03/08/2025
O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, o nível mais alto desde 2006, após sete aumentos consecutivos. Essa decisão reflete um cenário de inflação acima da meta oficial (5,35% nos últimos 12 meses contra o teto de 4,5%) e incertezas internacionais, como a implementação de tarifas pelos EUA contra o Brasil. O mercado esperava essa estabilidade, reforçada por pesquisas entre os seguidores do canal, e a previsão é que a Selic permaneça nesse patamar pelo menos até o final do ano.
Do ponto de vista dos investimentos, o Tesouro Selic está rendendo por volta de 15% ao ano, com títulos prefixados pagando cerca de 13,50% a 13,89% e o Tesouro IPCA+ oferecendo taxas fixas entre 6,90% e 7,86% mais a inflação. Isso proporciona um ganho real próximo de 10% ao ano (diferença entre Selic e inflação), um dos maiores do mundo atualmente, superando até países como Rússia e México.
Contudo, o vídeo enfatiza que esse cenário beneficia quem consegue poupar e investir, especialmente na renda fixa, mas é prejudicial para quem depende de crédito ou financiamentos, pois o custo das dívidas brasileiras é altíssimo. Muitos consumidores enfrentam um ciclo de empobrecimento ao recorrer a financiamentos com juros elevados, enquanto investidores assíduos vivem uma “janela de oportunidade” para enriquecer com a renda fixa.
O recado final é de cautela: aproveitar os altos rendimentos para investir, evitar contrair novas dívidas, e manter-se atento ao perfil de investidor, já que a renda variável tende a oscilar negativamente nesse contexto. O Tesouro Direto continua sendo indicado como uma opção segura, estável e melhor do que a poupança para o cenário atual.