19/07/2025
Ser bom não é ser bobo.
Bondade não é submissão. Não é calar quando algo te fere.
Não é permitir que invadam seus limites, desrespeitem sua essência ou abusem da sua presença.
Ser bom não é aceitar tudo — é saber discernir o que merece o seu amor e o que precisa do seu silêncio.
Há quem confunda gentileza com passividade.
Mas bondade de verdade exige força.
Força para dizer “não” quando necessário.
Força para se posicionar com respeito, mas também com firmeza.
Força para sair de onde te diminuem, mesmo que doa.
Ser bom não é se anular, não é engolir tudo para evitar conflito.
Isso não é humildade — é medo disfarçado.
Medo de confrontar, de desagradar, de ser mal interpretado.
Mas a alma que se cala por medo, adoece.
E a energia que não é expressa, vira peso.
A verdadeira bondade nasce do amor-próprio.
De quem aprendeu a respeitar a si mesmo e, por isso, respeita o outro.
De quem fala com o coração, mas não se humilha.
De quem ouve com empatia, mas não aceita ser manipulado.
De quem oferece o bem, mas não se permite ser feito de escada.
Bondade é atitude consciente, não obediência cega.
É viver a sua verdade sem agredir — mas também sem se esconder.
É saber ser firme sem ser duro.
É saber se posicionar sem perder o centro.
Seja bom, sim. Mas nunca às custas de si mesmo.
