16/07/2021
Pronto para o futuro? Confira o que torna um smartphone 5G Ready.
Apesar da rede ainda não estar disponível no Brasil, o 5G já vem sendo explorado aqui. Enquanto as operadoras de telefonia habilitaram a rede DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, na sigla em inglês), que serve como uma “prévia” do 5G “de verdade”, as fabricantes já lançaram celulares “5G ready”, ou seja, celulares compatíveis com as frequências 5G e que oferecem mais capacidades do que parte dos aparelhos 4G convencionais.
A rigor, a tecnologia 5G só chega oficialmente ao Brasil depois do leilão das frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O 5G DSS habilita o 5G com capacidades das gerações anteriores, como o 4G LTE, mas no padrão 5G NR (New Radio).
A diferença, no entanto, é que a tecnologia não possui as frequências dedicadas que garantem uma velocidade superior. Ou seja: ela atinge velocidades altas de conexão, mas ainda não entrega todo o potencial do 5G. Segundo o edital do leilão aprovado pela Anatel, a tecnologia deverá funcionar em todas as capitais do país até julho de 2022, e deverá atingir todas as cidades brasileiras em 2029.
Atualmente, nós temos no Brasil algumas marcas que já possuem aparelhos compatíveis sendo comercializados. Dentre essas marcas está a Motorola, pioneira nesse movimento, que lançou aparelhos que já são compatíveis com as bandas que vêm sendo exploradas pelo 5G DSS, e que deverão ser utilizadas quando o leilão do 5G for aprovado e as redes começarem a operar.
Entre eles, existe o motorola edge e edge+, lançados em julho de 2020; o moto g 5G e moto g 5G plus, ambos lançados em outubro e em novembro; o Lenovo Legion Phone, celular gamer lançado por aqui em fevereiro deste ano; e o mais recente moto g100 5G, parte da reformulação da linha.
Isso significa que, além de serem modelos compatíveis com as redes 4G, os celulares também funcionam na atual rede provisória. Quando o 5G estiver disponível efetivamente, esses aparelhos estarão prontos para a nova conectividade. Isso implica em uma série de questões, já que os celulares passam a inaugurar uma nova era da conectividade móvel, com velocidades de download e navegação dezenas de vezes mais rápidas do que a rede atual, conectividade ampla e latência baixíssima.
Com cada vez mais fabricantes de chipsets e componentes eletrônicos apostando na tecnologia, a divisão de categorias acaba se expandindo para variadas faixas do mercado. É como se, além dos celulares premium e com recursos mais avançados, as categorias de entrada e intermediária também passassem a ganhar mais modelos disponíveis. E, de fato, é o que tem acontecido na maioria das fabricantes de celulares Android.