23/05/2025
🚨 | CASO CARLOS DA SILVA COELHO
Carlos da Silva Coelho, de 28 anos, morador do distrito de Pedras, zona rural de Barreirinha, faleceu em Manaus após ser brutalmente agredido por policiais militares. Segundo os médicos, 90% de seu cérebro foi tomado por hemorragia, restando apenas atividade cardíaca. Diante do quadro irreversível, os aparelhos foram desligados.
Carlos deixa uma esposa grávida de dois meses. A comunidade está revoltada e clama por justiça.
Resumo dos Fatos (versão da família)
Na noite de domingo, 18 de maio de 2025, por volta das 21h30, ocorreu uma briga entre jovens em um bar próximo à Igreja de São João Batista, no distrito de Pedras. A polícia local, que segundo testemunhas estavam consumindo bebidas alcoólicas em outro bar, não atendeu prontamente ao chamado.
Durante a confusão, um dos envolvidos correu para casa, e os outros tentaram invadir o local. Carlos, que passava pela rua e não tinha relação com o conflito, tentou intervir para impedir a invasão. Nesse momento, os policiais Marcos Serafim dos Santos, E. Borges, Rosenilson de Sales Nascimento e Marcelo Samuel dos Santos chegaram ao local alterados e alcoolizados, segundo relatos.
Carlos ao alertar os policiais sobre a condição deles, foi agredido violentamente com duas pancadas na cabeça, desferidas com um cassetete. Ele caiu inconsciente e sangrando. Pessoas que tentaram socorrê-lo foram impedidas pelos próprios policiais que atiravam para ninguém se aproximar.
Após alguns minutos Carlos foi levado por familiares à UBS local e, posteriormente, transferido para o hospital de Barreirinha. De lá, foi encaminhado ao Hospital Jofre Cohen, em Parintins, onde ficou em estado gravíssimo na UTI. Posteriormente, foi transferido para Manaus, mas não resistiu.
No dia seguinte, 19 de maio, diante da comoção e revolta popular, o comandante da PM de Barreirinha, tenente Gildo Asis, foi ao distrito e retirou os policiais envolvidos, que saíram fardados, sem qualquer detenção.
A família de Carlos exige prisão dos policiais envolvidos.
Em nota, a Polícia Militar informou que afastou os agentes envolvidos na operação Barreirinha e que um inquérito foi instaurado para apurar os fatos, sendo que a investigação será aprofundada.