Pérola das Acácias

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ESTE PROGRAMA É MESMO UMA “PIIMPA”  Reparem que apenas agora em 2025, oito anos após o lançamento, o Programa Integrado ...
29/09/2025

ESTE PROGRAMA É MESMO UMA “PIIMPA”

Reparem que apenas agora em 2025, oito anos após o lançamento, o Programa Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) proporciona uma obra ao município de Benguela. Apenas agora, Setembro de 2025, no dia dedicado ao trabalhador da saúde, segundo informou a TPA.
Não sei se devemos falar nestes termos. Na verdade, proporcionou a reparação de uma unidade sanitária, o Centro Materno Infantil.
Estamos a falar de um PIIM que, como dizia sempre Rui Falcão, “é um programa que tem dinheiro garantido, o único”.
Ele, o agora ministro da Juventude e Desportos, falava da “recuperação” dos milhões do Fundo Soberano. E as outras obras para o município-sede? Nem reabilitação do Cemitério da Camunda, nem esquadra policial, nem nada. Nhete! Fiquem mazé com o Centro Materno Infantil, e com o empreiteiro ainda à espera do kumbu …

Por: João Marcos | Jornalista

O Dombe, meus senhores, tem tudo para ser Grande    Agora com Manuel José Nunes Júnior na pista de dança, volta a tocar ...
26/09/2025

O Dombe, meus senhores, tem tudo para ser Grande

Agora com Manuel José
Nunes Júnior na pista de dança, volta a tocar a música do desassoreamento do rio Coporolo, Dombe Grande, com o grito de socorro, semelhante a tantos outros levados pelo vento, outra vez na iminência de destruição de campos agrícolas e moradias.
De Dumilde Rangel (que Deus o tenha!) a Luís Nunes, passando por Armando da Cruz, Isaac dos Anjos e Rui Falcão, pouco mais do que paliativos que não deixaram sequer uma réstia de esperança quanto à segurança num dos treze novos municípios da província de Benguela.
Foram colocados rios de dinheiro no Programa de Regularização dos Rios, também para o Cavaco e Catumbela, mas nada funcionou.
Em relação ao actual governador, que acaba de receber a bufunfa para combate a pobreza, gostaria de estar enganado quando me lembro que “Santos da Casa não Fazem Milagres”. Até mesmo pelo que vimos com DR, mas Manuel Nunes Júnior, este ilustre filho da terra a quem as comunidades do Dombe pedem qualquer coisa de diferente, também merece o benefício da dúvida.
São, no mínimo, quase trinta anos de drama em épocas de chuva. A fome e a pobreza tomam conta do Dombe, um município com tudo para ser Grande, a começar pelo potencial que a terra proporciona.
São temas como estes que deveriam estar a suscitar discussões, mas, triste, andamos a brincar aos HIGINOS e CIAS no parque das diversões.
Epa, estou falar só, como um cidadão preocupado com os solavancos do “PAÍS REAL”, como, incansavelmente, vem gritando o Zé Manel.
Já agora, rezem, irmãos, diria o Pedro Chindele

Por: João Marcos

EX-MISS E EX-MILITANTE DO MPLA DÁ ROSTO AO PARTIDO JAAO Partido Juventude Angolana Agora (JAA) está em fase de legalizaç...
12/09/2025

EX-MISS E EX-MILITANTE DO MPLA DÁ ROSTO AO PARTIDO JAA

O Partido Juventude Angolana Agora (JAA) está em fase de legalização e promete trazer uma nova dinâmica ao panorama político nacional. A garantia foi dada pela porta-voz da formação política, Dionísia Agostinho, ex-militante do MPLA, Miss Icolo e Bengo e Miss University Angola 2022.

Segundo a responsável, o JAA nasce como um projeto popular que pretende canalizar as aspirações da juventude angolana para a construção de um país mais justo, inovador e participativo, onde os jovens não sejam apenas espectadores, mas protagonistas da transformação e do progresso.

“Estamos a cumprir todos os procedimentos legais para que o JAA seja reconhecido oficialmente. O nosso objetivo é claro: dar voz à juventude e abrir caminho para uma revolução geracional na liderança política de Angola”, afirmou Dionísia Agostinho.

De acordo com a porta-voz, o partido já está implantado nas 21 províncias do país, reunindo jovens em torno de uma visão comum: romper com o velho ciclo de liderança e preparar o futuro político do país a partir da força da juventude.

Com esta iniciativa, o JAA pretende apresentar-se como alternativa fresca e mobilizadora, assente no protagonismo juvenil e na crença de que a renovação política é inevitável para responder aos desafios de Angola.

07/09/2025

QUALQUER SEMELHANÇA É PURA COINCIDÊNCIA… OU SERÁ?
Vale a pena parar e refletir.

CASAL PRESIDENCIAL CELEBRA 39 ANOS DE MATRIMÓNIOO Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, e a Primeira-...
07/09/2025

CASAL PRESIDENCIAL CELEBRA 39 ANOS DE MATRIMÓNIO

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, e a Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, celebraram neste sábado, 6 de setembro de 2025, o 39.º aniversário do seu matrimónio, assinalando quase quatro décadas de vida em comum.

O casal uniu-se em matrimónio no dia 6 de setembro de 1986, consolidando uma trajetória marcada não apenas pela vida familiar, mas também pelo percurso público e político que ambos têm desempenhado ao longo dos anos. Esta data, de especial significado pessoal, foi recordada com mensagens de parabéns e votos de contínua união, amor e carinho.

As imagens que acompanham o registo foram extraídas do arquivo pessoal do Presidente João Lourenço e correspondem à cerimónia de celebração dos 36 anos de casamento, realizada em 6 de setembro de 2022.

Apesar de o dia ter decorrido de forma discreta, a celebração remete para a relevância simbólica da família no seio da liderança do país e para a continuidade de uma relação que, ao longo de quase quatro décadas, se tem mantido sólida.

Com este marco, João Lourenço e Ana Dias Lourenço reforçam o testemunho de união, num contexto em que o equilíbrio familiar é, muitas vezes, colocado à prova pelas exigências da vida política e institucional.

COSTA DO MARFIM: MILHÕES NAS RUAS CONTRA QUARTO MANDATO DE OUATTARAMais de 2 milhões de cidadãos saíram às ruas de Abidj...
10/08/2025

COSTA DO MARFIM: MILHÕES NAS RUAS CONTRA QUARTO MANDATO DE OUATTARA

Mais de 2 milhões de cidadãos saíram às ruas de Abidjan, neste 9 de agosto, para protestar contra o que consideram ser o quarto mandato ilegal do presidente Alassane Ouattara.

A manifestação, considerada uma das maiores da história recente do país, teve como palco o município de Yopougon, o mais populoso da Costa do Marfim.

Os participantes exigiram eleições inclusivas e respeito à Constituição, denunciando o que classificam como “um retrocesso democrático” e “uma afronta à vontade popular”.

Observadores apontam que a mobilização massiva reforça o clima de tensão política às vésperas do próximo pleito e aumenta a pressão interna e internacional sobre o governo marfinense.

TÚNEL DO TEMPO | O DIA EM QUE JLO FOI AO TAPETEA política angolana – tal como é a “real politik” noutras paragens do mun...
08/08/2025

TÚNEL DO TEMPO | O DIA EM QUE JLO FOI AO TAPETE

A política angolana – tal como é a “real politik” noutras paragens do mundo – está repleta de episódios de intriga entre os seus actores e protagonistas. Um dos recortes que ficaram para a posteridade foi, indiscutivelmente, aquele que fez com que, no congresso do MPLA de 2003, João Lourenço viesse a ser despojado do cargo de secretário-geral e “gramasse” uma travessia do deserto. Tudo por ter cobiçado, com desmedido trungungo, o cadeirão de Presidente da República em posse de José Eduardo dos Santos. Até que, por ironia do destino, João Lourenço voltasse a cair no goto de JES e fosse novamente içado para a ribalta política pelas mãos do próprio chefe, ficou uma das narrativas mais suculentas da história do Semanário Angolense, no rescaldo das incidências daquele memorável V Congresso do MPLA. Esta é a primeira do género. Seguir-se-ão outras estórias.
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(SEMANÁRIO ANGOLENSE EDIÇÃO NR 41, DE 20 A 27 DE DEZEMBRO DE 2003)

O apressado come cru
OS 11 PECADOS DE “MIKE TYSON”

A semana passada passaram-se cinco anos desde que João Lourenço emergiu do IV Congresso do MPLA como segunda figura do seu partido. Para trás, e para sempre, ficaram dois secretários gerais: Marcolino Moco e Lopo do Nascimento. Um pouco à semelhança de Lopo do Nascimento e de Marcolino Moco, João Lourenço também nunca se conformará com o seu afastamento do posto de secretário-geral do MPLA.
Porém, a grande diferença é que enquanto há cinco anos os resultados do congresso desencadearam uma vaga de solidariedade para com Moco, Lopo e também França Van-Dúnem, o primeiro-ministro de então, todos eles supostamente vítimas de uma conspiração de José Eduardo dos Santos, em relação a João Lourenço não se sente isso.
Não corre desta vez a tese da conspiração “eduardista”, nem tampouco da cabala de outros membros da direcção. Tratou-se, aos olhos de muita gente, incluindo os incondicionais de João Lourenço, do suicídio político de uma figura que tendo gerido durante algum tempo, com relativa discrição, o sonho de um dia vir a ser o número um, num ápice deitou tudo a perder, precipitando-se completamente, ao ponto que até um cego daria conta.
Com isso, João Lourenço tem razões de sobra para estar mais condoído do que Lopo do Nascimento e Marcolino Moco. Enquanto que estes foram afastados no auge da guerra, João Lourenço perdeu o comboio justamente no dia em que, pela primeira vez, José Eduardo dos Santos levantou o véu em relação à escolha do seu sucessor.
Porém, João Lourenço só terá que se queixar de si mesmo. Decidido a ganhar tudo de uma só vez – um disparate que um político avisado não comete –, João Lourenço tomou o congresso como sendo os últimos 100 metros de uma maratona. Esqueceu-se, contudo, que os últimos 100 metros de uma maratona nunca acabam ao Sprint. Vejamos:
1 – Conquanto o objectivo principal fosse bloquear a ascensão de Aguinaldo Jaime ao Comité Central e de alguma forma também a de José Pedro de Morais, ambos com mais visibilidade do que a ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, João Lourenço nada fez para facilitar a entrada no CC de qualquer elemento da equipa económica, afinal de contas a primeira que em mais de 15 anos consegue progressos substanciais na estabilização macroeconómica. José Eduardo dos Santos não só deu conta como tomou nota. Com isso perdeu também o MPLA, que capitalizaria com a ascensão de qualquer uma destas figuras, vendendo ao mundo, a um “preço competitivo”, a ideia de estes dois reformistas, homens muito respeitados lá fora, fazerem parte do centro de decisão e que as práticas que estrangularam as contas públicas deste país são coisas do passado. João Lourenço não entendeu assim. Por certo, José Eduardo dos Santos percebeu que João Lourenço estava a pensar apenas nele e não nos interesses do partido.
2 – Se se tivesse ficado por aqui, talvez tivesse poupado alguns danos à sua carreira. Mas a verdade é que – por alguma razão na sede do MPLA o chamam de “Mike Tyson, o trungungueiro” – não se ficou por aqui. Nesta sua cavalgada, endossou ao chefe da bancada do MPLA, Bornito de Sousa, a factura relativa à ausência de Lopo, Moco e França Van-Dúnem da lista de candidatos ao CC.
Embora o resultado deste regabofe tenha dado um jeito ao presidente JES, que com esta “boleia” não teve que se esforçar para manter LN, MM, FV ao largo, João Lourenço em conversas com A, B e C acabou por caucionar o teor de um comunicado que embaraçava publicamente Bornito de Sousa.Tanta satisfação mostrou que se expôs demasiado. JES, astuto como sempre, mais uma vez tomou nota e, “en passant”, lavou as mãos, endossando a João Lourenço o excesso de que foi alvo BS. Estava encontrado mais um arremesso para o tirar do lugar.
Estranho no meio de tudo isto é o facto de que o secretário do Bureau Político do MPLA tenha produzido o tal comunicado “assassino” sem que para isso o chefe da bancada, ele mesmo membro do BP, tivesse sido ouvido. De plantão no Parlamento, onde se discutia a questão da entrada das novas notas, Bornito de Sousa soube do comunicado... pela rádio.
“Ileso”, é o termo, saiu o porta-voz do MPLA, Kwata Kanawa, o homem que, com um atiçado pronunciamento, deu o mote para o início desta controvérsia. A verdade, porém, é que apesar da “chuva” que Bornito apanhou, João Lourenço saiu do congresso mais molhado do que ele...
Na verdade, o “desastre” em que incorreu no fim do congresso começou quando JL deu os primeiros passos para se colocar na “pole position” para a sucessão de JES. De acordo com fontes geralmente bem informadas, embora fosse quem mais defendesse o princípio de que JES era o candidato natural à sua própria sucessão, aqui e acolá João Lourenço ia deixando escapar a ideia de que era um aspirante à cadeira presidencial.
3 – Em Maio de 2002 foi convidado pelo Partido Trabalhista a visitar a Grã-Bretanha. Embora o convite tivesse sido cancelado depois, JL empreendeu viagem e na ausência de uma agenda previamente elaborada acabou por ir à sede da BP AMOCO e ao British-Angola Fórum. Por qualquer razão, depois desta viagem passou a ser visto na capital britânica não só como número dois, mas também como futuro número um. E ele nunca se empenhou em desfazer este equívoco, se é que de equívoco mesmo se tratasse... José Eduardo dos Santos, que ainda não abrira o jogo em relação ao seu substituto, mais uma vez tomou nota.
4 – Não se pode dizer que JL tenha sido infiel a JES. Em boa verdade, sempre que teve oportunidade, atirou-se àqueles que associavam o nome do presidente da República aos escândalos. É verdade que nos últimos tempos já não o fazia com muita firmeza. Quando confrontado com o problema, remetia-o já aos tribunais.
No papel de apoiante incondicional de JES, dizia há um ano à Voz da América que quando o partido tivesse que se pronunciar sobre a escolha de um candidato às presidenciais, primeiro seria levada em conta a vontade dos militantes e só depois o desejo de JES de não voltar a concorrer. Repetiu este refrão milhentas vezes. Nesta cruzada nunca faltou o desdém à imprensa privada, que tratava com muita soberba. A verdade, porém, é que com a aproximação do congresso, JL começou alguma inflexão e, sobretudo, muita impaciência e inquietação.
5 – Como secretário-geral, João Lourenço conferiu ao cargo um visível pendor presidencialista e isso era particularmente notório na p***a e circunstância com que recebia os visitantes estrangeiros no “Kremlin”. A obrigação que a imprensa pública tem de cobrir os actos oficiais do presidente da República (e às vezes nem tanto...) tornou-se extensiva ao actos do secretário-geral do MPLA. Há pouco mais de dois anos, até o Jornal de Angola se viu obrigado a retomar na íntegra uma entrevista que JL deu à RNA e TPA. José Eduardo dos Santos, por certo, não deixou de anotar a propensão de João Lourenço para a exposição mediática.
6 – Após a sua nomeação para o cargo de CEMGFA, o general Agostinho Nelumba “Sanjar” teve um encontro com JL de quem, mais palavra menos palavra, ouviu quem ele era... e o que estava ali a fazer. João Lourenço teria então dito a Sanjar para nunca se esquecer que a sua nomeação fora gizada na sede do MPLA. Para alguns círculos do partido foi suspeito o facto do nome de um irmão do CEMGFA ter sido considerado como potencial candidato ao CC. Mas tratando-se de militante antigo, a intriga passou despercebida a todos, menos a JES, que mais uma vez tomou nota de todos os passos.
7 – Na qualidade de secretário-geral do MPLA nunca faltaram a JL convites para aqui e para acolá. Um destes convites levou-o a uma tertúlia em casa de um membro do CC, onde uma das vezes, mais descuidado do que o habitual, sugeriu que o discurso de JES na abertura da conferência de quadros de 19 de Maio reflectia apenas a posição dele (JES) e não a do partido. Como se calcula, este detalhe também não escapou a JES, que mais uma vez tomou nota.
8 – O “haraquiri” veio quando o Semanário Angolense publicou a história do projecto de lançamento de um semanário, inspirado por João Lourenço. No projecto estariam a ESCOM e a Portugal-Telecom, que para o efeito despachou para Luanda um assessor de nome Rui Cruz Ferreira que deveria fazer o lançamento do parque gráfico. Acto contínuo, a PT convidou para uma visita a Lisboa o futuro director do dito jornal, um reputado correspondente da imprensa estrangeira.
A escolha deste jornalista foi decidida por João Lourenço, pessoa com quem tem boas relações. O projecto foi, para muita gente, a indicação de que João Lourenço não estava para brincadeira. José Eduardo dos Santos, que também não estava a dormir, juntou este episódio às suas notas.
9 – Ainda assim, aparentemente seguro de que JL, tarde ou cedo cometeria uma borrada, JES dá o “agrément” para que o então SG falasse de forma extensiva à imprensa. Sem ter percebido que se tratava de um presente “envenenado”, JL não só se dedica a repetir o que o PR lhe recomendara – ou seja, uma visão sobre a natureza democrática do congresso – como se deixa extravasar. Das três entrevistas que deu – TPA, Angolense e A Capital – sobressaíram os ataques aos EUA e aos doadores internacionais – assunto que Kwata Kanawa, como bom discípulo, repetiu – e a sua disponibilidade para vir a concorrer à cadeira do chefe.
10 – Eventualmente incomodado com supostas tergiversações no discurso de JES, João Lourenço, como quem faz um “pressing” a todo o campo, diz na mesma ocasião que o PR vai sair porque é um homem de palavra e não seria desta vez que iria defraudar os militantes do MPLA. Se o fez para exaltar os bons hábitos do seu chefe ninguém sabe, mas que muita gente ficou com a percepção de que ele estava a amarrar, a comprometer o PR com a sua palavra, lá isso ficou. E o PR juntou estas declarações às notas que vinha tomando.
Depois disso e embora continuasse a correr à grande velocidade, já se tinha percebido que a corrida de João Lourenço tinha chegado ao fim. A partir daí só ia colhendo o milho dos pardais. Disso, no entanto, João Lourenço só se deu conta no dia 12 quando de um só jacto passou a ser membro do BP sem cargo nenhum e viu, estupefacto, antigos subordinados, melhor dito, “miúdos” como os tratava, a “treparem” para o BP e para o seu secretariado.
A eleição de Dino Matross para o substituir deixa em aberto a posição de primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional... e quem sabe a segunda oportunidade não estivesse já na próxima esquina. Mas João Lourenço não a quis agarrar.
11 – Mas como todas estas razões poderiam não ser suficientes para que todos os militantes do MPLA compreendessem e aceitassem o afastamento consecutivo do terceiro secretário-geral, José Eduardo dos Santos agarrou-se, nos últimos meses anteriores ao congresso, a um argumento incontestável: os números. Em Julho deste ano, José Eduardo fulminou o primeiro secretário de Luanda, imputando-lhe o baixo crescimento estatístico do MPLA em Luanda. Distraído, João Lourenço não percebeu a mensagem ou pensou que o rolo compressor atingiria, apenas, Francisco Vieira Dias.
Quando, às portas do congresso, JES voltou a tocar no assunto, ficou claro para muita gente que o alvo não poderia ser, apenas, o antigo sindicalista. Mas, inteiramente absorvido pela tarefa de “comer” os verdadeiros e imaginários adversários, JL continuou a não dar por ela. Se alguma coisa lhe cheirou a “esturro”, foi a forma como o PR torceu o nariz ao ouvir o relatório que ele “levara” ao congresso. Ainda assim, JL pensou que em nome da estabilidade JES não voltaria a varrer mais um secretário-geral. Puro engano. O “obituário” já estava escrito. Ficou selado quando, inadvertidamente ou não, o mais-velho Mendes de Carvalho questionou o paradeiro dos fundos gerados pelas empresas do seu partido. Jogador hábil, JES estava “proibido” de falhar a conversão desta “grande penalidade”. Fê-lo, afirmando que constatara no secretariado cessante um enorme défice de capacidade. Nesta altura, só mesmo um “Minguito” poderia acreditar que os alvos de tão demolidora constatação seriam, apenas, Diogo Mariano, Mário António ou Joana Lina.
João Lourenço só acreditou no seu afastamento quando José Eduardo dos Santos lhe disse, olho nos olhos, que não contava com ele para o posto de secretário-geral. Tarde e má hora para qualquer volte-face porque até alguns semanários já tinham as manchetes preparadas. João Lourenço foi “enterrado” no dia 12 e, apressado, no dia seguinte, 13, José Eduardo dos Santos fez-lhe o “comba”, quando afirmou, no comício do Cazenga, que é do MPLA quem quer, mas só é da direcção quem merece.
Não sendo um homem de extremos como José Leitão, “Mike Tyson” só terá que fazer uma de três coisas: deixar-se estar no seu novo cantinho e encaixar tudo com o desportivismo que José Leitão não teve, e que ele não se cansava de recomendar a Lopo, Moco e França, ou “impugnar” as opções de José Eduardo dos Santos, algo impossível à luz dos novos estatutos, que conferem ao presidente do partido a prerrogativa de escolher a sua equipa ou, finalmente, parar para reflectir sobre tudo o que lhe aconteceu. Tudo indica que João Lourenço escolheu esta última opção. A decisão de ir a Londres fazer um curso de inglês pode ser um bom artifício para o tempo de que necessita para recapitular tudo e recarregar as baterias para novas batalhas.
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Declinou proposta para substituir Dino Matross na vice-presidência da Assembleia Nacional
JOÃO LOURENÇO PREFERE IR A LONDRES APRENDER INGLÊS

Há cada vez mais indícios de ter sido, de facto, João Lourenço quem tramou Bornito de Sousa, levando a que este passasse por bode expiatório de todo o processo que resultou no não regresso de Lopo do Nascimento, França Van-Dúnem e Marcolino Moco à direcção do MPLA, e ainda tenha levado no lombo com o rótulo de irresponsável.
Um destes indícios veio da parte de José Eduardo dos Santos, que durante o congresso deixou escapar uma indirecta que foi tomada por militantes e analistas como uma indicação neste sentido. Em concreto, o presidente do MPLA, ao tentar apartar algumas “brigas”, deixou subentendida a ideia de que há um grande conflito entre João Lourenço e Lopo do Nascimento.
Mexendo no extenso ficheiro de bastidores no seio do MPLA, tem-se, efectivamente, que o congresso de 1995 foi marcado por um episódio que deixou João Lourenço com um forte estigma em relação a Lopo do Nascimento. Naquela altura, já João Lourenço ambicionava alcançar o posto de secretário-geral do partido, no que contaria com o apoio de José Eduardo dos Santos. Sucede, contudo, que a correlação de forças no interior do partido era tão claramente favorável a Lopo do Nascimento que João Lourenço acabou “cilindrado”, apesar de ser então o preferido do presidente.
Desta copiosa derrota nasceria a forte animosidade que João Lourenço nutre por Lopo do Nascimento. De maneira que não desistiu até concretizar essa ambição em 1998, altura em que chegou, finalmente, ao cargo de secretário-geral do MPLA.
Dir-se-á, pois, que quando Bornito de Sousa intentou congregar apoios para fazer com que Lopo, França e Moco retornassem ao redil, aquele mal sabia que estava a remexer nessa velha ferida mal cicatrizada de João Lourenço. Assim, em termos práticos, Bornito acabaria por se tornar vítima de um problema que não era seu. Algo que provavelmente terá feito com que o seu nome perdesse força como candidato a uma posição mais elevada na direcção do partido dos “camaradas”. Era um dos apontados para o posto de secretário-geral.
Acredita-se, em todo o caso, que a odisseia de Bornito não se estenda por longo tempo. O facto de quem lhe fez a cama, João Lourenço, ter baixado na hierarquia do partido, dá condições a Bornito para muito rapidamente voltar a impor o seu nome entre os camaradas. Ele, aliás, continua a ser o líder do grupo parlamentar.
Quanto a João Lourenço, há indicações de que em breve terá em mãos um entretenimento para curar as feridas ocasionadas pela perda do posto de secretário-geral. O Semanário Angolense está em condições de avançar que foi proposto ao ex-secretário-geral do MPLA ocupar a vaga deixada por Dino Matross numa das vice-presidências da Assembleia Nacional. Todavia, ele declinou a oferta, dizendo que iria a Londres tirar um curso de inglês.
Este dado só vem reforçar a ideia de que João Lourenço teria, efectivamente, em vista ambições maiores, tendo, aliás, acabado por dar um salto maior do que a perna. Esta atitude é reveladora de despeito da sua parte por alguma contrariedade que sofreu.
Tem-se que dito que nunca é tarde para aprender, mas não é crível que João Lourenço só agora tenha pensado nas virtudes do inglês. Ao longo dos cinco anos que passou como secretário-geral do MPLA ele desfrutou de excelentes oportunidades para tirar um tempo para fazer um curso intensivo que em Londres pode ser feito em quatro ou seis meses. O Semanário Angolense ainda não pode avançar em quem se está a pensar para a vaga na Assembleia Nacional, ante a recusa de João Lourenço. Sabe-se, contudo, que terá de ser um membro do Bureau Político do MPLA.
Por outro lado, há notícias de acordo com as quais João Lourenço tem vindo a diligenciar uma reaproximação a Bornito de Sousa, demanda em que contará com Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” no papel de medianeiro. Supõe-se que foi já nesse quadro de reconciliação que, no passado fim-de-semana, Kwata Kanawa convidou ambos (Bornito e Lourenço) a almoçarem numa quinta que é sua propriedade.
Conhecendo-se a relação que há entre Kwata e Kanawa e João Lourenço, é fácil pensar na probabilidade de ter sido o ex-secretário-geral dos “camaradas” a propor a iniciativa. Só não se sabe se isso decorre de um peso de consciência ou haverá outra razão qualquer pelo meio.

Créditos do Jornal do Semanário Angolense

SIC DESMANTELA CÉLULA OPERACIONAL DO GRUPO WAGNER EM ANGOLAO Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou a detenção ...
08/08/2025

SIC DESMANTELA CÉLULA OPERACIONAL DO GRUPO WAGNER EM ANGOLA
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou a detenção de dois cidadãos estrangeiros, supostamente de nacionalidade russa, identificados como Lev Lakshtanov e Igor Ratchin, por alegada ligação ao grupo paramilitar Wagner, conhecido internacionalmente pelas suas operações em zonas de conflito.

De acordo com informações avançadas pelo SIC, os detidos operavam em território angolano e são apontados como financiadores de cidadãos nacionais com o objetivo de promover manifestações e actos de pilhagem em várias províncias do país.

Durante a micro-operação, foram apreendidos diversos meios de prova, incluindo computadores de várias marcas, discos rígidos externos, cartões de memória, pen drives, telemóveis, cartões SIM, documentos diversos e recibos de transferências financeiras. As autoridades também recolheram valores monetários expressivos em dólares norte-americanos, kwanzas e rublos russos.

Fontes do SIC revelam ainda que outros suspeitos, já identificados, terão recebido montantes em moeda nacional e estrangeira para a organização de manifestações nas províncias de Luanda e Benguela. As investigações prosseguem e apontam para o possível envolvimento de figuras políticas e militares angolanas, cujos nomes estão actualmente sob escrutínio das autoridades competentes.

O SIC garante que continuará a trabalhar no desmantelamento de redes que atentem contra a segurança e estabilidade do país.

PRESIDENTE DESLOCA-SE A BENGUELA SOB FORTE APARATO E MOBILIZAÇÃO FORÇADA DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Benguela volta a ser p...
07/08/2025

PRESIDENTE DESLOCA-SE A BENGUELA SOB FORTE APARATO E MOBILIZAÇÃO FORÇADA DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Benguela volta a ser palco de uma movimentação política significativa com a chegada do Presidente da República, João Lourenço, agendada para esta sexta-feira, 8 de Agosto. A visita, que tem como propósito proceder à abertura oficial da Feira dos Municípios, decorre num ambiente marcado por forte aparato de segurança e denúncias de mobilização forçada de funcionários públicos.

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, a cidade de Benguela regista um reforço notório de efectivos da Guarda Presidencial. Em diversos pontos da urbe, a presença de agentes e viaturas de escolta cria o clima habitual de contenção e vigilância extrema, já característico nas deslocações do Chefe de Estado fora de Luanda.

Entretanto, longe das formalidades protocolares e dos discursos oficiais, repete-se um padrão amplamente criticado pela sociedade civil: a convocatória compulsiva de funcionários públicos, em particular professores, para compor a plateia de recepção ao Presidente. No município do Dombe Grande, por exemplo, foi distribuído um comunicado interno em todas as escolas, exigindo a presença obrigatória dos profissionais do sector da Educação no acto oficial.

A referida nota, segundo fontes locais, vai mais longe ao ordenar que as direcções escolares procedam ao registo dos presentes, com posterior envio das listas à Direcção Municipal da Educação, numa aparente tentativa de controlo e responsabilização dos ausentes.

Apesar de não ser uma novidade, a prática tem gerado críticas constantes por parte de analistas e activistas que denunciam o uso abusivo da máquina administrativa do Estado para fins de propaganda política. “É uma simulação de apoio popular, construída à custa da intimidação de trabalhadores que, sob ameaça velada de sanções, são obrigados a sair dos seus postos para encher praças e avenidas”, criticou um observador local sob anonimato.

Enquanto a Feira dos Municípios procura celebrar as potencialidades das administrações locais, cresce a percepção de que o verdadeiro retrato da governação se encontra nas entrelinhas da imposição e no silenciamento da vontade popular.

TRAGÉDIA NO HUAMBO: Pai do Padre Vasco detido como principal suspeito do homicídio do filhoUm desfecho chocante e carreg...
06/08/2025

TRAGÉDIA NO HUAMBO: Pai do Padre Vasco detido como principal suspeito do homicídio do filho

Um desfecho chocante e carregado de dor. O principal suspeito da morte do Padre Vasco é, segundo informações que circulam nas redes sociais, o seu próprio pai. A revelação caiu como uma bomba no seio da comunidade católica e da sociedade em geral, ainda abalada com o desaparecimento do sacerdote.

Desaparecido há pouco mais de uma semana, o corpo do padre foi encontrado submerso nas águas da barragem do Cuando, na província do Huambo. A descoberta trágica levanta ainda mais perguntas do que respostas.

Segundo a página de Facebook do comunicador Paulo Viana, que avançou a informação, o próprio pai do sacerdote — também ele dado como desaparecido nos últimos dias — foi encontrado ontem e detido pelas autoridades como o principal suspeito do crime. A publicação não fornece, no entanto, detalhes adicionais sobre as motivações, circunstâncias ou o desenrolar da investigação.

O silêncio das fontes oficiais aumenta o clima de inquietação, num caso que já se tornou um dos mais inquietantes do ano no país, por envolver laços de sangue e um representante da fé.

Enquanto se aguardam esclarecimentos das autoridades, multiplicam-se as mensagens de consternação e pedidos de justiça. A comunidade local clama por respostas.

Redacção Rádio Comercial Despertar
Em desenvolvimento.

NA CONTRAMÃO DO CHEFEE DOS SEUS LAMBE-BOTAS“(..) em sistemas democráticos, é de recomendar a audição dos partidos políti...
05/08/2025

NA CONTRAMÃO DO CHEFE
E DOS SEUS LAMBE-BOTAS

“(..) em sistemas democráticos, é de recomendar a audição dos partidos políticos em relação a medidas tão sérias e tão impactantes do ponto de vista social, económico e político. Porque, em sistemas democráticos, não há partidos políticos predestinados a governar e partidos políticos predestinados a ser governados”.

(Paulo de Carvalho, sociólogo e deputado pelo MPLA sobre os trágicos acontecimentos dos dias 28, 29 e 30 de Julho$

Endereço

São Paulo, Benguela
Luanda

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