
28/05/2025
Taxa de Desocupação f**a em 5,3% no I trimestre de 2025 no RS
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média do Rio Grande do Sul foi de 5,3% no I trimestre de 2025, registando aumento em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando tinha sido de 4,5%. No I trimestre de 2024, a taxa de desocupação foi de 5,8%, mas, mesmo assim, do ponto de vista estatístico, foi considerada estabilidade na taxa. Com esse resultado, o RS tem a 8ª menor taxa de desocupação do país. Apesar da boa colocação no ranking nacional, ainda ficou atrás dos dois estados da Região Sul: Santa Catarina (em primeiro, com desocupação de 3,0%) e Paraná (em quinto, com 4,0%).
A taxa de participação na força de trabalho também ficou estável na comparação ao mesmo período de 2024, alcançando 66,5%. O contingente total de ocupados variou -0,8% na comparação com o trimestre anterior (variação sem significância estatística), enquanto os desocupados registaram aumento de 16,4% nessa mesma comparação. A força de trabalho variou -0,0% (estabilidade). Na comparação com o I trimestre de 2024, a variação dos ocupados foi de 2,2% (aumento), enquanto o contingente de desocupados (336 mil), por sua vez, variou -7,8%, o que, de acordo com a divulgação, não tem significância estatística.
As taxas de população subocupada e de desalentados, em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2024, f**aram estáveis (considerando a significância estatística). Atualmente, o Rio Grande do Sul figura na 2ª colocação (empatado com o Mato Grosso) entre os estados com menor percentual de população desalentada (0,8%). O Rio Grande do Sul também se destaca pelo percentual de empregados com carteira assinada no setor privado (81,3% entre os ocupados na iniciativa privada — 3ª posição do ranking nacional). A população fora da força de trabalho também apresentou estabilidade (estatística) frente ao trimestre anterior.
O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi de R$ 3.770 no I trimestre de 2025, tendo estabilidade (0,5%, sem significância estatística) em relação ao trimestre anterior e variação de 6,8% frente ao mesmo trimestre de 2024. A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 22,3 bilhões, o que representou estabilidade na comparação com o último trimestre de 2024 (-0,2%, sem significância estatística) e um aumento de 9,1% na comparação com o trimestre encerrado em março de 2024.
Os dados do I trimestre de 2025 vieram em linha com o esperado. A piora habitual entre o último trimestre de um ano e o primeiro do seguinte deve-se, em grande medida, a fatores sazonais. A comparação com o mesmo período de 2024 revela um mercado ainda aquecido, com taxas baixas de desocupação, subocupação e desalento, além de variações positivas e signif**ativas nos rendimentos médios reais. Esse conjunto de indicadores contribui para uma massa salarial real grande e em expansão, que continua a impulsionar o consumo.
Segundo as nossas projeções, contudo, prevê-se uma leve perda de dinamismo ao longo do ano, motivada pela desaceleração económica esperada para a economia nacional. Ainda assim, essa tendência não deverá ser suficiente para atenuar as dificuldades na contratação de mão de obra — que tendem a persistir devido a entraves estruturais — nem para provocar uma retração relevante nas atividades econômicas sustentadas pela renda das famílias no comércio e nos serviços.
(fonte fecomercio)