10/12/2025
SINOP (MT) - João Ferreira da Silva (condenado a 42 anos de prisão) foi assassinado a tiros, esta manhã, em um hotel na rua Colonizador Ênio Pipino em Sinop (500km de Cuiabá), após deixar ontem (9) a Penitenciária ‘Ferrugem’, no bairro Alto da Glória.
Ele estava preso após ter sido condenado pela morte de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, e ocultação de cadáver, em outubro de 2005, em uma construção no bairro Nossa Senhora Aparecida, proximidades do cemitério.
Câmeras de segurança registraram a movimentação de ao menos 3 suspeitos, antes do crime. Um deles usava moleton escuro, máscara e boné. Um deles entra, em seguida, João, deixa o local e segue para a parte externa quando se aproximava o segundo suspeito, armado. Ele saca a arma, aponta e mata o ex presidiário.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e confirmou a morte do homem ainda no local. Os suspeitos fugiram, antes da chegada da polícia ao local. As Equipes de Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Polícia Civil foram acionadas para análise da cena do crime, e posterior liberação do corpo para o IML.
Na época, João foi preso após tentar violentar um menino de 12 anos, também em uma construção no bairro Nossa Senhora Aparecida, em frente ao cemitério. Após buscas no local, a polícia encontrou ‘bolinhas de gude’ do garoto Bruno, que havia desaparecido dias antes. A polícia também localizou um pedaço de madeira com manchas de sangue.
João acabou confessando ter assassinado Bruno e indicou o local em que havia enterrado o corpo em frente à casa. O corpo do garotinho estava na cova de aproximadamente um metro, nu e com as mãos amarradas. As roupas estavam em uma sacola ao lado do corpo.
O crime comoveu a cidade e cerca de 500 pessoas tentaram invadir a delegacia municipal para linchar o responsável pelo homicídio. João precisou ser transferido para Cuiabá, onde acabou fugindo. Ele ficou poucas horas em liberdade e foi recapturado em um terminal rodoviário no bairro Novo Horizonte. Meses depois, foi transferido novamente para Sinop.
Em 2008, foi condenado a 42 anos de prisão pelo homicídio. Em outro processo, foi sentenciado a mais 10 anos de cadeia por atentado violento ao pudor contra criança.