14/11/2025
O SEGREDO QUE ABALOU A MANSÃO LAURIA
O segredo que abalou a mansão Lauria: uma menina de 6 anos bateu à minha porta em Sevilha e revelou a traição oculta do meu pai. O gesto da minha mãe mudou tudo!
Meu nome é Marisol Lauria, embora todos em casa me chamem de Mari . Aos 25 anos, eu já estava acostumada à tranquilidade previsível da minha vida em Sevilha, especialmente na antiga casa de dois andares que minha avó me legou. Agora mesmo, um retrato dela, com aquele sorriso de aprovação, parecia me observar da mesa da sala de estar. Era o meu refúgio, um lugar repleto de histórias de família.
Eu dividia a casa com meu pai, Tomás Lauria , quando ele não estava em suas intermináveis viagens de negócios. Na semana passada, eu me acomodei na minha poltrona favorita, com meu livro e uma xícara de chá, pronta para mais duas semanas de solidão. Lá fora, a chuva caía implacavelmente sobre a cidade andaluza, criando uma sinfonia perfeita para a contemplação silenciosa.
A campainha tocou, interrompendo abruptamente minha leitura. Passava das sete da noite e, com aquele aguaceiro, eu não esperava ninguém. Quem poderia ser? A curiosidade, e uma vaga sensação, me fizeram largar o livro.
Ao abrir a pesada porta de carvalho, meu coração disparou. Lá estava ela, encharcada até os ossos, tremendo de frio. Não devia ter mais de seis anos. Seus cabelos loiros e molhados grudavam em seu rosto pálido. Ela me olhou com enormes olhos azuis, sérios e expressivos.
“Posso te ajudar, querida?”, perguntei, confusa.
Ela não hesitou. Sua voz pequena, firme apesar do tremor, pronunciou a frase que fez meus pulmões gelarem: “Meu pai mora nesta casa.”
Pisquei várias vezes, tentando processar o que acabara de ouvir. O único outro homem que morava lá era Tomás, meu pai. Um empresário íntegro, um pilar de força, o homem que me criou. Ele não tinha outra filha. Eu era sua única filha.
“Acho que você está enganada, querida. O único homem aqui é meu pai, e ele só tem uma filha: eu.”
“Mas minha mãe disse que meu pai mora aqui”, insistiu a menina.
Uma pontada de irritação me atingiu. Devia ser uma piada de mau gosto, uma brincadeira infantil. “Olha, eu não sei quem te mandou, mas isso não tem graça nenhuma. Meu pai está viajando. Você devia ir para casa.”
A menina não se mexeu. “Meu nome é Lili”, disse ela, como se esse nome simples explicasse o universo.
Olhei em volta. A rua, sob a torrente, estava deserta. “Lili, isso não é divertido. Está chovendo. Onde estão seus pais?”
“Minha mãe está doente e meu pai mora aqui”, ela repetiu com uma teimosia que me desarmou.
Minha paciência se esgotou. Eu estava cansada, o capacho estava encharcado. “Escute. Meu pai não tem outra filha! Agora, por favor, vá embora.”
Fechei a porta. O som da fechadura foi um eco da minha própria negação. Mas, através da madeira, ouvi seus passos se afastando lentamente.
O SEGREDO QUE ABALOU A MANSÃO LAURIA PARTE FINAL.....
Voltei para a sala, mas a sensação de desconforto me acompanhou como uma sombra. Tentei retomar meu livro, mas as palavras pareciam embaralhadas. Algo naqueles olhos azuis — tão familiares de alguma forma — me perseguia.
Não consegui ler mais do que duas linhas.
Levantei-me de um salto.
E se ela estivesse com frio? E se realmente estivesse perdida?
Abri a porta outra vez.
A rua estava vazia. A chuva mais forte.
“Lili?”, chamei, mas o nome se perdeu no ar úmido.
Desci os dois degraus da entrada e olhei para os lados. Nada. Nenhum sinal da menina. Apenas a poça formada pelo peso da chuva.
Um nó apertou minha garganta.
Voltei para dentro, fechei a porta com cuidado e fiquei imóvel no hall, com a mão ainda na maçaneta. Inquieta. Culpa e incredulidade se misturavam num turbilhão confuso.
Foi quando ouvi a voz da minha mãe.
— Marisol? Que cara é essa?
Ela apareceu na escada, enrolada no seu robe de seda azul. Minha mãe — Helena Andrade — estava morando temporariamente comigo enquanto reformavam o apartamento dela. Uma presença encantadora, elegante… e sempre, sempre muito atenta.
— Mãe… — minha voz saiu trêmula — Uma menina esteve aqui. Disse que o pai dela mora nesta casa.
O rosto da minha mãe empalideceu em segundos. O robe escorregou levemente do ombro, mas ela não o ajeitou. Ela apenas… congelou.
— Quantos anos? — perguntou com um fio de voz.
— Seis, talvez. Loira, olhos azuis…
Antes que eu terminasse, minha mãe levou a mão à boca, como se tentasse impedir um soluço.
— Mãe? Você a conhece?
Ela se virou de costas para mim, respirando fundo. A mão tremia. Tremia muito.
— Helena?, insisti, sentindo uma pontada de medo.
Quando minha mãe finalmente se virou, seus olhos estavam marejados.
E foi então que ela disse aquilo que eu jamais poderia imaginar ouvir:
— Mari… essa menina pode ser sua irmã.
O mundo ao meu redor pareceu escorregar, como água descendo pelo parapeito da janela.
— O quê? — sussurrei, a voz presa.
Minha mãe fechou os olhos por um instante, como se buscasse coragem dentro de si. Quando abriu, havia neles um peso antigo… e a decisão de finalmente revelar o que guardara por anos.
— Eu tentei te proteger — ela murmurou — mas a verdade é que… seu pai teve um caso. E essa criança… pode ser o resultado dele.
Fiquei imóvel. Atordoada. Cada palavra parecia uma agulha perfurando minha compreensão.
— Mas… por que ela veio aqui? — perguntei, buscando desesperadamente alguma lógica.
Minha mãe respirou fundo, enxugou as lágrimas com a ponta dos dedos e então confessou:
— Porque eu a trouxe para perto, Marisol. Fui eu quem contei à mãe dela onde vocês moravam.
Ela precisava de ajuda… e eu achei que estava fazendo a coisa certa.
Silêncio.
O tipo de silêncio que desaba sobre uma casa inteira, como um teto prestes a ruir.
Olhei para minha mãe. Olhei para a porta ainda molhada pela chuva.
E compreendi que nada, absolutamente nada na minha família Lauria, era o que parecia.
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