04/10/2025
A Praça que Deixou de Ser de Todos
Pirassununga vive um cenário que muitos fingem não ver. As praças centrais, que antes eram espaços de encontro, lazer e convivência, estão sendo dominadas por moradores de rua em condições degradantes.
Não se trata de falta de empatia — trata-se de responsabilidade. Quando uma cidade permite que seres humanos vivam em praças, sem higiene, sem segurança e sem dignidade, o problema não é apenas social: é de gestão pública.
Enquanto uns usam o discurso da “defesa dos vulneráveis” para justificar o abandono, o fato é que ninguém está sendo ajudado. A população perde o direito de usufruir do espaço público, o comércio sofre, a segurança se deteriora — e os próprios moradores de rua continuam presos num ciclo de miséria, vício e invisibilidade.
Precisamos de políticas sérias, não de discursos bonitos.
De ações de acolhimento, tratamento, moradia e reinserção social, não de improvisos ou tapetes escondendo a sujeira.
Ser solidário não é fechar os olhos para o caos, é ter coragem de enfrentá-lo com humanidade e responsabilidade.
Pirassununga precisa de um plano real para devolver dignidade às pessoas e segurança à cidade. A praça deve voltar a ser de todos — e não o retrato do descaso de alguns.
“A verdadeira compaixão não é apenas dar uma moeda, mas construir um mundo onde ninguém precise pedi-la.” — Martin Luther King Jr.