26/09/2025
Repost >
A BR-262, antes conhecida como “Estrada da Morte”, ganhou um marco histórico: a implantação de estruturas que permitem a travessia segura de animais silvestres no trecho entre Aquidauana e Corumbá, em Mato Grosso do Sul.
As passagens de fauna são resultado de décadas de monitoramento, pesquisas e cooperação entre instituições públicas, privadas e organizações da sociedade civil. O projeto foi desenvolvido pela ViaFauna, em consultoria contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com apoio do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS). Desde 2013, o ICAS já monitora a rodovia por meio do Projeto Bandeiras e Rodovias, que registra os impactos da colisão de veículos com a fauna.
As colisões com animais de grande porte não representam apenas perdas ambientais, mas também riscos significativos à vida de motoristas e passageiros. Além disso, geram altos custos sociais e econômicos. Por isso, especialistas destacam que segurança viária também significa estradas planejadas para proteger a biodiversidade. Entre as soluções estão:
Passagens de fauna subterrâneas e aéreas,
Cercas direcionadoras que conduzem os animais,
Sinalização adequada,
Limites de velocidade em áreas críticas,
Corredores ecológicos que mantêm a conectividade entre habitats.
Essas medidas reduzem drasticamente acidentes, preservam a fauna do Pantanal e garantem maior segurança aos usuários da rodovia.
As primeiras imagens das estruturas foram registradas pelo cineasta Sandro Kakabadze, que prepara um documentário produzido pelo Documenta Pantanal sobre os impactos das colisões na BR-262.
A iniciativa é um marco para a conservação no Brasil e abre caminho para que outras rodovias também adotem soluções semelhantes, conciliando mobilidade, segurança e proteção da vida silvestre.
̂nsito ̧ão ̧aViária