27/12/2025
Mulher de 31 anos morre após usar caneta injetável irregular para emagrecimento
Jéssica Manuela, de 31 anos, morreu após utilizar por conta própria uma caneta injetável supostamente semelhante ao medicamento Mounjaro. Segundo informações preliminares, ela teria desmaiado e se engasgado com o próprio vômito. Há suspeita de que a caneta estivesse adulterada, podendo conter insulina ou outras substâncias não declaradas.
É importante destacar que as fabricantes de Ozempic e Mounjaro não comercializam matéria-prima para manipulação. Por isso, versões “manipuladas” que circulam no país não têm composição comprovada e podem representar sérios riscos à saúde. Entidades médicas já solicitaram à Anvisa a suspensão dessas canetas, e recentemente a Polícia Federal apreendeu diversos produtos falsificados durante uma operação.
Os estudos científicos (STEP-1 e STEP-4) indicam que, após interromper o uso desses medicamentos, cerca de 68% do peso perdido tende a retornar. Isso não é necessariamente negativo, mas mostra que, para manter o resultado, muitas pessoas podem precisar de tratamento contínuo. Outro ponto preocupante: até 40% do peso eliminado pode ser massa magra — ou seja, músculos — principalmente em pessoas que não praticam exercícios ou não se alimentam adequadamente.
Esse cenário explica, em parte, casos de celebridades que aparecem com mudanças físicas drásticas em pouco tempo: apetite reduzido, menos vontade de comer, mas também possível queda de energia e perda muscular. A situação é ainda mais grave quando médicos aplicam as injeções de forma ilegal dentro das próprias clínicas para aumentar lucro.
Como minimizar a perda muscular durante o emagrecimento:
Praticar musculação pelo menos 2 vezes por semana — principal fator de preservação de massa magra.
Consumir proteína diariamente acima de 1,2 g/kg (ou acima de 1,6 g/kg em pessoas com pouco peso).
Evitar dietas extremamente restritivas por longos períodos.
Reduzir ou evitar álcool, que intensifica a perda de músculo.
Ter acompanhamento profissional qualificado para ajustar doses, treinos e alimentação.
Os medicamentos para obesidade representam um avanço importante na medicina. Porém, o uso sem orientação, a compra de versões irregulares e a automedicação podem transformar uma ferramenta de saúde em um grande risco.