01/12/2025
A história de Leona, a leoa.
Ela tem 19 anos.
Nasceu no próprio zoológico da Bica, em 2006.
Passou a vida inteira ali.
Nunca atacou ninguém.
Nunca demonstrou agressividade fora do normal.
E naquele domingo…
ela estava simplesmente sendo o que sempre foi: uma leoa.
Depois do ataque, Leona ficou extremamente estressada e em choque.
O veterinário do parque, Thiago Nery, explicou que o animal demorou pra voltar ao recinto interno
porque estava traumatizado com o que tinha acontecido.
Mas, graças aos treinamentos que a equipe faz com ela,
conseguiram contê-la sem uso de armas, sem tranquilizantes, sem violência.
Ela obedeceu.
Voltou pro local seguro.
E desde então está recebendo cuidados constantes.
Foi aí que a prefeitura de João Pessoa e a direção do parque fizeram um comunicado que emocionou o Brasil:
"Em nenhum momento foi considerada a possibilidade de eutanásia.
A leoa está saudável, não apresenta comportamento agressivo fora do contexto do ocorrido
e NÃO SERÁ SACRIFICADA."
O zoológico reforçou que Leona agiu por instinto.
Ela não é um animal perigoso.
Não tem comportamento agressivo patológico.
Apenas reagiu a uma invasão inesperada do seu território.
E mais:
o parque segue todas as normas técnicas de segurança.
A invasão foi abrupta, inesperada e impossível de ser prevista.
Segundo a apuração da TV Cabo Branco, Gerson tinha transtornos mentais.
A Polícia Civil investiga a possibilidade de que tenha sido um ato de suicídio.
Uma tragédia para a família do jovem.
Uma situação traumática para a leoa.
E um alerta pra todos nós.
Porque, no meio de toda essa dor,
surgiu algo que precisa ser dito em voz alta:
Leona não é culpada.
Ela não pulou a cerca.
Não invadiu espaço alheio.
Não atacou por maldade.
Ela estava em CASA.
E alguém entrou sem permissão.
Sacrificar um animal que agiu por instinto de sobrevivência,
que nunca foi agressivo,
que nasceu e viveu a vida inteira naquele lugar…
seria uma segunda tragédia.
E o Parque Arruda Câmara entendeu isso.
Hoje, enquanto as investigações continuam,
Leona está sendo monitorada 24 horas por dia.
Recebe avaliação comportamental constante.
E cuidados especializados de veterinários e tratadores dedicados ao bem-estar dela.
O zoológico permanece fechado até a conclusão das apurações,
prezando pela segurança de visitantes, colaboradores e animais.
Mas uma coisa já está decidida:
Leona vai viver.
Vai se recuperar do trauma.
E vai continuar sendo cuidada com respeito e dignidade.
Porque, no final das contas,
ela também é uma vítima dessa história.
Descanse em paz, Gerson.
E que Leona encontre a paz que merece.