23/10/2024
Podemos dividir esse pensamento em duas partes.
A primeira se refere à frase: “foi aí que desisti da análise da decisão”. Como assessor de marketing, não concordo totalmente com essa abordagem, pois acredito que indicadores são essenciais para guiar decisões. Analisar números permite entender comportamentos, testar hipóteses e ajustar estratégias de forma precisa. Ignorar isso é deixar de lado uma base sólida, fundamental para qualquer posicionamento.
Na segunda parte, Daniel comenta: “ninguém jamais tomou uma decisão baseada em números, é preciso história”. Ele destaca o poder do storytelling, e nesse ponto, concordo. Contar boas histórias é essencial para criar uma conexão emocional mais forte com o público.
— E como o storytelling ajuda na construção de uma marca?
Simples: com uma boa narrativa.
Ela começa com um conflito que desperta curiosidade e engajamento, mostrando os desafios a serem superados. A seguir, vem o aumento da tensão, que envolve emocionalmente o público na jornada.
O próximo passo é o ponto de virada ou transformação: quando a marca ou o protagonista supera um obstáculo, revelando uma nova perspectiva. Nesse momento, a narrativa se torna mais eficaz, alinhando a transformação a um propósito claro. É aí que o público percebe a essência da marca e os valores que ela representa.
Brand significa marca, e branding é o processo de manter essa identidade forte no mercado. Uma história bem contada não só gera uma conexão emocional, mas também ativa os valores que a marca compartilha com o público. Quando esses valores estão em sintonia, o público sente que pertence àquela marca.
O resultado? Engajamento mais profundo, memória afetiva duradoura e crescimento orgânico.
Como disse Mark Mazzarella, no livro Descifrar Pessoas, “as decisões não são melhores do que as informações sobre as quais elas se baseiam”. Por isso, dados e narrativa andam juntos. Uma boa história, somada aos números certos, traz o equilíbrio perfeito para criar uma conexão autêntica e tomar decisões mais certeiras.