11/08/2025
• O EMPRESÁRIO E O PREGADOR •
Naquela igreja, todos sabiam quem era o empresário. Terno caro, carro de luxo, ofertas generosas. Sentava sempre na frente, cruzava os braços durante o culto e olhava para o pregador como quem avalia um funcionário.
O pastor era jovem, íntegro, cheio de temor. Não se impressionava com posição, nem com dinheiro. Sua pregação cortava como espada, e sua vida no secreto sustentava sua autoridade no público.
Um dia, após um culto, o empresário o chamou num canto:
— Pastor, gostei da palavra... Mas essa parte de "arrependimento e renúncia" talvez seja forte demais. A igreja precisa crescer, entende?
O pastor sorriu, respeitoso: A palavra não é minha para suavizar. Ela vem do Céu. Eu só entrego.
O empresário riu, colocou a mão no ombro do pastor e disse:
— Olha, estou disposto a investir pesado neste ministério. Posso reformar o templo, bancar eventos, até aumentar seu salário. Só preciso que seja... mais flexível. Menos confronto, mais motivação. Hoje em dia, isso atrai mais gente.
O pastor olhou firme, do que parsem hesitar:
— Prefiro pregar para dez que querem ser transformados do mil que querem ser entretidos.
A igreja não é uma empresa. Aqui, o Espírito manda não o dinheiro.
O empresário afastou-se, ofendido. Deixou de ir à igreja por um tempo. Mas os céus viram aquele dia.
E meses depois, quando o empresário enfrentou a maior crise da sua vida, foi aquele mesmo pastor o que ele tentou comprar que orou com ele, visitou-o no hospital e o ajudou a reencontrar Deus.
Lição:
Dinheiro compra aplausos, mas não compra unção.
Pode construir catedrais, mas não move o Céu.
Pregadores que se vendem ao sistema se tornam eco, não voz.
Que jamais falte ousadia para dizer NÃO ao que desonra o altar, mesmo que isso custe patrocínio. Porque a fidelidade a Deus vale mais que qualquer oferta.
Carlos kisalu
"Que haja entendimento"