12/05/2025
Ser mãe dói.
Dói na alma, no corpo, no silêncio das noites mal dormidas.
Dói na culpa constante, no medo que aperta o peito,
na dúvida que grita: "estou fazendo certo?"
Ser mãe é amar tanto que chega a doer.
É se perder para se redescobrir em mil versões de si mesma.
É aprender a ser abrigo, mesmo quando está em ruínas por dentro.
Tem a mãe de primeira viagem, perdida entre fraldas, choro e palpites.
Tem a mãe atípica, que enfrenta o mundo com uma força que nem sabia que tinha.
Tem a mãe solo, a que concilia, a que falha, a que tenta de novo.
Tem a mãe que chora no leito de UTI, que reza baixinho,
que conta os minutos entre exames e esperanças,
e encontra fé no toque de uma mão minúscula.
E tem a mãe que perdeu — que carrega no peito o vazio mais profundo,
um amor que não teve tempo, um colo eternamente esperando.
Ela também é mãe, mesmo quando o mundo se esquece.
Todas com cicatrizes invisíveis, mas com o coração sempre em construção.
Ser mãe não é sobre dar conta de tudo —
é sobre continuar, mesmo quando parece impossível.
É sobre chorar no banho e sorrir no café da manhã.
É amar com medo, cansada, exausta…
E ainda assim, amar.
Essa é uma homenagem às mães reais.
Às que seguem, mesmo com o peso do mundo nos ombros.
Às que velam, oram, resistem.
Às que perderam, mas seguem amando além da vida.
Com afeto, com verdade, com respeito à dor e à beleza que coexistem na maternidade.
Que esse texto seja também uma oração silenciosa —
por todas as mães que vivem a maternidade de joelhos, em fé, dor e amor.