05/11/2025
ESCÂNDALO NA ASSEMBLEIA NACIONAL: PRESIDENTE CAROLINA NO BOLSO DE PEDRO NERI, O SECRETÁRIO-GERAL QUE MANDA E DESMANDA
O nome de Pedro Agostinho de Neri, bilionário e atual Secretário-Geral da Assembleia Nacional, volta a ganhar destaque pelos piores motivos. Funcionários descrevem-no como o “Joel Leonardo da Assembleia Nacional”, um homem com olhos gordos no erário público e que se gaba de ter influência absoluta dentro da casa parlamentar.
Segundo apurou o Observa Angola, após a eleição de Carolina Cerqueira como presidente da Assembleia Nacional, muitos acreditaram que ela se livraria do polémico Neri. Conselheiros próximos chegaram a recomendar a sua exoneração imediata. Mas, surpreendentemente, Carolina manteve-o no cargo — e acabou, segundo fontes internas, a ficar refém do seu poder de manipulação.
Em círculos restritos, Pedro Neri teria chegado a afirmar com arrogância:
“A presidente já está no meu bolso. Ela não tem coragem de me exonerar.”
A declaração caiu como uma bomba entre os presentes, revelando o nível de autoconfiança e ousadia do secretário-geral.
Carolina Cerqueira sempre foi vista como uma dirigente de “mão de ferro”, intransigente e incorruptível. Mas, nos últimos meses, sua imagem começa a ser arrastada para o descrédito por causa da proximidade com Pedro Neri, acusado de práticas que minam a credibilidade da Assembleia.
Fontes garantem que, em matéria de corrupção, Neri rivaliza com Joel Leonardo, o ex-presidente do Tribunal Supremo, conhecido pelos escândalos de corrupção, nepotismo e chantagem.
PEDRO AGOSTINHO DE NERI ACUSADO DE USAR EMPRESAS LIGADAS AO PRESIDENTE PARA SE MANTER NO PODER
A Assembleia Nacional de Angola encontra-se mergulhada em mais um escândalo que expõe as fragilidades do sistema de contratação pública e levanta sérias questões sobre tráfico de influência, nepotismo e falta de transparência.
No epicentro da polémica está Pedro Agostinho de Neri, Secretário-Geral da Assembleia Nacional desde 2008, acusado de manipular processos internos para beneficiar empresas com ligações directas ao Presidente da República, João Lourenço.
📌 O ESQUEMA DOS CONTRATOS SEM CONCURSO:
Fontes internas, que solicitaram anonimato, denunciam que Neri teria desempenhado um papel decisivo na entrada da Vida Seguros – empresa do grupo Carrinho, ligado ao empresário César de Sousa, marido da Ministra das Finanças, Vera Daves – como fornecedora exclusiva dos seguros de saúde e de viagens dos deputados e funcionários parlamentares.
Segundo as denúncias, o contrato foi adjudicado sem concurso público, num claro atropelo à Lei da Contratação Pública, levantando suspeitas de favorecimento político e de blindagem de interesses privados com a máquina do Estado.
UMA REDE DE PODER E PROTEÇÃO.
Para analistas, a jogada de Neri revela não ap***s astúcia, mas também um perigoso uso estratégico das ligações políticas. Ao colocar no centro da Assembleia uma empresa associada à esfera familiar e empresarial do Presidente, o Secretário-Geral asseguraria, segundo críticos, uma espécie de imunidade política e garantia de longevidade no cargo.
O que espanta muitos deputados é a “inteligência maquiavélica” do dirigente: ao alinhar-se com interesses próximos ao chefe de Estado, Neri cria um escudo que dificulta qualquer tentativa de contestação ao seu poder interno.
O Observa Angola promete trazer nos próximos dias detalhes do esquema de desvio de fundos públicos atribuído a Pedro Agostinho de Neri, um dos segredos mais sombrios que circulam nos corredores da Assembleia Nacional.