21/09/2025
🚨 Vi0lênci@ é Educação?
Reflexão Urgente Sobre o Caso em Tijucas
Um caso recente em Tijucas ganhou repercussão nacional: um adolescente de 15 anos foi agredido pelo próprio pai com uma mangueira após ser flagrado furtando. A situação reacende um debate necessário sobre os limites da disciplina, o papel da família e, sobretudo, os perigos da violência como forma de “educar”.
Educar com violência não é educar. Castigos físicos não corrigem comportamentos, apenas geram dor, trauma e afastamento entre pais e filhos. O que deveria ser um momento de orientação se transforma em uma experiência marcada pelo medo e pela mágoa.
Especialistas em psicologia infantil e adolescente são unânimes em afirmar que agressões físicas podem causar danos emocionais duradouros. Jovens expostos a esse tipo de violência desenvolvem mais facilmente ansiedade, depressão e dificuldade em construir relacionamentos saudáveis.
A agressão, muitas vezes, é fruto do desespero e da falta de preparo dos pais diante de situações desafiadoras. No entanto, é preciso compreender que existem métodos eficazes de disciplina que não envolvem violência, mas sim diálogo, firmeza e respeito mútuo.
O caso também chama atenção para a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação familiar. Pais e responsáveis precisam de apoio, orientação e ferramentas para lidar com conflitos sem recorrer à violência, que apenas perpetua ciclos destrutivos.
É importante lembrar que o ato de furtar cometido por adolescentes pode estar ligado a inúmeros fatores: falta de orientação, influência externa, busca por atenção ou até dificuldades emocionais. Punir com violência não resolve a raiz do problema, apenas o mascara temporariamente.
A lei brasileira é clara: castigos físicos contra crianças e adolescentes são proibidos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante proteção integral e defende que toda forma de violência deve ser combatida. Isso significa que episódios como esse precisam ser tratados com seriedade.
Em vez de agressão, o caminho é o diálogo. Conversar sobre as consequências dos atos, mostrar responsabilidade e, se necessário, buscar ajuda psicológica ou apoio em programas sociais. A educação de um jovem exige paciência e firmeza, mas nunca violência.
A sociedade também tem um papel importante nesse debate. É preciso romper com a cultura do “bater para ensinar”, que ainda persiste em muitos lares. Educar com amor, disciplina consciente e limites claros é a forma mais eficaz de formar cidadãos responsáveis.
O caso de Tijucas não deve ser visto apenas como uma notícia policial, mas como um chamado à reflexão. Precisamos construir famílias mais fortes, onde o respeito seja a base, e não o medo. Só assim será possível quebrar o ciclo de violência e oferecer aos jovens um futuro de esperança e dignidade.