Trilhando Montanhas

Trilhando Montanhas Sua aventura começa aqui! CONTATO

Para dúvidas ou sugestões, entre em contato por e-mail: [email protected].

O Trilhando Montanhas é um portal de conteúdo, próprio e colaborativo, voltado exclusivamente para o seguimento de ecoturismo, turismo de aventura e turismo sustentável. Formado por equipe própria e colaboradores, o portal disponibiliza acesso à informação de forma mais ampla e ef**az, com adequação de linguagem para que esta se torne clara para todos.

Um cipó estalou no vento e foi o bastante para eu perceber que estava sozinho, de verdade. Nenhum som além do ar corrend...
25/08/2025

Um cipó estalou no vento e foi o bastante para eu perceber que estava sozinho, de verdade. Nenhum som além do ar correndo por entre as folhas. O passo pareceu mais firme nesse instante, porque nada precisava competir com ele.

Há quem leve a trilha como palco, transformando cada curva em espetáculo para o olhar de quem ficou em casa. Eu já fiz isso também, preocupado em mostrar que estava ali. Mas a montanha não pede prova. Ela não aplaude quem grita. Ela apenas existe, cheia de detalhes que se perdem no excesso de ruído que carregamos.

Quando o barulho cessa, o coração se alinha ao compasso da respiração. O silêncio não é vazio, é presença daquilo que antes não cabia. O som de uma asa, o estalo de um galho, o próprio corpo lembrando que está vivo. Só então a trilha revela segredos que nenhuma fotografia é capaz de traduzir.

A montanha não tem pressa em ser entendida. Ela aguarda. O convite está aberto, mas só atravessa quem aceita calar. Você já se permitiu escutar sem precisar mostrar?

O vento frio batia no rosto como um lembrete de que ninguém ia abrir caminho por mim. Cada passo afundava na terra úmida...
13/08/2025

O vento frio batia no rosto como um lembrete de que ninguém ia abrir caminho por mim. Cada passo afundava na terra úmida, deixando claro que a trilha não ia mudar só porque eu queria que fosse mais fácil.
Eu já conhecia bem esse tipo de pensamento. As desculpas vinham como neblina, densas e confortáveis. Falava para mim mesmo que estava cansado, que não tinha me preparado, que não era o dia certo. E, no fundo, sabia que não era a trilha que me barrava. Era eu.

A cada subida, o corpo pedia para parar. E a mente, rápida, tentava vestir isso de lógica. Inventava motivos para recuar. Mas motivos são frágeis quando confrontados com a verdade. O chão irregular não se importa com justif**ativas. Ele só está lá. Ou você pisa, ou não pisa.

Não há romantismo nisso. Não é sobre inspiração, é sobre encarar o desconforto sem disfarce. O caminho não escuta promessas nem aceita desculpas. Ele só responde a quem continua.

O que você anda contando para si mesmo que ainda te mantém parado?

Hoje escrevo para você, que talvez nem saiba o quanto caminhou.Não falo da distância medida pelo relógio, mas daquele tr...
09/08/2025

Hoje escrevo para você, que talvez nem saiba o quanto caminhou.
Não falo da distância medida pelo relógio, mas daquele trecho que só os seus pés conhecem. Você se lembra do som que o vento fez quando passou por entre as folhas? Não era só vento. Era como se o dia inteiro quisesse contar um segredo, e você estivesse ali para ouvir.

Quero que guarde essas pequenas descobertas. A cor inesperada de uma flor no canto da trilha. O riso que escapou sem motivo aparente. O jeito como seu corpo respondeu quando achou que não iria mais e, mesmo assim, seguiu. Não subestime a importância disso.

Talvez um dia a memória misture tudo e não se recorde da ordem exata das coisas. Está tudo bem. O que importa é que, quando fechar os olhos, você ainda possa sentir aquele instante em que se deu conta de que era capaz. É isso que quero que leve, mesmo quando a trilha já tiver virado lembrança.

Se hoje fosse o dia de escrever outra história, você saberia reconhecer esses detalhes?

O galho arranhou o braço sem eu perceber. Foi rápido, quase imperceptível, mas o risco fino ficou ali, ardendo de leve. ...
08/08/2025

O galho arranhou o braço sem eu perceber. Foi rápido, quase imperceptível, mas o risco fino ficou ali, ardendo de leve. Um sinal pequeno, mas suficiente para lembrar que estou inteiro neste instante. A trilha não pede licença para deixar marca. Ela simplesmente faz.

Segui adiante sentindo a pele pulsar sob o toque do vento. O arranhão não era incômodo. Pelo contrário. Era a prova de que o caminho não é cenário, é participante. Cada aspereza, cada mudança de relevo, é como uma frase dita num idioma que só se entende caminhando.

Há momentos em que o impulso de buscar respostas se estende demais. O que importa, talvez, esteja no encontro breve com o que aparece. O chão irregular, o cheiro que vem da mata molhada, o som que muda de repente. Descobertas que não precisam de mapa, nem de aviso prévio.

Talvez seja esse o verdadeiro encontro consigo mesmo: notar que até um galho na pele pode dizer algo que não caberia em nenhuma palavra. Já sentiu o que o caminho quis te contar hoje?

Já me vi parado no meio da trilha com o peito apertado e os dedos dormentes de frio. A mochila pesando mais que devia. A...
06/08/2025

Já me vi parado no meio da trilha com o peito apertado e os dedos dormentes de frio. A mochila pesando mais que devia. As pernas tremendo não só pelo esforço, mas pelo tanto de coisa que eu carregava por dentro. Não era cansaço comum. Era um tipo de esgotamento que começa no corpo, mas logo se espalha. O passo seguinte vira desafio. A respiração parece errada. E você olha o trecho à frente sabendo que a subida continua, mas não sabe se você continua também.

Lá em cima, o vento cortava feito lâmina. Nenhuma árvore pra se abrigar. Só pedra, gelo e céu. Os outros seguiam, um a um, sem dizer muito. Cada um na sua batalha. Eu continuei, por teimosia talvez. Mas a verdade é que algo já me dizia que não era o melhor caminho pra mim naquele momento. Só que a gente insiste. Por medo de decepcionar. Por vergonha de parar. Por achar que dar meia-volta é desistência. E a montanha? Ela não diz nada. Mas também não facilita. Ela só mostra.

O trecho ficou mais íngreme. A trilha escorregadia. E ali, com o corpo já no limite e os pensamentos gritando, eu entendi que não era mais sobre chegar. Era sobre não me perder. Porque continuar só por orgulho não é coragem. É desrespeito. Comigo. Com quem eu sou de verdade. Tem hora que parar é o único jeito de seguir inteiro. E eu parei. Sentei na pedra, tirei a mochila e só fiquei ali, deixando o vento me lembrar que não preciso provar nada pra ninguém.

Desci devagar, no meu tempo. Com vergonha no começo, confesso. Mas essa vergonha logo virou alívio. Voltar de uma trilha não anula o caminho que fiz. Não apaga os aprendizados. Só mostra que entendi a hora certa de cuidar de mim. Foi ali que aprendi que a montanha não rejeita ninguém. Ela apenas não finge ser o que não é.

Você tem ouvido o que o seu corpo e a sua mente tentam dizer?

Tem horas que parece que a gente tá pagando pra sofrer. Literalmente. Junta uma galera, compra equipamento, acorda cedo ...
04/08/2025

Tem horas que parece que a gente tá pagando pra sofrer. Literalmente. Junta uma galera, compra equipamento, acorda cedo num domingo, encara horas de estrada e começa a subir. E logo no começo, o corpo já começa a questionar: pra que tudo isso?

As pausas viram estratégia de sobrevivência. Um chocolate escondido na mochila vira salvação. A água acaba mais rápido do que devia. E no meio da subida, quando a vista ainda não compensa, começa a dúvida: será que é isso mesmo que eu vim procurar? Mas a gente segue. Porque tem alguém puxando o grupo. Porque tem alguém f**ando pra trás. Porque se voltar agora dá mais trabalho do que continuar.

Na descida, não tem trégua. O joelho grita, o pé escorrega, o medo de cair acompanha cada passo. E quando a queda acontece, o riso disfarça a dor. A mão ralada, a perna suja, o repelente que arde. Alguém fala besteira, alguém sonha com arroz, feijão e farofa. Alguém jura que nunca mais vai fazer isso de novo.

Mas no fim, a gente volta. Sempre volta. Porque, no fundo, tem algo ali que a gente ainda não entendeu direito. Uma mistura de superação com esgotamento, de riso nervoso com cansaço bom. E o mais curioso é que, entre a primeira pausa e o banho de casa, alguma coisa mudou. Nem dá pra explicar. Só dá pra sentir que mudou.

Por que será que, mesmo sabendo do sofrimento, a gente insiste em voltar?

Algumas trilhas começam fáceis demais. Caminho limpo, sombra agradável, ar fresco. O corpo vai leve e quase se esquece d...
02/08/2025

Algumas trilhas começam fáceis demais. Caminho limpo, sombra agradável, ar fresco. O corpo vai leve e quase se esquece de que está num processo. Parece passeio, mas não é. É só o começo.

O terreno muda de repente. A subida chega com pedras soltas, galhos baixos, chão molhado. E ali, quando os pés já estão sujos e a respiração mais curta, o pensamento tenta escapar. Questiona o esforço, tenta convencer que talvez não valha tanto. Mas é exatamente ali que se decide continuar. Não porque ficou fácil. Porque se entendeu que não é para f**ar.

Há um momento em que tudo do lado de fora parece se calar, não porque ficou mais quieto, mas porque o barulho dentro cansou de brigar. E o que sobra é uma sensação estranha de estar consigo mesmo, como se fosse visita. Vem um incômodo, uma verdade que não pode mais ser empurrada morro abaixo. É nesse trecho que o caminho vira espelho, e cada passo se torna escolha. F**ar ou seguir. Dormir ou acordar.

Ninguém se torna mais forte ao alcançar o topo. A força nasce no passo incerto, no chão instável, na recusa de voltar. É construção. Cada vez que se levanta. Cada vez que encara o desconforto sem pressa de se livrar dele. Despertar não acontece por sorte nem por mágica. É insistência. É decisão que se renova no escuro da trilha, quando ninguém está olhando.

O que você está escolhendo construir agora?

Um tropeço bobo me tirou do fluxo da trilha. O pé escorregou numa pedra úmida, dessas que parecem firmes mas estão cober...
01/08/2025

Um tropeço bobo me tirou do fluxo da trilha. O pé escorregou numa pedra úmida, dessas que parecem firmes mas estão cobertas de limo. Nada grave, mas o susto fez o coração bater diferente. Olhei ao redor e percebi que não lembrava do último trecho. Nem do som do riacho, nem do cheiro da mata molhada. Só lembrava do que estava remoendo por dentro.

Segui andando mais devagar, tentando recuperar o ritmo. Mas o corpo ia à frente e a cabeça continuava atrás, repetindo conversas, analisando reações, ensaiando desfechos que não aconteceram. A trilha seguia em curva, irregular, cheia de raízes salientes. Era o tipo de terreno que exigia atenção, ou a queda viria de novo. E foi aí que caiu a ficha: ali não era lugar pra devaneio. Era lugar de presença alerta. Senão, a trilha cobra. E não avisa.

Tem momento pra se perder nos pensamentos. Mas não é agora. Quando a gente está numa fase de transição, qualquer distração se transforma num risco. Não só nos passos, mas nas escolhas. A montanha pede atenção ao que está debaixo do pé. Ao que vem logo à frente. E a vida também. Não pra esquecer o que passou, mas pra lembrar que ainda estamos aqui, atravessando.

Você está aqui ou ainda está onde tudo aconteceu?

Você não precisa fingir que tá tudo bem.Sei que tem dias em que o corpo anda, mas a cabeça f**a parada num lugar que já ...
29/07/2025

Você não precisa fingir que tá tudo bem.
Sei que tem dias em que o corpo anda, mas a cabeça f**a parada num lugar que já acabou.
E mesmo assim, a trilha exige que você continue.

Lembro de uma subida longa, dessas que ninguém conversa, só respira fundo e segue. Um passo de cada vez, ninguém ajudava o outro, mas todo mundo tava ali. Parecia solidário, mas era solitário também. Cada um lidando com o peso da mochila e o que ela carrega que não se vê. Na trilha ninguém pode subir por você. Podem até andar ao lado, mas o esforço é seu. Como na vida. A prova é individual, lembra?

A gente cresce achando que vai poder colar das respostas do outro, copiar os passos de quem chegou primeiro. Mas não tem gabarito pra dor. E cada escolha errada custa fôlego. Só que é assim que se aprende: sentindo queimar a perna, sentindo faltar ar, sentindo que não dá mais... e mesmo assim subindo. Porque ninguém vai entregar sua conquista pronta. E, no fim, o que f**a é o que você viveu no seu próprio corpo.

Então olhe pra frente. Você não precisa vencer ninguém. Só precisa estar inteiro no que faz.
A trilha não cobra performance, cobra presença. E mesmo que você erre o caminho, vai ter sido seu erro. E isso vale mais do que seguir roteiro alheio.

Qual parte da caminhada ainda tá presa no passo dos outros?

O barulho do mundo vai junto com você na caminhada. No começo da trilha, ele ainda fala alto. Os ruídos da cidade f**am ...
28/07/2025

O barulho do mundo vai junto com você na caminhada. No começo da trilha, ele ainda fala alto. Os ruídos da cidade f**am no corpo como um zumbido, difícil de calar. A cabeça repete as mesmas frases, os mesmos medos, os mesmos nomes. Cada passo na terra é um esforço para afastar o que insiste em voltar.

O cheiro da mata molhada começa a puxar a atenção. A floresta respira perto, folhas úmidas, o som da água correndo. A respiração muda. As pernas doem, mas o peito alivia. Há um trecho em que o caminho exige cuidado e foco. É como se a trilha dissesse: olha aqui. F**a aqui. E por um tempo, só existe o agora.

Lá em cima, o vento bate mais forte. Ele não leva embora os problemas. Mas traz uma trégua. O que rodava em círculos dentro da cabeça perde força. É o corpo que pensa agora. E ele pensa devagar.

Quando foi a última vez que você se sentiu inteiro em um lugar?

Tem gente que vive como quem atravessa a trilha no escuro, só seguindo o som dos passos à frente, sem saber para onde va...
22/07/2025

Tem gente que vive como quem atravessa a trilha no escuro, só seguindo o som dos passos à frente, sem saber para onde vai nem por que está indo. Acorda e caminha. Trabalha e caminha. Cumpre tarefas, apaga incêndios, resolve o que dá. No fim do dia, só sobra o cansaço. Uma mochila pesada demais, cheia de coisas que não foram escolhidas, só acumuladas pelo caminho.

Mas existe um momento, nem sempre claro, em que o corpo avisa: tá demais. Os joelhos doem, o ar falta, o coração não acompanha o ritmo imposto. E aí, por necessidade ou desespero, a gente para. E nessa parada forçada, longe do barulho e da rotina, percebe que fazia tempo que não olhava a paisagem. Que não respirava com vontade. Que não se ouvia. E é nesse espaço entre o automático e o colapso que muita gente redescobre o que é viver com propósito.

Viver não é só chegar ao fim da trilha com todos os “checklists” concluídos. Viver é ter pausas para apreciar o que se constrói. É ajustar o ritmo para não se perder de si. É aceitar que não dá pra carregar tudo, o tempo todo, e que deixar coisas pra trás também é sabedoria. Você merece mais do que dar conta. Merece se sentir inteiro, conectado ao que faz sentido, construindo algo que tenha alma.

Então respira fundo. Lembra por que você começou a caminhar. Não espere o corpo parar pra começar a se cuidar. Não espere tudo desmoronar para entender que o essencial precisa de espaço. A vida não se resume a seguir. Ela se revela quando você escolhe estar presente na sua própria jornada.

Que parte de você está pedindo pra ser ouvida antes que precise gritar?

Endereço

Rio De Janeiro, RJ
23050-160

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Trilhando Montanhas posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com O Negócio

Envie uma mensagem para Trilhando Montanhas:

Compartilhar