12/06/2025
Quanto tempo leva pra que a gente compreenda o passado? Faz três dias que completei uma maratona pela segunda vez e ainda não consegui colocar no papel aquilo que senti. Sim, papel, eu gosto de escrever.
Correr longas distâncias nunca foi um sonho, correr por si só também não, mas a vida me trouxe a este caminho. Não sou a melhor corredora que conheço, nem a mais rápida, a mais fisicamente preparada tampouco. Mas sou a melhor que eu posso ser, que minha saúde permite, que meu psicológico sustenta e carrega (no último domingo, por 3h54min15seg, ao longo de 42,730km).
Pensei em muitas coisas no trajeto, mas também não pensei em nada. Eu caí correndo uma vez, em 2023, tentei não repetir. Olhava ao redor e via rostos conhecidos, pessoas chamando meu nome, amigos que me acompanharam (literalmente) por longos quilômetros e entendi, do primeiro ao último centímetro a percorrer, que desistir nunca foi uma opção.
A dor da maratona, pra mim, aconteceu no quilômetro 37, quando encontrei o muro e atravessei com toda gana que havia em mim e por mim, é verdade, mas com a certeza de que a glória de cruzar o pórtico não seria só minha.
Se eu fechar os olhos, ainda me emociono e sinto meu corpo arrepiar como na primeira foto. Com este sentimento, quero agradecer a cada pessoa, profissional e empresa que me acompanha, torce por mim e, de alguma forma, fez e faz parte deste processo, seja à distância, presencialmente ou on-line. Tudo faz diferença. Vocês fazem, há mais ou menos tempo, ser possível. Estou pronta para a próxima, .runners .joaocarbone .oficial 🤍