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𝑫𝒆𝒔𝒃𝒍𝒐𝒒𝒖𝒆𝒊𝒆 𝒐 𝑷𝒐𝒅𝒆𝒓 𝒅𝒐 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆 𝒏𝒐 𝑺𝒆𝒖 𝑻𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆!.   𝑽𝒐𝒄ê 𝒖𝒔𝒂 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒖𝒅𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒏ã𝒐 𝒕...
21/07/2025

𝑫𝒆𝒔𝒃𝒍𝒐𝒒𝒖𝒆𝒊𝒆 𝒐 𝑷𝒐𝒅𝒆𝒓 𝒅𝒐 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆 𝒏𝒐 𝑺𝒆𝒖 𝑻𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆!.

𝑽𝒐𝒄ê 𝒖𝒔𝒂 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒖𝒅𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒏ã𝒐 𝒕𝒊𝒓𝒐𝒖 𝒐 𝒎á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒗𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒔 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆? 𝑮𝒐𝒔𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒓 𝒅𝒐𝒄𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒊𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔, 𝒑𝒍𝒂𝒏𝒊𝒍𝒉𝒂𝒔 𝒐𝒓𝒈𝒂𝒏𝒊𝒛𝒂𝒅𝒂𝒔 𝒆 𝒂𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒂çõ𝒆𝒔 𝒊𝒎𝒑𝒂𝒄𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔, 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒔𝒎𝒂𝒓𝒕𝒑𝒉𝒐𝒏𝒆, 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒔𝒆𝒎 𝒂𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒂 𝒖𝒎 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒖𝒕𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒐𝒖 𝒆𝒍𝒆𝒕𝒓𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆?

𝑺𝒆 𝒂 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 é 𝒔𝒊𝒎, 𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐 é 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒗𝒐𝒄ê!

𝑷𝒐𝒓 𝑸𝒖𝒆 𝑨𝒑𝒓𝒆𝒏𝒅𝒆𝒓 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆 𝒏𝒐 𝑻𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆?

𝑺𝒂𝒃𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝒕𝒆𝒎 𝒖𝒎 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒖𝒕𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒐𝒖 𝒂𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒇á𝒄𝒊𝒍 𝒂 𝒆𝒍𝒆. 𝑬𝒎 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒈𝒊õ𝒆𝒔, 𝒐 𝒕𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆 é 𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒊𝒑𝒂𝒍, 𝒐𝒖 ú𝒏𝒊𝒄𝒂, 𝒇𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒅𝒊𝒈𝒊𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒍.

𝑷𝒆𝒏𝒔𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒏𝒊𝒔𝒔𝒐, 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒖𝒎 𝑪𝒖𝒓𝒔𝒐 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆 𝒇𝒐𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒔ã𝒐 𝒎𝒐𝒃𝒊𝒍𝒆, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒐𝒄ê 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒂:
𝑻𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒂𝒍𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓: 𝑪𝒓𝒊𝒆 𝒆 𝒆𝒅𝒊𝒕𝒆 𝒅𝒐𝒄𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒆𝒋𝒂, 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒆𝒎 𝒛𝒐𝒏𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒄ó𝒏𝒅𝒊𝒕𝒂𝒔.

𝑶𝒑𝒕𝒊𝒎𝒊𝒛𝒂𝒓 𝒔𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐: 𝑨𝒑𝒓𝒐𝒗𝒆𝒊𝒕𝒆 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆.

𝑨𝒅𝒒𝒖𝒊𝒓𝒊𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒏𝒐𝒗𝒂 𝒉𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆: 𝑫𝒐𝒎𝒊𝒏𝒆 𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒔 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒊𝒔 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐.

𝑭𝒂𝒄𝒊𝒍𝒊𝒕𝒂𝒓 𝒔𝒖𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒂𝒄𝒂𝒅ê𝒎𝒊𝒄𝒂 𝒐𝒖 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒊𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍:. 𝑶𝒓𝒈𝒂𝒏𝒊𝒛𝒆 𝒔𝒖𝒂𝒔 𝒕𝒂𝒓𝒆𝒇𝒂𝒔, 𝒂𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒋𝒆𝒕𝒐𝒔 e 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔!.

𝑶 𝑸𝒖𝒆 𝑽𝒐𝒄ê 𝑽𝒂𝒊 𝑨𝒑𝒓𝒆𝒏𝒅𝒆𝒓?.

𝑵𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐 𝒑𝒓á𝒕𝒊𝒄𝒐 e 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒕𝒐, 𝒗𝒐𝒄ê 𝒗𝒂𝒊 𝒅𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒓 𝒂𝒔 𝒇𝒖𝒏𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒊𝒔 𝒅𝒐:

𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑾𝒐𝒓𝒅: 𝑪𝒓𝒊𝒆 𝒆 𝒆𝒅𝒊𝒕𝒆 𝒅𝒐𝒄𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒙𝒕𝒐, 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒕𝒂çã𝒐, 𝒊𝒏𝒔𝒆𝒓çã𝒐 𝒅𝒆 𝒊𝒎𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔 𝒆 𝒕𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒔, 𝒆 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒔.

𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑬𝒙𝒄𝒆𝒍: 𝑶𝒓𝒈𝒂𝒏𝒊𝒛𝒆 𝒅𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒑𝒍𝒂𝒏𝒊𝒍𝒉𝒂𝒔, 𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒛𝒆 𝒇ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂𝒔, 𝒄𝒓𝒊𝒆 𝒈𝒓á𝒇𝒊𝒄𝒐𝒔 𝒆 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐𝒔 de 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂 𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆.

𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑷𝒐𝒘𝒆𝒓𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕: 𝑫𝒆𝒔𝒆𝒏𝒗𝒐𝒍𝒗𝒂 𝒂𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒂çõ𝒆𝒔 𝒗𝒊𝒔𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒊𝒎𝒑𝒂𝒄𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒔𝒍𝒊𝒅𝒆𝒔, 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒊çõ𝒆𝒔 𝒆 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒎í𝒅𝒊𝒂.

𝑬𝒔𝒕𝒆 𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐 é 𝒊𝒅𝒆𝒂𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒂: 𝑬𝒔𝒕𝒖𝒅𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔, 𝑬𝒎𝒑𝒓𝒆𝒆𝒏𝒅𝒆𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔, 𝑷𝒓𝒐𝒇𝒊𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔 𝒂𝒖𝒕ó𝒏𝒐𝒎𝒐𝒔 𝒆 𝑸𝒖𝒂𝒍𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒂𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒔𝒖𝒂 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆 𝒅𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒓 𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒔 𝑴𝒊𝒄𝒓𝒐𝒔𝒐𝒇𝒕 𝑶𝒇𝒇𝒊𝒄𝒆.

𝑵ã𝒐 𝑷𝒆𝒓𝒄𝒂 𝑬𝒔𝒔𝒂 𝑶𝒑𝒐𝒓𝒕𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆!
𝑷𝒓𝒆𝒑𝒂𝒓𝒆-𝒔𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒓 𝒔𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒍𝒆𝒇𝒐𝒏𝒆 𝒆𝒎 uma 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒐𝒔𝒂 𝒇𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐 𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒖𝒅𝒐.
𝑨𝒔 𝒗𝒂𝒈𝒂𝒔 𝒔ã𝒐 𝒍𝒊𝒎𝒊𝒕𝒂𝒅𝒂𝒔! 𝑬𝒏𝒗𝒊𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒆𝒏𝒔𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒕𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐 𝑾𝒉𝒂𝒕𝒔𝑨𝒑𝒑: 945509583.

𝑪𝒐𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒍𝒉𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒐𝒑𝒐𝒓𝒕𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆! 𝑻𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒐𝒓𝒎𝒆 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒆𝒍𝒖𝒍𝒂𝒓 𝒆𝒎 𝒔𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒄𝒓𝒊𝒕ó𝒓𝒊𝒐 𝒑𝒐𝒓𝒕á𝒕𝒊𝒍. 𝑬𝒔𝒕𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒗𝒐𝒄ê!

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16/07/2025

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𝑬𝒑í𝒍𝒐𝒈𝒐: 𝑨𝒔 Á𝒈𝒖𝒂𝒔 𝒅𝒂 𝑴𝒆𝒎ó𝒓𝒊𝒂Anos se passaram desde o colapso do regime.Luanda, antes murada por aço e medo, tornou-se um...
21/06/2025

𝑬𝒑í𝒍𝒐𝒈𝒐: 𝑨𝒔 Á𝒈𝒖𝒂𝒔 𝒅𝒂 𝑴𝒆𝒎ó𝒓𝒊𝒂

Anos se passaram desde o colapso do regime.

Luanda, antes murada por aço e medo, tornou-se um centro de reconexão cultural e espiritual. Não havia mais estátuas de líderes armados, mas sim murais vivos de histórias compartilhadas — das mães que resistiram, dos avôs que cantaram em línguas esquecidas, dos meninos que sobreviveram ao esquecimento.

E no coração da nova Angola, no alto de uma falésia voltada para o mar de Cacuaco, erguia-se o Santuário da Kianda — um templo aberto, onde os quatro tambores permaneciam protegidos, tocados ap***s em momentos sagrados.

Ali vivia Mona, já adulto, agora conhecido como “Guardião das Quatro Vozes”.

Ele não governava. Não se vestia como herói. Era simples, andava descalço, ouvia mais do que falava. Sua função não era mandar. Era lembrar.

Os jovens o buscavam para ouvir as histórias do tempo antigo, da escravidão à libertação, das traições às vitórias, dos líderes que falharam… e daqueles que, mesmo esquecidos, salvaram milhares em silêncio.

— Mestre Mona — perguntava uma menina, sentada à sua frente. — E o que aconteceu com os generais?

Mona olhava para o mar, onde as águas da Kianda nunca deixavam de se mover.

— Alguns fugiram. Outros pediram perdão. Uns vivem no exílio da própria culpa. Mas todos… estão nas histórias. Nenhum será apagado. Mesmo os maus. Porque esquecer… é abrir espaço para que voltem.

Mas Angola não estava sozinha.

A reverberação dos tambores atravessou fronteiras.

Do Congo à Namíbia. De Moçambique ao Mali. Povos começaram a despertar suas próprias histórias. Descobriram antigos protetores, entoaram línguas escondidas, desenterraram instrumentos que tinham sido silenciados pelo tempo e pelo medo.

Uma nova rede espiritual africana nasceu — livre das amarras coloniais, dos impérios modernos, das falsas divisões.

E Mona, agora mestre das águas, era convidado a guiar cerimônias em outros territórios. Não como salvador, mas como irmão. Como filho da mesma terra.

Numa noite, em um desses encontros, ao redor de uma fogueira em Timbuktu, uma mulher velha aproximou-se.

— Ouvi dizer que o sangue em ti era dividido — disse ela.

— Era — respondeu Mona. — Mas hoje ele canta em uníssono.

— E a tua missão terminou?

Mona sorriu, olhando para as estrelas. Lá no alto, quatro constelações brilhavam em harmonia. Como quatro tambores eternos no céu.

— Não. Ela ap***s começou.

E assim, a história de Mona — o órfão de Cacuaco que se tornou ponte entre passado e futuro — espalhou-se não como lenda, mas como memória viva.

Porque os verdadeiros heróis não são aqueles que vencem guerras.

São os que lembram para que elas não precisem mais acontecer.

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 11: 𝑨 Ú𝒍𝒕𝒊𝒎𝒂 𝑭𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒆𝒛𝒂 A cidade de Luanda não era mais a mesma. Rodeada por muralhas metálicas e patrulhas aére...
20/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 11: 𝑨 Ú𝒍𝒕𝒊𝒎𝒂 𝑭𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒆𝒛𝒂



A cidade de Luanda não era mais a mesma.



Rodeada por muralhas metálicas e patrulhas aéreas, a capital transformara-se num centro de vigilância total, onde os céus eram varridos por drones e as ruas divididas por setores militares. A sede do regime — um edifício colossal com forma de pirâmide invertida — erguia-se no antigo Largo da Independência. Lá dentro, escondido no subterrâneo, pulsava o mais poderoso e sombrio dos tambores: o Tambor do Sangue.



Era ele que alimentava a força espiritual do regime, pois continha os ecos não só da guerra colonial, mas de todos os pactos quebrados, das traições e execuções. Um tambor que só podia ser ativado por alguém com ligação direta ao sangue dos que caíram… e dos que comandaram.



— Por isso escolheram Luanda — disse Nayla, enquanto observavam a cidade do alto do Morro da Cruz. — Não ap***s pelo poder político. Mas porque o sangue mais antigo foi derramado aqui.



Zola, com o braço enfaixado, lia um mapa de túneis subterrâneos.



— A entrada mais próxima está no antigo sistema de esgotos. Mas não estamos sós.



— Sabem que estamos a caminho — completou Mona.



Desde a ativação do terceiro tambor, os soldados da P.E.S.O. intensificaram a repressão nas províncias. Grupos culturais foram dissolvidos à força. Narradores tradicionais perseguidos. O regime sentia a teia espiritual desfiar-se, e como fera ferida, começava a morder com mais fúria.







Na madrugada seguinte, guiados por antigos moradores da cidade que ainda resistiam nas sombras, Mona, Nayla e Zola desceram ao ventre esquecido de Luanda: os túneis coloniais, onde escravizados eram transportados, onde corpos foram escondidos, onde juramentos antigos foram feitos e quebrados.



A escuridão era densa, mas as paredes murmuravam. Mona ouvia os gemidos das vítimas. As orações dos combatentes. E, mais fundo, o chamado do tambor — surdo, abafado, mas poderoso. Ele batia dentro dele mesmo.



Quando se aproximavam da câmara principal, foram interrompidos por uma presença brutal.



General Makenga.



Alto, de voz profunda e corpo reforçado por implantes cibernéticos, Makenga era o braço direito do regime. Ex-combatente, traidor da revolução, agora protetor do tambor.



— Então o pequeno espírito chegou — disse ele, empunhando um bastão de choque espiritual. — Tu tens algo que pertence a este lugar.



— Eu tenho tudo o que este lugar esqueceu — respondeu Mona.



— Estás a carregar fantasmas. Eu carrego o presente. Tecnologia, controle, futuro.



Makenga atacou.







O combate foi devastador. Zola enfrentou os drones que emergiam das paredes, derrubando-os com relâmpagos concentrados. Nayla invocou escudos feitos de ossos antigos, ecoando cânticos que fizeram tremer os alicerces do edifício.



Mona enfrentou Makenga sozinho.



A cada golpe, ele era lançado contra as pedras. Mas não caía. Porque o tambor o chamava. O tambor o fortalecia.



Numa pausa do combate, Makenga revelou o segredo:



— Sabes por que só tu podes tocar o Tambor do Sangue?



— Porque sou descendente dos mártires?



— Porque és filho de ambos os lados.



Mona parou.



— Teu pai, o homem que não conheceste… era um oficial do regime. Um assassino. E tua mãe, uma combatente rebelde.



O mundo estremeceu.



— És o cruzamento da revolução com a opressão. Por isso o tambor responde a ti.



Mona, em choque, recuou. Mas nesse instante, ouviu de novo os três tambores anteriores — o do Sul, da floresta e dos ventos — batendo juntos em sua alma. E depois, uma voz:



“Tu não és o sangue que corre em ti. És o sangue que escolhes derramar… ou poupar.”



Ele ergueu-se.



Avançou.



E com um grito, tocou o chão com a palma da mão.



Os quatro tambores soaram ao mesmo tempo.



O tempo parou.



Makenga caiu de joelhos. Os túneis tremeram. A cidade acima estremeceu. A pirâmide do regime rachou.



E então, a câmara se abriu.







O Tambor do Sangue estava ali: feito de madeira escura, manchado com tons vermelhos antigos. Seu couro era tecido com fios de cabelo de ancestrais e de algo mais — algo desconhecido. Era pesado, e ainda assim parecia flutuar. Era a dor e a promessa de uma nação.



Mona aproximou-se. Tocou-o.



E quando bateu, toda Angola se lembrou.



Imagens surgiram nas praças. Cânticos ancestrais ecoaram nos mercados. Os generais sentiram o chão ruir. Povos oprimidos começaram a marchar. Estátuas caíram. Telões do governo apagaram-se.



E os líderes — Neto, Savimbi, Holden — apareceram pela última vez diante de Mona.



— Agora és tu, rapaz.



— És a história viva.



— Constrói algo novo.







A cidade gritou.



O regime caía.



Mas Mona sabia… a liberdade começava ali. O difícil viria depois.



Reconstruir.



Curar.



E manter a memória viva.

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 10: 𝑶 𝑽𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝑯𝒖𝒂𝒎𝒃𝒐Os planaltos do Huambo eram altos, amplos, e respiravam como gigantes adormecidos. O ar er...
20/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 10: 𝑶 𝑽𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝑯𝒖𝒂𝒎𝒃𝒐

Os planaltos do Huambo eram altos, amplos, e respiravam como gigantes adormecidos. O ar era mais rarefeito, as nuvens desciam como véus, e o frio cortava o silêncio das manhãs. Mona, Nayla e Zola subiam uma trilha de pedra, guiados pelo sussurro do terceiro tambor — o Tambor dos Ventos.

Diferente dos anteriores, este não chamava com batidas ou sons. Chamava com dúvidas. Pensamentos intrusivos. Sonhos estranhos. Imagens do que poderia ter sido.

— Esta terra foi onde os grandes pensadores viveram — explicou Nayla. — Poetas. Curandeiros. Historiadores da memória oral. Aqui, as palavras sempre foram mais afiadas que lanças.

— E agora? — perguntou Zola, observando as ruínas ao longe.

— Agora, as palavras mentem.

Chegaram ao vilarejo abandonado de Kassinda, onde, segundo os anciãos, o tambor estava escondido num antigo templo escavado na rocha. Mas ao pisarem nas ruas vazias, algo estranho aconteceu.

A realidade… mudou.

As casas voltaram a ter telhados. Pessoas andavam pelas ruas. Crianças brincavam. Um mercado vibrava com vida. Cores, aromas, gritos — tudo vivo. Tudo real.

— Isto é uma armadilha — sussurrou Nayla. — Estamos dentro de uma memória ilusória.

— Mas… parece tão real — disse Mona, atordoado.

Entre os rostos sorridentes, ele viu… a sua mãe.

Ela caminhava em sua direção, viva. Jovem. Linda.

— Meu filho… — disse ela. — Eu não morri. Eu estive aqui, à tua espera.

O coração de Mona bateu com força. Ele queria correr. Queria abraçá-la. Mas algo dentro dele gritou.

“Não é ela.”

Zola tentou puxá-lo, mas foi separado por um grupo de soldados sorridentes — rostos amigáveis, mas com olhos ocos.

O manipulador surgiu logo depois. Um homem magro, vestido como um curandeiro, com um bastão adornado por p***s pretas e dentes de leão. Chamava-se Mesti, o Tecedor de Memórias. Um angolano que aprendera a dominar as histórias do povo — e agora as distorcia a serviço do regime.

— És um perigo, Mona — disse ele, caminhando entre as ilusões. — Mas eu posso dar-te paz. Um lugar onde teus pais vivem. Onde és amado. Onde não precisas lutar.

— Isso é mentira — murmurou Mona, lutando para manter a consciência.

— Mas é uma mentira doce. E às vezes, o povo não quer a verdade. Quer co***lo.

Mona caiu de joelhos. A imagem da mãe aproximou-se mais. Tocou-lhe o rosto. Estava quente. Viva.

Mas então, algo brilhou no céu. Um raio cruzou as nuvens. Um trovão distante.

O Tambor dos Ventos soou.

E com ele, uma ventania cortou as memórias falsas como lâminas. O mercado desapareceu. As pessoas sumiram. O vilarejo voltou a ser ruína.

Mona ergueu-se lentamente. O tambor estava ali, flutuando entre duas pedras, envolto por uma brisa eterna. Era mais leve que os outros, feito de fibras e bambu, decorado com p***s de pássaros extintos.

Mesti gritou, tentando refazer a ilusão, mas Nayla já havia traçado selos ao redor. Zola arremessou uma flecha de energia espiritual, que atravessou o peito do manipulador — e em vez de sangue, dele saíram páginas rasgadas de histórias inventadas.

— A verdade dói — disse Mona, pegando o tambor. — Mas também liberta.

Na descida da montanha, Mona tocou o Tambor dos Ventos. O som era suave, mas ia longe. E com ele, pedaços de memórias reais começaram a chegar de volta às pessoas das vilas próximas. Anciãos esquecidos começaram a se lembrar. Crianças passaram a sonhar com heróis que nunca tinham conhecido.

O regime, percebendo a quebra no controle mental, intensificou os bloqueios em Luanda.

Mas já era tarde.

A memória estava acordando.

E agora, faltava ap***s um tambor. O mais perigoso. O mais oculto.

O Tambor do Sangue.

Que se encontrava onde tudo começou: em Luanda, debaixo da sede do regime.

𝑨 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒐𝒄ê 𝒅𝒆𝒗𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒖𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒏𝒐 𝑪𝒉𝒂𝒕𝑮𝑷𝑻 — 𝒆 𝒏ã𝒐 é '𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓', 𝒏𝒆𝒎 '𝒐𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒐’Este é um trecho origina...
20/06/2025

𝑨 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒐𝒄ê 𝒅𝒆𝒗𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒖𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒏𝒐 𝑪𝒉𝒂𝒕𝑮𝑷𝑻 — 𝒆 𝒏ã𝒐 é '𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓', 𝒏𝒆𝒎 '𝒐𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒐’

Este é um trecho original publicado em Exame.com. Leia a matéria completa em https://exame.com/carreira/a-palavra-que-voce-deveria-usar-em-todo-comando-no-chatgpt-e-nao-e-por-favor-nem-obrigado/?utm_source=copiaecola&utm_medium=compartilhamento

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 9: 𝑨𝒔 𝑽𝒐𝒛𝒆𝒔 𝒅𝒂 𝑭𝒍𝒐𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂A viagem até o Bié foi longa e silenciosa. A cada quilômetro deixado para trás, Mona sen...
19/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 9: 𝑨𝒔 𝑽𝒐𝒛𝒆𝒔 𝒅𝒂 𝑭𝒍𝒐𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂

A viagem até o Bié foi longa e silenciosa. A cada quilômetro deixado para trás, Mona sentia o peso do tambor em sua alma — mesmo guardado longe, em segurança. Era como se o instrumento vibrasse dentro dele, acordando memórias que não eram suas. Fragmentos de lutas. Rostos desconhecidos. Gritos. Canções.

Chegaram ao planalto central após dias cruzando zonas de vigilância, desviando das forças da P.E.S.O. e se alimentando de raízes, frutas silvestres e pequenas oferendas deixadas por comunidades ocultas que ainda resistiam.

Nayla guiava o grupo agora com mais cautela. Ela sentia algo diferente na energia da terra. Como se o próprio território, antes guardião de segredos milenares, estivesse envenenado.

— A floresta aqui não canta mais — disse ela, numa manhã. — Ela chora.

Zola, sempre firme, mantinha o cajado na mão e os olhos atentos.

— Escutei vozes durante a noite. Sussurros. Como se os troncos falassem.

— Falam — respondeu Mona. — Mas estão a pedir ajuda.

O Tambor Central, segundo Nayla, estava escondido em Kambila, um santuário natural escondido entre montanhas e rios do Bié profundo. Mas quando chegaram às suas margens, encontraram ruínas.

Antigas pedras sagradas haviam sido partidas, símbolos talhados a fogo nas árvores. No centro, onde outrora dançavam os ancestrais, havia uma torre metálica emitindo sinais — uma Antena de Interferência Espiritual, uma invenção do regime.

E guardando a torre, ele: Nkulo Banze, um antigo sacerdote convertido. Trajava roupas rituais corrompidas com fios de cobre, e no peito carregava um pingente feito de espelho quebrado. Era chamado de “O Quebrado”.

— Estão atrasados — disse ele, ao ver o trio. — Já senti o cheiro do tambor em ti, menino.

Mona olhou fixamente.

— Tu eras um guardião.

— Fui. Até perceber que os deuses também abandonam os seus — respondeu Nkulo. — Eu pedi socorro. Ninguém veio. Nem tuas Kiandas, nem teus líderes mortos. O regime me ouviu. E agora sou eu quem guarda este território.

— Corrompes a floresta com teus fios — acusou Nayla.

— Eu dou-lhe propósito! Esta mata era só lamento. Agora é máquina. Ordem.

Nkulo ergueu o braço e uma onda de energia espiritual, corrompida por tecnologia, lançou-se contra o grupo. Zola bloqueou o impacto com o cajado, mas foi atirada para trás. Nayla conjurou uma barreira de raízes, que explodiu ao contato com a descarga energética.

Mona ficou sozinho.

Nkulo avançou, os olhos faiscando com luz artificial.

— Não és ninguém, rapaz. Só um eco mal resolvido do passado. O futuro pertence aos que fazem pactos.

Mas naquele instante, Mona fechou os olhos.

E os sons voltaram.

Não era o tambor do Sul. Era outro. Mais grave. Mais profundo. O Tambor Central pulsava sob a terra, mesmo aprisionado, mesmo silenciado. Ele chamava Mona.

— Eu não sou passado. Eu sou ponte.

Ele ajoelhou-se, colocou as mãos no chão, e chamou o nome do Bié.

O chão tremeu. A antena zuniu em desespero. A vegetação morta começou a brotar de novo. Flores abriram-se diante do impacto. E do fundo da mata, uma árvore imensa, escondida por gerações, abriu-se como um útero vivo.

Dentro, estava o Tambor da Memória Central — maior, pesado, com inscrições em Umbundu, e adornado com fios de barro vermelho.

Nkulo gritou de raiva.

— Eu sou o novo sacerdote!

Mas Mona já estava de pé, com o tambor em mãos. Ao batê-lo, o som não foi como os outros.

Foi um grito de reconexão.

E naquele momento, os animais voltaram. Macacos, pássaros, cobras e felinos cercaram o local. Os espíritos das árvores dançaram no ar, e Nkulo caiu de joelhos, a máscara rachando, os espelhos estilhaçando.

Zola e Nayla aproximaram-se, feridas mas de pé. Nayla olhou para Nkulo, e disse:

— Ainda podes voltar. A floresta perdoa.

Mas ele desviou o olhar e desapareceu entre os cipós.

O tambor foi selado com proteção ritual. E naquela noite, pela primeira vez, a floresta do Bié cantou de novo. O céu se encheu de estrelas, e Mona sentou-se sozinho com o tambor, olhando para o norte.

Nayla aproximou-se e colocou uma mão em seu ombro.

— O próximo nos chama. As terras altas do Huambo.

— E o tempo está a apertar — disse Zola. — O regime está a reunir forças.

— Que venha — disse Mona, erguendo os olhos para o céu. — Agora temos a floresta ao nosso lado.

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 8: 𝑶 𝑬𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝑻𝒄𝒉𝒂𝒌𝒖O som do tambor ecoava pelas paredes da gruta como um chamado impossível de ignorar. Vi...
19/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 8: 𝑶 𝑬𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝑻𝒄𝒉𝒂𝒌𝒖

O som do tambor ecoava pelas paredes da gruta como um chamado impossível de ignorar. Vibrava na pele, no osso, no ar. Mona sentia o mundo girar mais lentamente ao seu redor. Ele via a energia dos símbolos brilhar nas paredes. Cada batida parecia acordar um pedaço do continente adormecido.

Nayla murmurava palavras antigas, mantendo a vibração do tambor ativa, enquanto Zola vigiava a entrada com os olhos fixos no escuro. O silêncio lá fora tinha mudado. Era o silêncio antes do confronto. Do outro lado do mundo, algo estava vindo. Algo que queimava.

— Ele está perto — disse Zola.

Mona, agora com o braço marcado por linhas brilhantes que pulsavam ao ritmo do tambor, ergueu-se lentamente.

— Eu também estou pronto.

Tchaku Mavakala chegou como um vendaval quente. A terra parecia ceder sob seus passos. O fogo rodeava seu corpo como um manto vivo, e seus olhos queimavam como carvões acesos.

— Então és tu… o garoto — disse ele, ao vê-los saindo da gruta. — O espírito que o regime teme.

— Eu não sou só espírito — respondeu Mona, firme. — Eu sou memória viva.

— A memória não resiste ao fogo.

Tchaku cravou sua lança no chão, e uma parede de chamas ergueu-se ao redor da gruta. As árvores secas estalaram, os pássaros fugiram. O céu ficou vermelho.

Zola atirou-se para o lado, esquivando-se de uma labareda. Nayla recitou versos de proteção, criando um escudo de vento em torno do tambor. Mas Tchaku avançou diretamente para Mona.

Com um salto sobre-humano, caiu com a lança em punho. Mona desviou por instinto — mas não rápido o suficiente. A ponta da arma roçou-lhe o ombro, e a dor queimou como se mil carvões o tivessem tocado.

Ele caiu de joelhos, o mundo girando. Mas antes de Tchaku atacar de novo, o tambor vibrou com uma força intensa. Uma luz azul escapou de dentro da gruta e cobriu Mona. Sua pele brilhou. Seus olhos mudaram.

Ele viu.

Viu os rostos dos líderes. Neto, de pé ao seu lado, ergueu o punho e gritou:
— O país é nosso, rapaz! Levanta!

Savimbi, rindo feroz:
— Usa a raiva como lâmina. Eles têm fogo, mas tu tens chão!

E Holden, com voz calma:
— Respira. És mais antigo do que pensas. És o guardião da lembrança.

Mona gritou, e o chão respondeu.

De repente, a terra sob os pés de Tchaku rachou, e raízes antigas emergiram, segurando-o pelos tornozelos. Ele tentou libertar-se com fogo, mas as raízes eram húmidas, profundas, protegidas por séculos de ancestralidade.

Mona ergueu as mãos. O tambor, sozinho, levitou do chão e posicionou-se diante dele.

Ao bater no couro uma única vez, o som saiu como um trovão — e a energia do tambor lançou-se como uma onda contra Tchaku, empurrando-o dezenas de metros para trás.

O Caçador Vermelho bateu contra uma árvore, soltando um grunhido. A armadura começou a rachar.

Ele estava ferido.

Zola aproveitou e lançou uma estaca de energia do cajado, cravando-a no solo. O fogo ao redor se apagou parcialmente.

— Terminamos aqui! — gritou ela.

Mas Tchaku riu.

— Pensam que me venceram? Eu sou o primeiro. O início da purificação. Há outros. E virão. Virão como tempestade.

Nayla olhou para o céu.

— Ele está certo. Esta guerra não será vencida com força. Precisamos dos quatro tambores. Só então o portal será aberto.

— Que portal? — perguntou Mona.

— O da Reconexão. Onde os vivos e os mortos caminham juntos. Onde a África inteira poderá se lembrar.

Tchaku, ferido, invocou uma última chama e desapareceu numa espiral de fogo.

Naquela noite, descansaram em silêncio. O tambor foi guardado numa caverna segura, protegida por selos deixados por Nayla. O fogo cessara, por enquanto. Mas algo havia mudado em Mona.

Ele já não era só um menino.

Era um vaso cheio de história, e dentro dele, as vozes de um continente inteiro começavam a acordar.

E agora, o segundo tambor os chamava — da mata fechada do Bié.

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 7: 𝑭𝒐𝒈𝒐 𝒏𝒐 𝑺𝒖𝒍O dia amanheceu coberto por uma névoa espessa quando Mona, Zola e Nayla deixaram Cacuaco. Seguiam...
18/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 7: 𝑭𝒐𝒈𝒐 𝒏𝒐 𝑺𝒖𝒍

O dia amanheceu coberto por uma névoa espessa quando Mona, Zola e Nayla deixaram Cacuaco. Seguiam a pé, por trilhas antigas que escapavam ao rastreamento da P.E.S.O., guiados por um mapa incompleto que Nayla traçara a partir de sonhos.

— O primeiro tambor está em Benguela — disse ela. — Escondido sob o antigo Morro do Sumbe, onde os mais velhos diziam que a terra canta quando a chuva cai.

— E se o regime já souber disso? — perguntou Zola.

— Eles sabem — respondeu Nayla. — Mas não ouvem a terra. Só a queimam.

O caminho até Benguela levaria dias. Dormiam sob árvores, comiam o que a natureza dava, bebiam em rios e poços esquecidos. A cada vila por onde passavam, viam mais sinais do avanço da Nova Ordem: escolas com símbolos europeus, crianças uniformizadas que recitavam hinos coloniais modernos, igrejas pintadas de branco onde antigos terreiros haviam sido apagados.

— Estão a reconstruir Angola sem alma — murmurou Zola.

— Mas a alma resiste — respondeu Mona. — Está escondida. Como os tambores.

Enquanto isso, em Benguela, Tchaku Mavakala já havia chegado.

Chamavam-no de o Caçador Vermelho. Alto, musculoso, com marcas tribais queimadas na pele e olhos que brilhavam como brasa. Sua presença era um aviso: onde ele passava, o passado ardia. Carregava consigo uma lança feita de ferro e fogo — o Mukumbi, uma arma forjada com metais sagrados corrompidos pelo regime.

Ele parou diante de um terreiro antigo, cercado por monges silenciosos e mulheres de branco que ainda cantavam cânticos antigos.

— Este lugar fede à memória — disse.

— Este lugar é sagrado — respondeu uma das anciãs, de olhos firmes. — Aqui, os espíritos ainda dançam.

— Não mais.

Com um gesto, cravou a lança no chão. O fogo espalhou-se como uma língua faminta. As chamas tomaram o terreiro, engoliram as árvores, e uma rajada quente varreu as ruas vizinhas. As velhas não gritaram. Ficaram ali, de pé, cantando até serem consumidas.

Do alto da colina, Tchaku ergueu a mão e comunicou-se com a Fortaleza:

— Benguela purificada. Mas encontrei inscrições no subsolo. Algo está enterrado. Vou cavar.

Quando Mona e as companheiras chegaram aos arredores de Benguela, sentiram o cheiro de cinzas no vento. Homens armados patrulhavam as estradas. O povo caminhava com os olhos baixos. E os mais velhos já não usavam suas roupas tradicionais — como se tivessem esquecido quem eram.

— Estão a apagar tudo — disse Mona, angustiado.

— Ainda não — respondeu Nayla, apontando para o céu.

Uma ave sobrevoava em círculos. Um gavião angolano, raro, símbolo de resistência espiritual. Onde ele voava, dizia-se, algo antigo ainda pulsava.

Seguindo o voo da ave, chegaram até uma gruta escondida entre pedras e raízes. Era uma entrada subterrânea protegida por símbolos desenhados em carvão. Nayla encostou a mão e murmurou:

— Tamandala w’etu… abre-te.

A pedra moveu-se lentamente, revelando degraus que desciam ao coração da terra.

Mona sentiu o chão tremer sob seus pés. A vibração era familiar — como o tambor que ouviu no sonho, a primeira vez que Kianda o chamou. A música estava lá embaixo.

Desceram em silêncio, como quem pisa num templo. No fundo da gruta, havia um salão circular coberto de símbolos, desenhos de espíritos e rostos sem nome. No centro, envolto em raízes, estava o primeiro deles: o Tambor da Memória do Sul — coberto de couro antigo, com bordas de ferro enferrujado e marcas de fogo.

— Ainda respira — disse Nayla. — Ainda canta.

Mona aproximou-se. Ao tocar o tambor, foi lançado para trás por uma explosão de luz e som. Viu visões: o antigo Reino do Ndongo, caravanas de escravizados resistindo, mulheres tocando para proteger os filhos, e finalmente… uma chama se aproximando.

— Ele está vindo — disse Mona, ofegante. — O homem do fogo. Já está aqui.

Zola pegou seu cajado e Nayla fechou o livro.

— Então está na hora — disse ela. — O tambor despertou. E contigo, o espírito da guerra.

O som do tambor ecoou pela gruta.

E pela primeira vez em séculos, os ancestrais responderam.

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𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 6 (𝒂𝒍𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐): 𝑨 𝑴á𝒒𝒖𝒊𝒏𝒂 𝒅𝒂 𝑶𝒓𝒅𝒆𝒎 No coração do antigo Palácio do Governo, agora transformado na Fortaleza de...
18/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 6 (𝒂𝒍𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐): 𝑨 𝑴á𝒒𝒖𝒊𝒏𝒂 𝒅𝒂 𝑶𝒓𝒅𝒆𝒎



No coração do antigo Palácio do Governo, agora transformado na Fortaleza de Observância Nacional, as paredes tremiam em silêncio. Não era medo. Era poder.



A sala principal era oval, revestida com espelhos negros que refletiam imagens em movimento — ruas, vilas, rostos. Rostos africanos. Rastreios constantes em tempo real, coordenados por satélites europeus orbitando em nome da “parceria estratégica pelo progresso”. No centro da sala, rodeado por ministros silenciosos, estava Comandante-Mor Ulanji Vítor Mbongo — o arquiteto da Nova Ordem Kizomba.



Trajava um uniforme branco impecável, com faixas douradas no peito e o símbolo do regime no ombro: um punho fechado sobre um tambor quebrado.



Diante dele, um holograma tremeluzia, exibindo um mapa da Angola fragmentada. Zonas vermelhas mostravam onde os sinais etno-espirituais haviam sido detectados nos últimos dias. Cacuaco estava em chamas.



— Confirmado, excelência — disse um dos analistas. — O alvo manifestou ativação profunda de memória espiritual. Ligação direta com entidades classificadas como “ancestrais-livres”.



Ulanji permaneceu imóvel.



— O nome?



— Mona. Nove anos. Sem registro de paternidade. Habilitado como Classe C até ontem. Agora, Classe X.



Silêncio.



Ulanji caminhou lentamente até o centro da sala.



— Chamem o Alto Conselho.



Logo, três figuras apareceram nos monitores. Estavam em locais distintos — um em Lisboa, outro em Paris, o último em Berlim. Eram os Patrocinadores. Homens brancos, bem vestidos, olhos frios. Empresários, banqueiros, políticos disfarçados.



— Vítor — disse o europeu de Paris —, esperamos que não estejas a perder o controlo da tua zona.



— Não, senhores — respondeu ele. — Ap***s confirmamos uma ameaça do passado. Um resíduo espiritual de antes da Doutrina Kizomba. Estamos a tratar disso.



O de Berlim fumava calmamente.



— Já eliminaste todos os terreiros? Os cultos costeiros?



— Quase todos — disse Ulanji. — Mas um erro foi cometido. O espírito da Kianda sobreviveu. E agora fala com um menino.



Os três homens se entreolharam. Isso não estava nos planos.



— Então, ativa o Projeto Fênix — disse o francês. — Queime o que restar da velha África.



Ulanji assentiu.



— Tchaku Mavakala está a caminho de Benguela. E com ele, levaremos a chama da purificação.







Mais tarde, a sós, Ulanji subiu ao último andar da fortaleza. Parou diante de um espelho comum. Apertou uma sequência no relógio e o espelho revelou um cofre. De dentro, tirou uma máscara de madeira antiga — coberta de símbolos angolanos e traços europeus sobrepostos. A máscara do Domador de Espíritos.



Ele a encarou por longos segundos.



— Eles acham que eu sirvo aos europeus — sussurrou. — Mas um dia… serão eles que servirão a mim.



E sorriu.

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 5: 𝑵𝒂𝒚𝒍𝒂 𝒆 𝒂 𝑽𝒐𝒛 𝒅𝒐 𝑽𝒆𝒏𝒕𝒐A madrugada trouxe um silêncio estranho. O tipo de silêncio que não é calmo — é pesado...
17/06/2025

𝑪𝒂𝒑í𝒕𝒖𝒍𝒐 5: 𝑵𝒂𝒚𝒍𝒂 𝒆 𝒂 𝑽𝒐𝒛 𝒅𝒐 𝑽𝒆𝒏𝒕𝒐

A madrugada trouxe um silêncio estranho. O tipo de silêncio que não é calmo — é pesado. Um silêncio de coisas escondidas.

Zola e Mona estavam escondidos num quintal abandonado, atrás do que restava de um armazém colonial, onde mangueiras selvagens cresciam livres por entre os escombros. Haviam passado o dia ali, vigiando o céu, os sons, as sombras. Nenhum movimento da P.E.S.O., ainda. Mas a tensão era como uma corda esticada no ar.

Mona não conseguia dormir. A cada vez que fechava os olhos, via a terra se abrindo, ouvia a voz eletrônica dos soldados dizendo que ele era “contaminação cultural”. Viu-se engolido por um futuro onde sua história seria apagada.

Mas o vento sussurrava algo diferente.

Sussurrava seu nome.

Ele se levantou devagar, caminhou entre os galhos até o muro rachado. Ali, ao encostar-se, sentiu novamente o ar mudar. Não era uma brisa. Era como se o vento tivesse intenção, direção… palavras.

— Mona… Mona…

Ele olhou para os lados. Não havia ninguém.

— Não tenhas medo.

A voz veio clara, dentro da cabeça. Mas não era de Kianda. Era mais leve, juvenil, feminina.

— Estás acordado, então posso falar contigo — disse a voz. — Vira-te.

Mona virou-se. E ali, parada sob uma árvore onde folhas mortas giravam em círculos ao redor dos seus pés, estava ela.

Tinha pele clara como areia do Mussulo, olhos rasgados e um turbante branco cobrindo os cabelos. Usava uma túnica azul clara, simples, e carregava às costas um caderno preso com corda de palmeira.

— Nayla — disse ela, antes que Mona perguntasse. — Sim. A do vento.

Zola surgiu logo atrás, em posição de defesa.

— Como chegaste aqui?

— O vento contou-me. E o chão também — respondeu Nayla, tranquila. — Eu ouço coisas. Vejo coisas. Vocês abriram um caminho. A Kianda quer que nos encontremos.

Mona olhava para ela como quem encara um sonho — ou uma visão.

— O que queres de mim?

— Nada — disse Nayla. — Tu é que precisas ouvir.

Ela aproximou-se e abriu seu caderno. Era antigo, escrito à mão. Cada página continha poemas, mapas, símbolos e desenhos de rostos que Mona nunca vira. Nayla passou o dedo por um símbolo: era a mesma espiral marcada no ombro de Mona.

— Sabes o que é isto? — perguntou.

— É… é minha marca.

— É a memória — disse Nayla. — Esta é a Porta do Tempo. Quando aberta, conecta os vivos aos que não foram esquecidos. É por isso que tu vês os três.

Mona arregalou os olhos.

— Sabes sobre eles?

Nayla assentiu.

— Neto, Savimbi, Holden. São tua bússola. Mas não são os heróis que nos ensinaram nos livros do governo. São as versões verdadeiras, escondidas pela Nova Ordem.

Zola ainda parecia desconfiada, mas Mona sentia algo diferente. A presença de Nayla trazia calma. Como se o caos do mundo se curvasse diante dela.

— Há mais como nós? — perguntou ele.

Nayla sorriu.

— Muitos. Espalhados. Silenciados. Mas vivos. Somos as vozes que o regime tentou calar. E agora, estamos acordando.

Ela então fechou o caderno e olhou para o céu.

— Mas tens de saber uma coisa. A Nova Ordem não te procura só porque és especial. Procuram-te porque têm medo. Tu és uma ameaça real. Porque tu lembras. E quem lembra, liberta.

Nesse instante, uma rajada de vento forte varreu o quintal. As folhas se ergueram como uma espiral. E no centro, Mona sentiu algo se ativar dentro de si.

Ele ouviu vozes antigas.

Viu uma guerra não contada.

Sentiu-se parte de uma linhagem perdida.

E, pela primeira vez, entendeu: o poder dele não era só força. Era memória.

Naquela noite, os três — Mona, Zola e Nayla — traçaram um plano. Precisavam sair de Luanda. Precisavam alcançar o sul, onde, segundo Nayla, um dos quatro Tambores da Memória estava escondido.

Mas o regime já sabia do despertar.

E o Caçador do Fogo, um novo inimigo, acabava de ser ativado em Benguela.

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