

Bora lá participar dessa aventura 👇🏾

Durante esse vídeo eu mostrarei o percurso, os desafios da trilha e, claro, a recompensa final, uma paisagem de tirar o fôlego ao Alto do Santa Rita! Além di...

26/02/2025

Estávamos falando de variações linguísticas e por ocasião de ter aí várias culturas, criou-se um clima muito maravilhoso.

A variação linguística refere-se às diferenças que ocorrem dentro de uma mesma língua devido a diversos fatores, como região, grupo social, faixa etária, nível de escolaridade e contexto de uso. Essas variações fazem com que a língua seja dinâmica e adaptável às necessidades dos falantes.
E existem vários tipos de variações linguísticas mas não vou me alongar muito.

Ex:. No Brasil, fala-se "abacaxi", enquanto em Portugal é comum "ananás".

Ex:. Em Angola, "kota" pode ser usado para se referir a uma pessoa mais velha, algo que não ocorre em outros países lusófonos.

Importância da variação linguística
A variação linguística mostra que não existe uma única maneira "correta" de falar uma língua. Ela reflete a identidade cultural dos falantes e deve ser respeitada, evitando o preconceito linguístico.

21/10/2023

📈📉Controle a sua pressão arterial regularmente e saíba os valores de referência para o seu bem-estar📟🥼🩺

Nº: 923854913

19/10/2023

🍂Saudações a todos 👋.

Dica: Medir a temperatura corporal é muito importante quando estamos com suspeitas de que alguém tenha febre ou valores abaixo do normal. A febre alta em crianças é um risco, nunca se esqueçam de usar um termómetro caso suspeitem que o vosso filho está com febre. E em caso de febre, procurar rapidamente a unidade de saúde mais próxima.

Adquirida já!!!