Palavra Operária

Palavra Operária Jornal do GOI - Grupo Operário Internacionalista

  | Carta aos apoiadores de Lula e Boulos
03/07/2025

| Carta aos apoiadores de Lula e Boulos

📰 Palavra Operária n° 25O jornal do GOIAcesse neste link:https://palavraoperaria.my.canva.site/n-25-30-de-junho-de-2025-...
01/07/2025

📰 Palavra Operária n° 25
O jornal do GOI

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https://palavraoperaria.my.canva.site/n-25-30-de-junho-de-2025-ano-v

Leia nesta edição:

🇧🇷 Nacional
📌 Balanço e continuidade da luta pelo fim da Escala 6x1
📌 As expulsões no VAT. Chamado à reflexão aos ativistas do movimento
📌 Patrões querem congelar o Salário Mínimo

🌍 Mundo
🇵🇸🇮🇷 Especial Oriente Médio
🇺🇸 Movimento anti Trump se espalha pelos EUA

🗣 Voz d@s Oprimid@s
📌 Lutas contra a violência policial

📻 Rádio Peão
📌 Greve do Funcionalismo Municipal de Taboão da Serra
📌 Luta contra os despejos em São Paulo

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⚒ GOI - Grupo Operário Internacionalista

📰 Palavra Operária n° 25O jornal do GOILeia nesta edição:🇧🇷 Nacional📌 Balanço e continuidade da luta pelo fim da Escala ...
01/07/2025

📰 Palavra Operária n° 25
O jornal do GOI

Leia nesta edição:

🇧🇷 Nacional
📌 Balanço e continuidade da luta pelo fim da Escala 6x1
📌 As expulsões no VAT. Chamado à reflexão aos ativistas do movimento
📌 Patrões querem congelar o Salário Mínimo

🌍 Mundo
🇵🇸🇮🇷 Especial Oriente Médio
🇺🇸 Movimento anti Trump se espalha pelos EUA

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📰 Palavra Operária n° 25 – 30/6/2025O jornal do GOI Leia nesta edição: Nacional📌 Balanço e continuidade da luta pelo fim da Escala 6×1📌 As expulsões no VAT. Chamado à reflexão aos ativis…

  Como seguir a luta pelo Fim da Escala 6×1 e pela Jornada de 36h?As manifestações do 1º de Maio, Dia Internacional da L...
29/06/2025

Como seguir a luta pelo Fim da Escala 6×1 e pela Jornada de 36h?

As manifestações do 1º de Maio, Dia Internacional da Luta da Classe Trabalhadora, foram marcadas pelas bandeiras do Fim da Escala 6×1 e Redução da Jornada de Trabalho, sem redução salarial, mostrando que esta é uma pauta que pode unificar hoje o conjunto da classe trabalhadora na luta contra a exploração patronal.

Esta pauta se impôs a todas as burocracias que controlam o movimento sindical, popular e camponês, assim como aos aparatos parlamentares do PT, PSOL e PCdoB, que manipulam o apoio eleitoral dos setores mais conscientes do proletariado.

Em muitas capitais ocorreram atos unitários centrados nesta pauta, a exemplo do Rio de Janeiro e Curitiba. O mesmo não ocorreu em São Paulo, onde foram realizados 6 atos separados. A CUT realizou um ato-show em São Bernardo do Campo, e também participou do outro ato-show com sorteio de prêmios, organizado pelas demais centrais sindicais burocráticas (Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central etc.), no Campo de Bagatelle, em São Paulo. Na Praça da Sé se reuniu um setor da esquerda junto com a Pastoral Operária. A CSP-Conlutas encabeçou um ato separado em frente ao MASP. Outro ato próprio foi convocado pelo PCO. E o VAT, a Intersindical e diversos setores realizaram um ato também na Avenida Paulista, do qual o GOI-Palavra Operária participou. Esta realidade em São Paulo mostrou que, no estado em que a burocracia sindical e parlamentar é mais forte, o que primou foi o aparatismo e a divisão e não a unidade para lutar.

O trabalho de mobilização nos locais de trabalho para o 1M mostrou a enorme insatisfação das trabalhadoras e trabalhadores com as condições de trabalho. Não apenas as jornadas exaustivas, mas inúmeros outros problemas causados pelo aumento da exploração patronal e governamental: baixos salários, que na maioria nem chegam ao Salário Mínimo de R$ 1.518; benefícios e direitos trabalhistas poucos ou inexistentes; assédio das chefias, que pressionam para atingir metas descabidas; adoecimento físico e mental; entre outras mazelas capitalistas. Na porta das empresas foi possível ver também o crescimento da bronca e da disposição de luta de uma grande parte das trabalhadoras e trabalhadores.

A grande questão que se coloca neste momento é: como dar continuidade à luta pelo Fim da Escala 6×1 e pela Redução da Jornada de Trabalho? Vinculando-a às demais demandas e reivindicações de melhorias das condições de trabalho.

Pressionar os sindicatos para que assumam esta luta

A pressão da base está obrigando muitos sindicatos a levantarem a bandeira do Fim da Escala 6×1 e Redução da Jornada. Porém, a grande maioria dos dirigentes sindicais não está mobilizando de fato suas categorias para a luta. Vejamos dois exemplos na região de Taboão da Serra-SP.

O Sintratel (Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo e Grande São Paulo, filiado à CUT), representa uma categoria massacrada pela escala 6×1, e nada faz de concreto para a luta. Na Sercom, grande empresa de telemarketing em Taboão, base deste sindicato, eles nem sequer aparecem para defender esta bandeira junto às/aos trabalhadoras/es.

Outro exemplo de imobilismo são os sindicatos de metalúrgicos filiados à CUT e à Força Sindical, que tem na sua base milhares de operários que trabalham na escala 6×1. Na Cinpal, uma das maiores fábricas de autopeças da América Latina, localizada também em Taboão da Serra, os operários tem que trabalhar 2 sábados por mês para completar a jornada de 44 horas semanais, alternando 1 semana na escala 5×2 e outra na 6×1. A redução da jornada para 36 horas semanais acabaria com o trabalho aos sábados e reduziria a jornada diária. Mas, o sindicato local não está empenhado nesta luta.

É preciso que as trabalhadoras e trabalhadores pressionem estes dirigentes sindicais para que cumpram com sua obrigação de representantes legais das categorias. Que organizem e mobilizem suas bases para lutar contra a exploração patronal.

Plebiscito Popular

Para tentar sair do imobilismo, a Frente Brasil Popular (liderada pelo PT) e a Frente Povo Sem Medo (liderada pelo PSOL) estão organizando um Plebiscito Popular em torno às bandeiras da redução de jornada de trabalho sem a redução de salário, o fim da escala 6×1 e a justiça tributária, com a isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e aumento da cobrança para quem ganha acima de 50 mil. Esta iniciativa é apoiada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central de Trabalhadores do Brasil), sindicatos e movimentos.

Esta iniciativa é válida se servir para ir até os locais de trabalho conscientizar e mobilizar a classe trabalhadora para a luta. Não adianta só votar em um plebiscito. É preciso paralisar a economia para mostrar a força e a unidade da classe trabalhadora.

Chamado ao VAT

O Movimento VAT (Vida Além do Trabalho) tem cumprido um papel de linha de frente na luta pelo Fim da Escala 6×1 e pela Redução da Jornada. A unanimidade e a unidade em torno a esta pauta nos atos do 1º de Maio é uma vitória política VAT, que fez um chamado a fazer manifestações e paralisações neste dia, impulsionando a conscientização e a mobilização em muitos locais de trabalho.

O chamado do VAT a “Parar O Brasil” no 1º e 2 de Maio foi importante, mas não aconteceu. Os atos de 1M foram um passo à frente, mas ainda é preciso seguir conscientizando, organizando e mobilizando nos call centers, comércio, fábricas, escolas para Parar o Brasil contra as jornadas escravocratas.

Chamamos o VAT a seguir mobilizando as trabalhadoras e trabalhadores nos locais de trabalho, único caminho para avançar na luta pelo Fim da Escala 6×1, pela Jornada de 36h e melhores salários, direitos e condições de trabalho.

As manifestações do 1º de Maio, Dia Internacional da Luta da Classe Trabalhadora, foram marcadas pelas bandeiras do Fim da Escala 6×1 e Redução da Jornada de Trabalho, sem redução salarial, mo…

  | Sobre as expulsões no VAT. Um chamado à reflexão aos ativistas do movimentoBreve cronologia dos fatosDesde o seu sur...
29/06/2025

| Sobre as expulsões no VAT. Um chamado à reflexão aos ativistas do movimento

Breve cronologia dos fatos

Desde o seu surgimento, no final de 2023, o Movimento VAT tem sido uma expressão importante na luta contra a escala 6x1 e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Criado por Rick Azevedo, um jovem trabalhador negro, o movimento rapidamente se espalhou nas redes sociais e se tornou uma alternativa para muitas/os trabalhadoras/es precarizados, especialmente as/os jovens, que estavam distantes das estruturas organizadas tradicionais, como os sindicatos e partidos políticos.

O VAT, através das redes sociais, organizou centenas de trabalhadoras/es em todo o país. E se tornou um polo de unidade aberto a várias organizações e ativistas socialistas que se somaram à luta pelo fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho, a exemplo da OCI (Organização Comunista Internacionalista e do GOI), da CSP-Conlutas e ativistas independentes.

Em setembro de 2024, Rick Azevedo e a Coordenação Nacional do VAT decidiram expulsar do movimento as organizações socialistas e centenas de membros que propunham uma maior democracia no interior do VAT e a organização de comitês de base do movimento. Contra estas propostas, Rick Azevedo acionou a Justiça contra a OCI, acusando-a de “uso indevido do nome, marca e identidade do movimento VAT, bem como na tentativa de apropriação indevida de sua liderança e propósito”, e decidiu patentear a sigla VAT no INPI (Instituto Nacional de Patentes Industriais) como sua propriedade particular.

Em resposta, cerca de 200 membros expulsos escreveram uma Carta aberta à Coordenação Nacional do VAT, onde se lê: “Alguns de nós apenas criticaram a falta de um debate interno a respeito da candidatura do Rick, a falta de clareza quanto ao que defendemos no lugar da escala 6×1 e sugeriram que houvesse uma maior democracia interna, criando estruturas democráticas para a escolha de coordenadores nacionais e representantes estaduais (algo básico para qualquer movimento de trabalhadores). Muitos foram excluídos dos grupos apenas por questionar a exclusão de outros membros e outros se solidarizaram com a situação. O fato é que fomos excluídos por pensar diferente e expormos nossas críticas abertamente. Além disso, entendemos como problemática a tentativa de patentear o movimento, que cresceu e já há muito não tem na figura do Rick a sua única representação. Precisamos entender que essa luta é coletiva, é a luta orgânica de todos os trabalhadores, não apenas de uma única pessoa, centrada exclusivamente na figura do Rick.”

Após as expulsões, Rick e a coordenação nacional do VAT imprimem uma política de aproximação do movimento com o PSOL, através de duas medidas principais: a candidatura de Rick a vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro, e a parceria com a deputada federal Érika Hilton na apresentação de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) propondo o fim da escala 6x1, a redução da jornada para 36 horas e a implantação da escala 4x3. Neste momento, a Petição Online do VAT em defesa do fim da escala 6x1 já atingia quase 3 milhões de assinaturas.

Nas eleições municipais de outubro de 2024, Rick foi eleito vereador com 29.364 votos, com uma campanha feita nos locais de trabalho, centrada na defesa do fim da escala 6x1. Em 25 de fevereiro de 2025, a PEC de Érika Hilton foi protocolada na Câmara Federal com a assinatura de 234 deputados/as.

Na preparação do 1º de Maio deste ano, o VAT fez um chamado à classe trabalhadora para fazer manifestações e paralisações no dia 1 e 2 de maio, como meio para fazer avançar a PEC no Congresso. A quase totalidade dos atos de 1M no país adotou o Fim da escala 6x1 como principal bandeira.

Após o 1M, Rick e a cúpula do VAT promovem uma nova rodada de expulsões, agora atingindo Priscila, membro da Coordenação Nacional e uma das principais lideranças do movimento, acusada de incompatibilidade com os princípios do movimento. Em solidariedade a Priscila, a maioria dos membros da coordenação do VAT de São Paulo se retirou da coordenação do movimento.

Chamado à reflexão dos ativistas do VAT:

Como lidar com as diferenças políticas no interior do movimento?

A diversidade de opiniões e estratégias é natural em qualquer movimento, mas é importante refletir sobre como as divergências foram tratadas até agora dentro do VAT. As expulsões de setembro de 2024 e de maio de 2025 mostram que o método das expulsões para resolver diferenças políticas está se tornando recorrente no VAT. Este método é característico da burocracia sindical e dos partidos comunistas estalinistas, que não toleram nenhum tipo de questionamento às decisões da cúpula e dos “grandes líderes”.

Contra este método burocrático, a democracia proletária busca garantir a pluralidade de vozes dentro dos movimentos da classe trabalhadora, para que as propostas sejam apresentadas e votadas livremente, as minorias sejam respeitadas e ouvidas e as decisões da maioria sejam aplicadas por todos.

Como construir a unidade para a luta?

Antes das expulsões, o VAT estava se construindo como um movimento de frente única, um espaço de unidade para onde confluíam as trabalhadoras/es, ativistas e organizações sindicais (ex: CSP-Conlutas) e políticas (ex: OCI) que estão na luta pelo fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho. Com as expulsões, o VAT vai deixando de ser este espaço de unidade para a organização da luta.

O VAT se fortaleceu ou enfraqueceu com as expulsões?

O método de expulsar quem tem diferenças políticas está enfraquecendo o VAT como organização para a luta pelo fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho. A expulsão de dezenas de lideranças que estiveram construindo o VAT desde o começo é uma perda significativa para o movimento. A centralização das decisões e a falta de diálogo prejudicam a construção coletiva, que é essencial para qualquer luta.

Para onde vai o VAT?

Apesar de estar sendo enfraquecido pelos métodos equivocados de sua direção, o VAT segue reunindo centenas de ativistas de luta por todo o país e sendo a principal referência de conscientização e luta para grande parte da classe trabalhadora explorada na escala 6x1.

Chamamos as/os ativistas organizados no VAT a refletirem sobre as questões aqui abordadas, a nosso ver muito importantes para o futuro do VAT e a continuidade da nossa luta.

O GOI-Palavra Operária segue chamando a unidade do VAT e de todas as organizações e ativistas que lutam pelo Fim da Escala 6x1, pela Redução da Jornada para 36h e demais reivindicações da classe trabalhadora. Esta unidade é decisiva para mobilizar a classe trabalhadora e para pressionar as direções dos sindicatos e centrais sindicais para sair do imobilismo e da conciliação com os patrões e mobilizar suas bases para a luta de classes.

Breve cronologia dos fatos Desde o seu surgimento, no final de 2023, o Movimento VAT tem sido uma expressão importante na luta contra a escala 6×1 e em defesa dos direitos dos trabalhadores. C…

  | Trabalhadores querem melhores salários e fim da escala 6x1. Mas, patrões propõem congelar o salário mínimo por 6 ano...
29/06/2025

| Trabalhadores querem melhores salários e fim da escala 6x1. Mas, patrões propõem congelar o salário mínimo por 6 anos.

Enquanto a classe trabalhadora quer reduzir a jornada de trabalho e aumentar salários e direitos, o banqueiro Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central nos governos de FHC) propõe que o governo congele o Salário Mínimo por 6 anos!! Propõe também que as aposentadorias, pensões e benefícios sociais (tipo Seguro Desemprego, Auxílio-Doença, LOAS etc.) não sejam mais reajustados pelo Salário Mínimo, o que levaria a que fossem perdendo muito o seu valor diante da inflação. A proposta de Fraga recebeu amplo apoio da burguesia.

Isto mostra como os interesses das/os trabalhadoras/es e dos patrões são opostos, que nem água e óleo. Por isso, é uma ilusão acreditar que com conversas amigáveis com os empresários e os políticos patronais será possível conquistar melhorias para a classe trabalhadora. Nossas reivindicações, como o Fim da Escala 6x1 e a Redução da Jornada para 36h, só serão arrancadas da patronal com muita luta de classes.

Deputados querem engavetar a PEC da Redução da Jornada

A maioria dos deputados do Congresso Nacional quer engavetar a Proposta de Emenda Constitucional - PEC 8/25 que estabelece o Fim da Escala 6x1, a Escala 4x3 e a Redução da Jornada para 36 horas semanais, proposta pela deputada federal Érika Hilton (PSOL), com apoio do vereador do Rio de Janeiro, Rick Azevedo (PSOL), do VAT. Como fiéis representantes dos empresários, a maioria dos deputados não quer aprovar melhorias para a classe trabalhadora. Não devemos confiar nem um pouco nestes políticos patronais e corruptos. Desta corja só podemos esperar mais ataques aos nossos salários e direitos.

Lula fala, mas não faz nada

O presidente Lula, que até agora se mantinha calado a respeito da redução da jornada, fez um pronunciamento nacional no dia 1º de Maio defendendo o fim da escala 6x1. Demorô!! Mas, Lula, como sempre, ficou apenas nas palavras, sem nenhuma medida concreta do governo para reduzir a jornada de trabalho. Da mesma forma que não tomou nenhuma medida para anular as reformas de Temer e Bolsonaro que acabaram com as leis trabalhistas, dificultaram a aposentadoria e liberaram totalmente a terceirização e a precarização.

No final do ano passado, Lula baixou um Pacote Anti Povo que reduziu os reajustes do Salário Mínimo para no máximo 2,5% acima da inflação anual, e estabeleceu que o Abono Salarial só será pago para quem ganha até R$ 2.640,00 (antes era pago para quem ganhava até 2 salários mínimos, ou seja, R$ 3.036,00). Com o Arcabouço Fiscal, o governo federal corta investimentos públicos na Saúde, Assistência Social, Moradia Popular, Educação etc. Mas, os patrões querem mais cortes em nossos direitos e salários: agora tem até banqueiro propondo congelar o Salário Mínimo por 6 anos!!

Enquanto estiver aliado aos patrões e seus partidos, Lula será incapaz de governar em benefício do povo trabalhador. Por isso, seu pronunciamento pelo fim da escala 6x1 não passou de palavras ao vento.

Enquanto a classe trabalhadora quer reduzir a jornada de trabalho e aumentar salários e direitos, o banqueiro Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central nos governos de FHC) propõe que o governo…

  | TODO APOIO AO POVO DO IRÃ CONTRA OS ATAQUES DE ISRAEL E ESTADOS UNIDOSNota do GOI-Palavra Operária (25/6/2025)Após u...
25/06/2025

| TODO APOIO AO POVO DO IRÃ CONTRA OS ATAQUES DE ISRAEL E ESTADOS UNIDOS

Nota do GOI-Palavra Operária (25/6/2025)

Após uma guerra de extermínio que destruiu a Faixa de Gaza e assassinou mais de 56 mil palestinos (a maioria crianças e mulheres), o Estado genocida de Israel volta agora suas armas contra o Irã. A guerra contra o povo palestino, árabe e muçulmano, promovida pelo governo de ultradireita de Binyamin Netanyahu, é apoiada pelos Estados Unidos, que agora se une abertamente a Israel nos bombardeios ao Irã, que já mataram mais de 600 pessoas até o “cessar fogo” vigente neste momento.

Esta aliança contra os povos do Oriente Médio tem dois objetivos estratégicos. O mais visível é manter a dominação imperialista econômica, militar e política sobre estes países, para seguir se apropriando de suas riquezas naturais, sobretudo o petróleo, avançando na ocupação militar do território, que já conta com milhares de soldados estadunidenses em 19 bases militares na região, além da ostensiva presença de embarcações de guerra no Golfo Pérsico. O objetivo “oculto” é tentar impedir a revolta do povo explorado e oprimido contra a dominação imperialista e seu gendarme sionista. O ódio ao imperialismo e ao sionismo é um dos principais combustíveis que alimentam a revolta dos povos do Oriente Médio e Norte da África. Com o Holocausto em Gaza, e agora as bombas sobre o Irã, Estados Unidos e Israel querem dar um alerta e ameaça a todos os povos que ousem se levantar contra o domínio imperialista.

Época de guerras e revoluções

A entrada dos Estados Unidos diretamente na guerra contra o Irã expressa as tendências mais profundas da nova etapa de degeneração do imperialismo, em que a lei do mais forte volta a ser, sem máscaras diplomáticas, a regra das relações entre as nações, e a produção armamentista (em estreita parceria com as “big techs”) passa a ser o motor da economia capitalista em crise.

Desde a vergonhosa retirada das tropas estadunidenses durante a queda de Cabul, capital do Afeganistão, em agosto de 2021, tomada pela milicia Talibã, o “ímpeto guerreiro” dos Estados Unidos encontrava-se mais uma vez abalado pela “síndrome do Vietnã”. O próprio Donald Trump, em seu ideário MAGA (Make America Great Again), preconizava que os Estados Unidos não deveriam se envolver em “guerras estúpidas”. Contudo, é impossível fugir de sua própria natureza: o imperialismo carrega em sua essência a tendência irrefreável de conquistar territórios e mercados, e de esmagar, através da força das armas, qualquer resistência aos seus interesses.

A aliança genocida entre o imperialismo ianque e o sionismo israelense contra o Povo Palestino e o Povo Iraniano mostra, de uma vez por todas, que o Estado de Israel não passa de um enclave militar artificial a serviço dos Estados Unidos e demais potências imperialistas. Desde que foi criado, em 1948, sob o beneplácito da ONU e da antiga União Soviética estalinista, Israel tem gravado em seu DNA o racismo, a xenofobia e a violência. Há 77 anos, a Nakba (Catástrofe) deu início à expulsão do povo palestino de suas terras e lares, e desde então, Israel promove a expansão de seu território por meio de guerras de limpeza étnica, impondo a submissão colonial do povo árabe dentro e fora de suas fronteiras.

Essa natureza ra***ta, genocida e colonialista do Estado sionista é também incompatível com a existência de liberdades e de um regime político democrático burguês dentro das fronteiras de Israel. A atual coligação de governo, encabeçada por Netanyahu, trouxe para o poder lideranças sionistas abertamente fascistas como Bezalel Smotrich, do Partido Sionista Religioso, e Itamar Ben Gvir, do Poder Judaico, que defendem a aniquilação do povo palestino para a criação do Grande Israel, com a retomada total da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, e a expansão sobre territórios de países vizinhos. O avanço do bonapartismo e do fascismo em Israel vai mostrando cada vez mais a verdadeira essência ra***ta deste estado, e sua completa incompatibilidade com a vida e a liberdade dos povos no Oriente Médio.

Fuga para a frente

A guerra contra o Irã é também, do ponto de vista imediato, uma “fuga para a frente”, quer dizer, “criar a impressão de resolver um problema com solução arrojada, quando se está na verdade a fugir dele”.

Com esta tática, Netanyahu tentar sair do atoleiro em que se encontra na Faixa de Gaza. Apesar do Holocausto promovido pelas Forças Armadas de Israel, o povo palestino de Gaza não abandona suas terras, e a resistência, encabeçada pelo Hamas, não depõe suas armas.

A “solução final” de Trump e Netanyahu é a famigerada “Riviera do Oriente Médio”: a deportação em massa de cerca de 2 milhões de palestinos, limpeza étnica necessária para a ocupação da Faixa de Gaza por colonos sionistas. Este plano já está sendo colocado em prática através da retomada do massacre das famílias palestinas, que seguem vivendo em condições sub humanas na Faixa de Gaza. Israel segue usando a fome e a doença como arma de guerra, e o número de palestinas e palestinos famintos assassinados tentando buscar ajuda nos pontos de distribuição de alimentos controlados por Israel chegou a 516 pessoas.

A intensificação do genocídio está levando a um novo ascenso das manifestações em apoio ao Povo Palestino em todo o mundo, assim como fazendo crescer a pressão sobre os governos burgueses “democráticos” para que rompam relações e tomem medidas contra Israel. Avançar com o plano da deportação dos palestinos de Gaza ameaça incendiar as massas árabes e muçulmanas, até agora mantidas sob relativo controle, na Cisjordânia, pelos capatazes de Israel da Autoridade Palestina (Al Fatah de Abu Mazen), e nos países árabes e muçulmanos, pelos governos submissos aos Estados Unidos e a Israel.

Ao estender a guerra ao Irã, sob a justificativa de que este país ameaça Israel com bombas nucleares, Netanyahu busca “tirar o foco” do Holocausto em Gaza, logrando, momentaneamente, retomar o apoio majoritário dos judeus israelenses, que em cerca de 85% apoiam a guerra contra o Irã. Ao mesmo tempo, dá uma justificativa para reunificar os diferentes países imperialistas em torno à política de “defesa de Israel” e de “impedir que o Irã tenha bombas nucleares”, colocando os Estados Unidos de Trump diretamente na guerra contra o Irã, e dando um novo fôlego para a fracassada diplomacia da União Europeia e da Liga Árabe.

Ao atacar o enfraquecido Regime dos Aiatolás do Irã, Trump e Netanyahu tem como objetivo forçá-lo a desistir completamente de sua infraestrutura de enriquecimento de urânio, o que seria prontamente apresentado como uma vitória da política de “Primeiro, a força. Depois, a paz”, proclamada cinicamente por Netanyahu.

Política de alto risco

Porém, a tática de “fuga para a frente” de Netanyahu é uma política de altíssimo risco. Por certo, este risco não vem dos países da Liga Árabe, composto em sua quase totalidade por governos de burguesias submissas aos Estados Unidos e às potências europeias, que mantém relações comerciais e uma convivência pacífica com Israel, com os quais dividem o saque das riquezas naturais de seus países e a exploração da força de trabalho de seus povos. Estes governos, mesmo diante do Holocausto em Gaza, o máximo que fizeram foram declarações diplomáticas clamando a Israel e aos Estados Unidos por um “cessar fogo”. Nada farão em defesa do Irã, a não ser mais palavras ao vento.

Nem, tampouco, o risco virá do próprio governo iraniano. O Regime dos Aiatolás, encabeçado por Ali Khamenei, é produto da Revolução Iraniana, de 1979, uma revolução democrática e antimperialista que derrubou a monarquia do Xá Reza Pahlevi, aliado dos Estados Unidos. Colocando-se à cabeça desta revolução, os clérigos liderados pelo aiatolá Khomeini conseguiram desviá-la em direção à formação de uma república burguesa islâmica teocrática.

Fruto de sua origem, o Regime dos Aiatolás sustenta até hoje uma relativa independência em relação ao imperialismo “ocidental”, que responde com uma política de sanções econômicas e de pressão pelo fim do programa nuclear iraniano. A Revolução Iraniana deu um forte impulso às milícias fundamentalistas islâmicas em todo o Oriente Médio, e até hoje o Irã mantém laços políticos e militares com muitas delas, a exemplo da Jihad Islâmica (Palestina), do Hezbolahh (Líbano) e dos Houtis (Iêmen), relações com as quais busca manter a simpatia e o apoio das massas árabes e muçulmanas.

Nos últimos anos, eclodiram grandes manifestações de massas contra o regime iraniano. Em novembro de 2019, milhares de iranianos foram às ruas contra o aumento dos combustíveis, exigindo o fim da ditadura. Em setembro de 2022, o Irã foi tomado por protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini, assassinada pela “Polícia da Moralidade” do regime, após ser presa pelo “uso inadequado” do hijab (véu ou lenço usado por mulheres muçulmanas para cobrir a cabeça e o pescoço). As manifestações tinham à frente as mulheres que lutavam por liberdades democráticas e foram duramente reprimidas pelo regime. Segundo ativistas dos Direitos Humanos no Irã, ao menos 517 civis perderam a vida nas manifestações e milhares foram presos.

Passados 46 anos da Revolução Iraniana, a manutenção do sistema de exploração capitalista e a imposição de uma ditadura sobre seu próprio povo, leva a que o Regime dos Aiatolás careça de apoio das massas iranianas para opor uma verdadeira resistência aos ataques de Israel e dos Estados Unidos. O mais provável é sua capitulação, para buscar manter-se no poder.

O alto risco da política de guerra de Trump e Netanyahu vem das massas árabes e muçulmanas, cujo ódio ao imperialismo e ao sionismo só faz crescer, e já se levantam em grandes manifestações contra o Holocausto em Gaza e contra a guerra ao Irã. No próximo período, se tornarão cada vez mais conscientes da impotência dos governos burgueses ditatoriais e corruptos reunidos na Liga Árabe e de sua política criminosa de convivência comercial e diplomática com o Estado de Israel.

O fermento revolucionário advindo do ódio ao imperialismo e ao sionismo se transformará na luta de classes contra as burguesias reacionárias sócias do imperialismo e do sionismo, abrindo caminho a uma nova Primavera Árabe, a novas revoluções por liberdades democráticas e pela libertação nacional, que, em seu processo de Revolução Permanente, caminharão em direção à revolução socialista nacional e internacional. O mesmo processo levará também à eclosão de uma nova Intifada na Cisjordânia, que há de aniquilar a ditadura corrupta de Mahmoud Abbas, que cumpre hoje o papel de reprimir seu próprio povo, a serviço de Israel.

Em defesa do Povo Palestino e do Povo Iraniano

Neste momento, à defesa incondicional do Povo Palestino se soma a defesa do Povo Iraniano contra as guerras genocidas de Israel, dos Estados Unidos e demais potências imperialistas.

Ao ser atacado pelo imperialismo e pelo sionismo, impõe-se uma política de Unidade de Ação Antimperialista com o governo do Irã, em defesa do Povo Iraniano, sem nenhum apoio político ao apodrecido regime da ditadura dos aiatolás.

Ao mesmo tempo, no Brasil, é preciso pressionar, através de manifestações e ações diretas, para que Lula e o PT levem seu governo da Frente Ampla a romper todas as relações diplomáticas e comerciais com Israel.

Estas são as tarefas de conscientização e de mobilização da classe trabalhadora a serem tomadas pelos ativistas antimperialistas no Brasil e no mundo.

[Imagem: Atta Kenare/AFP]

Nota do GOI-Palavra Operária (25/6/2025) Após uma guerra de extermínio que destruiu a Faixa de Gaza e assassinou mais de 56 mil palestinos (a maioria crianças e mulheres), o Estado genocida de Isra…

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