
29/07/2025
Eu não fui feita pra agradar.
Fui feita pra sustentar o invisível com os dois pés no chão e as mãos em chamas.
Não visto a espiritualidade como fantasia.
Eu a vivo. Com carne, sangue, sono e verdade.
Sou sacerdotisa não porque me deram esse nome,
mas porque eu me tornei.
Porque ouvi o chamado no meio do caos.
Porque senti o sagrado me atravessar antes de entender o que era.
Porque não consegui mais fingir que a vida era só matéria.
Eu estudo. Eu me calo. Eu erro. Eu volto.
Eu honro cada símbolo que carrego.
Eu ajo com firmeza, porque sei o que tá em jogo.
A alma não é brinquedo. O sagrado não é palco.
E eu não sou uma atriz no teatro espiritual dos outros.
Defendo o que acredito porque vivi na pele.
Não falo de livros, falo de feridas, de visões, de presságios,
de noites em que só o silêncio me respondeu,
e mesmo assim eu segui.
Eu ajudo porque já estive do outro lado do abismo.
Eu ouço porque sei como é gritar por dentro.
Eu sustento, mesmo quando tô tremendo por dentro.
Não por heroísmo, mas por compromisso.
O sacerdócio não é um lugar de destaque.
É um lugar de serviço.
É renúncia. É entrega. É coragem de continuar mesmo quando ninguém entende.
Eu não sou perfeita.
Sou intensa. Sou canal.
Sou casa para o invisível.
Sou sombra e luz e aceito as duas.
Eu sou sacerdotisa.
E não peço permissão pra ser, e assim sou. 💜