31/08/2025
Hoje vamos aprender um pouco sobre a saúde Masculina!
🩸🩸🩸E não seria melhor se ñ fosse fala da Prostatite
🩸O que é prostatite?
A prostatite é o termo clínico utilizado para designar a inflamação da próstata, podendo ser subdividida em prostatite crónica e prostatite aguda consoante o tempo de evolução dessa mesma inflamação.
A próstata inflamada pode ter origem em diferentes fatores, sendo que o mais comum é a propagação de uma infeção urinária com origem na uretra ou na bexiga (uretrite ou cistite) que é transmitida à próstata dando origem a uma infeção na próstata. Esta infeção, em fase aguda, pode originar inflamação da próstata - próstata “inchada” – e inclusive condicionar retenção urinária aguda (incapacidade súbita para urinar). Esta é uma patologia benigna, relativamente comum em pessoas com problemas de próstata prévios (ex. Hipertrofia benigna da próstata) que condicionam doenças do trato urinário, nomeadamente esvaziamento vesical incompleto ou infeções urinárias de repetição.
🩸 Prostatite aguda, prostatite crónica
Como referido previamente existem 2 grandes tipos de prostatite: a prostatite aguda e a prostatite crónica.
🩸Prostatite aguda – a prostatite aguda é a inflamação súbita da próstata, geralmente relacionada com uma infeção aguda que condiciona febre, aumento do volume da próstata, aumento da temperatura da próstata e que pode evoluir inclusive para a formação de abcessos da próstata e retenção urinária aguda.
🩸 Prostatite crónica – a prostatite crónica é uma inflamação crónica da próstata, relacionada com um aumento do número das células inflamatórias no tecido prostático e que pode estar associado ou não à presença de bactérias ou outros microoganismos. Nestes casos o quadro sintomático usualmente é mais ténue, descrevendo-se desconforto pélvico, sensação de peso sobre a região púbica, desconforto perineal (região entre a raiz do escroto e o â**s), necessidade imperiosa de urinar (urgência) ou aumento do número de micções ao longo do dia (poliaquiuria).
Em alguns casos a prostatite crónica pode ser englobada no âmbito do síndrome da dor pélvica crónica. Nestas situações predomina a dor ou desconforto pélvico persistente ou recorrente a que se associam sintomas do trato urinário inferior, da esfera sexual ou intestinal, e para a qual não se identif**a uma origem infecciosa ou outras causas orgânicas.
🩸🩸🩸Causas da prostatite
As infeções urinárias são a principal causa para as prostatites agudas, sendo estas denominadas prostatites infecciosas. Estas são geralmente provocadas por bactérias (Escherichia coli, Pseudomonas, Klebsiela e Proteus) que migram da bexiga ou da uretra para a próstata. A presença de infeções urinárias frequentes, problemas de esvaziamento da bexiga, uso de sonda vesical e uretrites de repetição aumentam a probabilidade de vir a desenvolver uma prostatite bacteriana.
Em jovens a prostatite geralmente possui um espectro microbiológico distinto dos idosos. Nestes são mais frequentes as prostatites por agentes infecciosos sexualmente transmissíveis como a clamidea, trichomonas e neisseria.
🩸 No caso da prostatite crónica, esta pode resultar de episódios de prostatite aguda infecciosa que não foram corretamente tratados (prostatite crónica bacteriana) ou por fenómenos inflamatórios locais, na maioria dos casos, de origem desconhecida (prostatite crónica abacteriana ou não infecciosa).
🩸🩸🩸Sintomas da prostatite
Os sinais e os sintomas variam consoante o doente e o tipo de prostatite presente e nalguns casos podem inclusive cursar sem queixas prostatite aguda cursa com:
🩸• Febre e tremores;
🩸• Dificuldade e dor a urinar;
🩸 • Sensação de esvaziamento vesical incompleto;
🩸 • Dor perineal ou pélvica;
🩸• Mal estar geral;
🩸• Urina turva ou com mau cheiro.
🩸🩸🩸Os sintomas da prostatite crónica costumam ser mais discretos e indolentes, manifestando-se por:
• Dificuldade em esvaziar a bexiga totalmente;
• Desconforto ou dor a urinar, ejacular ou defecar;
• Necessidade imperiosa de urinar várias vezes ao dia ou de se levantar durante a noite para urinar;
• Desconforto referido a nível do â**s ou alterações do intestino, períneo, região supra-púbica ou escroto.
🩸🩸 A prostatite é transmissível?
A prostatite não é uma doença transmissível de pessoa para pessoa. No entanto, a infeção urinária subjacente à prostatite pode ser contagiosa, nomeadamente quando relacionada com infeções por doenças sexualmente transmissíveis.
Assim, o contágio pode ocorrer durante a relação sexual (passar de uma pessoa para outra) se um dos elementos estiver contaminado com um agente sexualmente transmissível.
Esse microorganismo pode dar origem a uma uretrite ou cistite, podendo então evoluir para uma infeção da próstata.
🩸🩸🩸Diagnóstico da prostatite
O diagnóstico da prostatite é feito pelo médico urologista (especialista em urologia)�com base na história clínica e no exame objetivo.
🩸🩸🩸A inflamação da próstata costuma cursar com PSA elevado: na prostatite aguda este aumento é transitório e pode aumentar 5 a 10x o seu valor basal, voltando progressivamente para valores normais após o tratamento. Na prostatite crónica é frequente encontrar o PSA alto, com valores flutuantes, cujos aumentos são de menor amplitude do que na prostatite aguda (PSA oscilante). O doseamento do PSA não deve ser utilizado para o diagnóstico ou para avaliação da resposta terapêutica dado ser pouco específico e não ter valor prognóstico para estes casos.
A ecografia ou eventualmente a tomografia computorizada (TC ou TAC) está indicada nos casos em que seja necessário caracterizar melhor a próstata, como por exemplo nas prostatites crónicas ou quando existe a suspeita de abcessos prostáticos.
🩸 Na prostatite aguda deve ser evitada a realização da massagem prostática ou manipulação prostática com sonda ecográf**a endorectal pelo risco de libertação massiva de microrganismos para a corrente sanguínea e dar origem a uma sépsis (infeção generalizada).
🩸🩸A prostatite crónica causa impotência?
Embora muitos autores defendam que a inflamação crónica da próstata possa condicionar a longo prazo o aparecimento de disfunção eréctil ou impotência sexual, ainda não existem dados seguros sobre esta relação entre prostatite e disfunção eréctil.
🩸🩸No caso da fertilidade no homem, esta pode realmente diminuir nos casos de prostatites de repetição, levando mesmo ao desenvolvimento de infertilidade. Este fenómeno pode ser secundário a lesão local dos ductos ejaculatórios ou à transmissão da infeção aos testículos e/ou ao epidídimo, levando à disfunção destes órgãos responsáveis pela produção, maturação e transporte dos es***matozóides.
🩸🩸Prostatite tem cura?
Na vasta maioria dos casos a prostatite aguda tem cura, através da antibioterapia dirigida. No entanto, a cura pode não ser definitiva, havendo o risco de recidiva especialmente se não forem tratadas as restantes situações que predispõem o aparecimento das infeções urinárias.
O tratamento da prostatite crónica é difícil, engloba diversas terapêuticas dirigidas aos sintomas e à diminuição do grau de inflamação da próstata, mas que geralmente não curam o doente.
Saiba, de seguida, como tratar a prostatite.
🩸🩸🩸Tratamento da prostatite
O tratamento da prostatite deve ser realizado de acordo com o tipo de prostatite e consoante a presença ou ausência de infeção.
Os medicamentos (ou remédios) que se usam frequentemente no tratamento da prostatite infecciosa são os antibióticos, geralmente por um mínimo de 14 dias para as prostatites agudas ou 4 a 6 semanas para as prostatites
🩸🩸🩸Como prevenir a prostatite?
🩸🩸🩸Para prevenir a prostatite devem ser adoptados todos os mecanismos necessários para evitar as infeções do trato urinário baixo, como seja o reforço da hidratação oral, as micções regulares, assegurar esvaziamento vesical completo, etc.
Existem alguns doentes com síndromes de dor pélvica crónica que relatam que determinados cuidados na alimentação poderão promover uma melhoria nos sintomas. Estes sugerem que se devem evitar alimentos como o café, o picante, os citrinos (laranjas, limão, etc.), bebidas gaseif**adas ou o vinho verde, uma vez que estes alimentos poderão agravar os sintomas. No entanto, a eficácia destas medidas é variável de pessoa para pessoa e ainda não existem certezas sobre a sua utilidade em todos os doentes.