08/07/2024
Elias Herckmans e a Parahyba do Século XVII
(Orelhas do livro Elias Herckmans: Descrição Geral da Capitania da Paraíba, 6ª. edição, organizado por Carlos Alberto Azevedo e Edvaldo da Cunha Lira, à venda na Livraria do Luiz)
Escrever as orelhas de um livro é escutar as entrelinhas das narrativas nele presente, é dar ouvidos aos que se dedicam às pesquisas dos grandes desbravadores das letras que, antes de tudo, precisa guardar a história desde os hieróglifos, pinturas rupestres até os pergaminhos que mudaram a história da humanidade.
É por isso que a história de um povo deve ser sempre referendada nas páginas do livro, por isso os autores são chamados de imortais, pois suas marcas ao longo da vida jamais serão apagadas.
E aqui não foi diferente. Dos indígenas aos dias de hoje, o Brasil foi desbravado por navegadores do além-mar. Mas sempre se mostra o protagonista, nunca os coadjuvantes das grandes tramas que por aqui assolaram. Estudamos Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Maurício de Nassau, que aprendemos como holandês mas, na verdade, era alemão. Sabemos que os holandeses deixaram sua marca. E um desses foi o Elias Herckmans. Sua passagem não foi em vão e merece bons estudos, boas pesquisas envolvendo a Capitania da Paraíba. Tanto é que, em algumas publicações, excelentes historiadores fizeram sua parte em colocar Elias nos enredos. Aqui, Wellington Aguiar e Luiz Bronzeado, em 1982, fizeram a sua parte, trouxeram os bons feitos deste humanista, além de Manuel Batista de Medeiros, Unipê, em 2003.
Agora, Carlos Alberto Azevedo e Edvaldo da Cunha Lira publicam nova vertente, com novos fatos, novas características de Elias Herckmans, esse cronista que delineou alguns rios, mostrando a fauna e a flora de uma Parahyba ainda desconhecida, além da cultura da época.
Por isso, aproveitem, naveguem, garimpem toda a maturidade com que esses historiadores traçam as linhas desse novo livro.
Magno Nicolau
Editor