10/02/2024
É falso que pessoas em hospital passaram mal após tomar vacina bivalente contra Covid-19.
A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há registro de casos de paralisia de membros entre funcionários e pacientes de unidades hospitalares após a aplicação da vacina bivalente contra a Covid-19, informam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde. O assunto também não foi noticiado por veículos da imprensa.
Em nota, a Anvisa informou que não recebeu nenhum relato de surto que possa estar relacionado ao uso da vacina bivalente. A instituição esclarece ainda que, até o momento, os eventos adversos notif**ados estão dentro do previsto e não há evidências que indiquem a alteração do perfil de segurança dos imunizantes utilizados no país.
Já o Ministério da Saúde reiterou, também em nota, que as vacinas ofertadas à população, incluindo aquelas contra a Covid-19, são seguras, ef**azes e aprovadas pela Anvisa. “Como qualquer medicamento ou imunizante, as vacinas contra a Covid-19 podem causar eventos adversos, sendo a maioria deles sem gravidade, como dores de cabeça, tosse, diarreia, rinite, náusea, entre outros. Esses eventos são muito raros e ocorrem, em média, um caso a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando um risco signif**ativamente inferior ao risco de complicações causadas pela infecção da Covid-19.”, informou a pasta.
Estão aprovadas para uso no Brasil duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pela Pfizer. Além de gerarem proteção contra a cepa original do vírus Sars-CoV-2, os novos imunizantes incluem uma proteção adicional contra as linhagens BA.1 ou BA.4/BA.5 da variante ômicron.
Em entrevista à Lupa, o médico Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), informou que não foram observados efeitos colaterais diferentes das reações observadas anteriormente nos te**es da nova vacina.
"Os efeitos colaterais são os mesmos. Como qualquer outra vacina, pode dar febre, dor no corpo e mal-estar. Não houve nenhum aumento de efeitos colaterais quando comparamos a vacina que a gente já utilizava, a monovalente, com a bivalente”, declarou.