17/03/2022
A POLÍCIA MATA JOVEM COM ÁGUA DE BATERIA E FERRO QUENTE NO ÂNUS
O Sucedido Ocorreu no Dia 10 de Março Quando o Jovem de 34 Anos de Idade Que Respondia Pelo Nome de Cambila Alberto Agostinho, Saiu de casa de manhã, como era costume, para estar com os amigos, mas não regressou.
Preocupada a família, foi apenas informada dia seguinte, sexta-feira, 11, que o jovem estava detido no posto de polícia da Vila Nova, em Viana, nas proximidades da Comarca de Viana, acusado de ter subtraído um talão de jogo (Angofoot), que tinha como prêmio 40 mil kwanzas, de um amigo seu, conhecido por Masta.
Segundo o malogrado que ainda em vida contou a triste história a Tv Zimbo, tão logo caiu nas mãos dos efectivos da polícia, começou uma espécie de selvajaria, tendo sido torturado de todas as formas possíveis.
“Começaram a me bater com a pi***la na cabeça, na cara e no pénis, enquanto um outro agredia com bicos no peito”, contou.
No entanto, enquanto um dos agentes pontapeava o jovem, terá apanhado mal jeito, e inflamou o pé. Para se vingar do jovem que já apanhava demasiado, o polícia foi em busca de um ferro, despejou água de bateria no â**s do rapaz, aqueceu um ferro e introduziu no â**s do cidadão.
Este ainda terá dito que daria mais do que 40 mil kwanzas, e que não era preciso ser morto, mas os agentes insistiam e torturaram o mesmo de todas as formas possíveis.
De acordo com Segunda dos Santos, de 65 anos de idade, mãe do malogrado, custava acreditar que o filho estava morto. E não era uma morte natural, já que o filho era saudável, segundo a anciã, o seu primogénito morreu nas mãos das autoridades, da pior forma possível.
“Quando ficamos a saber que o Careca estava detido, fomos até a esquadra, ao dirigirmo-nos ao um agente do SIC, este respondeu que deveríamos ir ter com o amigo do nosso filho, para devolvermos os 40 mil kwanzas”; lembrou.
“Demos conta que era um miúdo de casa, que era o Masta, fomos ter com ele e disse que tínhamos que arranjar 40 mil Kwanzas, que seriam 20 mil para os agentes e vinte para ele, porque o Careca havia roubado o cartão dele da Angofoot, que valia 40 mil Kwanzas, só depois desta operação”, disse Masta, os efecticos do SIC garantiam que haviam de lhe libertar.
“Voltei a falar com o agente do SIC e ele disse que não tinham dinheiro, quem havia de lhes dar era mesmo o meu filho”, sendo assim, continuou, nada seria feito.
“O agente mandou irmos a busca de comida para o meu filho… ainda pedi para pelo menos lhe ver, mas não aceitaram, de princípio desconfiei que o meu filho já estava morto, e comecei a chorar amargamente, foi daí que o agente ordenou que me levassem até as celas, onde encontrei o Cambila algemado, e a contorcer-se com dores”, explicou.
Segunda dos Santos lembra que não conseguiu trocar uma única palavra com o filho.
No Sábado, às 14horas, o Masta vinha com o meu filho, num Toyota Hyace, praticamente a depositar o corpo já desfalecido do Cambila.
“Não aceitamos receber, mais a dor de mãe como é única, recebi o meu filho e levamos para o Comando Municipal da Polícia em Viana, onde encontramos o Comandante Municipal que lamentou a atitude dos polícias, e pediu-nos que o levássemos para o hospital do Kapalanga”.
Segundo a anciã, postos no hospital, olharam o paciente mas quase nada fizeram.
Alberto Agostinho, de 68 anos de idade, pai do malogrado explicou que o seu filho passou uma noite no hospital do Kapalanga, e no domingo, 13, foi evacuado para o hospital Josina Machel.
“Depois de lhe aplicarem um balão de soro, mandaram-nos para casa… Aguentamos segunda-feira, na terça vimos que estávamos a perder o miúdo, e voltamos a levar para o Hospital Geral de Luanda onde fomos socorridos às 19horas”. Segundo o ancião, a médica em serviço observou o paciente e orientou que levassem o doente de volta ao hospital Josina Machel, ou então para casa.
“Esgotadas todas as possibilidades, voltamos em casa esperando a hora da morte do miúdo, foi assim que às 02h00 da madrugada de quarta-feira, o miúdo acabou por morrer”, lamentou.
“Peço justiça, só quero justiça, a Polícia que deveria garantir a segurança da população é que mata?”, questionou.
Sabe-se que o carro de remoção do Serviço de Investigação Criminal foi até a casa do óbito por volta das 8h00, para fazer a remoção do corpo, tendo sido depositado na Câmara 5. Local onde são depositados os corpos não identificados.
Alberto Agostinho lamenta o sucedido, e diz não ter condições de custear o óbito, e pede ajuda ao Comando Municipal de Viana e a Administração Municipal.
>>Polícia nega acusações
Entretanto, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, desmentiu a versão dos familiares do finado.
De acordo com o oficial, a Polícia tomou conhecimento dessa ocorrência por intermédio do comando de Viana, sendo o indivíduo foi levado para a esquadra pela população.
Esclareceu que os factos ocorreram quando a vítima, depois de alegadamente ter-se apoderado de uma ficha do jogo AngoFoot, foi agredida por desconhecidos, por ter-se recusado a assumir que tinha sido ele o autor do furto.
Nestor Goubel disse que tendo em conta que o homem tinha ferimentos ligeiros, e não ser ter detectado que as lesões atingiram a cabeça, não foi possível determinar se a integridade física do mesmo estava em risco.
Sublinhou que, considerando a hora tardia da ocorrência, o indivíduo permaneceu sob custódia policial até às 8h00, e notificou-se a família, que foi aconselhada a levá-lo a um hospital mais próximo, a fim de tratar o que aparentemente parecia ferimentos ligeiros.
A Tv Mikassa Deslocou-se Ontem dia 16 de Março de 2022 a Esquadra Policial do Bairro Vila Nova Em Viana Para Receber Mais Detalhes do Sucedido, Onde Constatou Uma Grande Revolta da População Local Contra Esquadra Policial.
Cerca de 100 Agentes da Polícia Antí Terror Estiveram No Local E Fizeram Vários Disparos Para Dispersar a População Que Atentava Invadir a Esquadra.
A Equipa da Tv Mikassa foram impedidos Pela Polícia Nacional de Gravar Uma Reportagem No Local.
TV MIKASSA