Um Metal Por Dia

Um Metal Por Dia đŸ”„ Um ĂĄlbum de metal por dia. Direto ao ponto.

Dicas diĂĄrias de discos que valem o play — novos, clĂĄssicos ou obscuros, do underground ao mainstream, sempre prezando pela qualidade. đŸ€˜

“Defectum Omnium” (2024), marca mais um passo firme na retomada definitiva do Exhorder — banda lendária de Nova Orleans ...
23/10/2025

“Defectum Omnium” (2024), marca mais um passo firme na retomada definitiva do Exhorder — banda lendária de Nova Orleans que, desde o retorno com “Mourn the Southern Skies” (2019), reafirma sua importñncia no metal pesado. "Defectum..." segue a trilha do antecessor com uma produção vigorosa, repleta de peso e groove, mas fiel às raízes thrash que consagraram o grupo. É um trabalho denso e agressivo, em doze faixas que mostram a banda em plena forma.

Logo de inĂ­cio, “Wrath of Prophecies” abre de forma avassaladora, com alternĂąncias rĂ­tmicas e um refrĂŁo marcante, enquanto “Under the Gaslight” se destaca pela uniĂŁo entre melodia e brutalidade, com um groove irresistĂ­vel. A presença de Pat O’Brien (ex-Cannibal Co**se) nos solos traz tĂ©cnica e ferocidade, mas o peso do ĂĄlbum repousa sobre Kyle Thomas, vocalista e guitarrista que entrega riffs encorpados e vocais intensos. “Forever and Beyond Despair” surpreende ao mesclar punk, thrash e groove com blast beats de Sasha Horn, numa aula de energia e criatividade. JĂĄ “The Tale of Unsound Minds” Ă© arrastada, densa e esmagadora, enquanto “Divide and Conquer” aposta na velocidade e lembra o Testament mais recente.

“Year of the Goat”, um dos singles, Ă© puro groove e brutalidade, evocando a fĂșria do Pantera, enquanto “Taken by Flames” alterna calmaria e destruição em um ataque thrash digno do Exodus. A faixa-tĂ­tulo, cantada em latim, introduz “Stolen Hope”, de clima sombrio e baixo ensurdecedor de Jason Viebrook, lembrando o Down, mas ainda mais pesado. “Three Stages of Truth – Lacing the Well” começa com um dedilhado sereno antes de mergulhar em caos total, unindo referĂȘncias de Pantera e Exodus em um dos momentos mais intensos do disco.

“Sedition” traz um lado mais experimental, com nuances punk e passagens quase jazzĂ­sticas, e “Desensitized” Ă© o tipo de faixa feita para destruir pescoços ao vivo. O fechamento com “Your Six” mistura o peso do southern ao thrash metal, com Kyle alcançando notas altĂ­ssimas. “Defectum Omnium” Ă© brutal, tĂ©cnico e honesto — um retrato da fĂșria humana e da decadĂȘncia moderna, mostrando que o Exhorder segue relevante, criativo e implacĂĄvel como nunca.

“Headless Cross”, de 1989, marcou uma das fases mais sombrias e subestimadas do Black Sabbath. Foi o segundo álbum com T...
22/10/2025

“Headless Cross”, de 1989, marcou uma das fases mais sombrias e subestimadas do Black Sabbath. Foi o segundo ĂĄlbum com Tony Martin nos vocais e o primeiro pela I.R.S. Records, em um perĂ­odo de reconstrução apĂłs anos de instabilidade e mudanças de formação. Com Tony Iommi como Ășnico membro original, a banda contava ainda com Cozy Powell (bateria), Geoff Nicholls (teclados) e Laurence Cottle (baixo). O resultado foi um disco com produção moderna, atmosfera gĂłtica e letras mergulhadas em misticismo, mitologia e fĂ© — um verdadeiro renascimento para o Sabbath no fim dos anos 80.

“Headless Cross” resgatou a essĂȘncia obscura e teatral dos primĂłrdios da banda, mas com um toque refinado e Ă©pico. A entrada de Powell, veterano de Rainbow e Whitesnake, trouxe peso e precisĂŁo, enquanto Iommi entregou riffs inspirados, cheios de melodia e intensidade. A faixa-tĂ­tulo, “Headless Cross”, Ă© um hino sombrio sobre um vilarejo amaldiçoado pela fĂ© cega — uma metĂĄfora poderosa sobre o fanatismo humano e a manipulação religiosa. Logo depois, “Devil & Daughter” mistura o hard oitentista ao peso britĂąnico com refrĂŁo marcante; “When Death Calls”, com participação de Brian May (Queen), mergulha em melancolia e grandiosidade; e “Kill in the Spirit World” exibe um clima quase cinematogrĂĄfico, com coros e teclados intensos.

“Call of the Wild” e “Black Moon” mostram o equilĂ­brio entre agressividade e melodia, reforçando o talento de Martin, um dos vocalistas mais injustiçados da histĂłria do metal. Suas letras exploram espiritualidade, ocultismo e moralidade sem cair em clichĂȘs, mantendo a aura sombria caracterĂ­stica do Sabbath, mas com um lirismo mais poĂ©tico e introspectivo.

Apesar da Ăłtima recepção da crĂ­tica e dos fĂŁs mais atentos, o disco nĂŁo teve o impacto comercial merecido. O metal vivia a explosĂŁo do thrash e do glam, e “Headless Cross” acabou ofuscado por novas tendĂȘncias. DĂ©cadas depois, Ă© lembrado como um clĂĄssico esquecido, reverenciado por mĂșsicos e colecionadores como um dos momentos mais inspirados da era Tony Martin.

Mais de trinta anos depois, segue como um dos trabalhos mais atmosfĂ©ricos e elegantes da banda — sombrio, Ă©pico e atemporal.

“Metalhead”, lançado em 1999, marcou o início de uma nova era para o lendário Saxon — uma das bandas que moldaram o som ...
21/10/2025

“Metalhead”, lançado em 1999, marcou o inĂ­cio de uma nova era para o lendĂĄrio Saxon — uma das bandas que moldaram o som e a atitude do Heavy Metal britĂąnico. Enquanto o final dos anos 90 via o metal tradicional ser ofuscado por tendĂȘncias como o nu metal e o rock alternativo, Biff Byford e companhia se recusaram a ceder Ă s modas e lançaram um disco pesado, moderno e orgulhosamente fiel Ă s raĂ­zes da NWOBHM. O 14Âș ĂĄlbum de estĂșdio do grupo e o primeiro com o baterista Fritz Randow, abre com a faixa-tĂ­tulo “Metalhead”, um verdadeiro manifesto da alma metĂĄlica: riffs densos, refrĂŁo poderoso e uma energia que transborda convicção. Na sequĂȘncia, faixas como “Are We Travellers in Time”, “Song of Evil” e “All Guns Blazing” revelam um Saxon afiado, criativo e ciente de seu papel como guardiĂŁo do metal tradicional. “Conquistador” surge como um dos grandes momentos do disco — Ă©pico, histĂłrico e envolvente, com aquele clima que faz lembrar os tempos ĂĄureos de "Crusader" e "Strong Arm of the Law". JĂĄ “Prisoner” e “Piss Off” mostram a faceta mais crua e rebelde da banda, pura atitude de estrada.

Encerrando o ĂĄlbum, “Sea of Life” traz um tom quase melancĂłlico, com uma melodia intensa e letras que flertam com a reflexĂŁo existencial — uma prova de que o Saxon nĂŁo apenas sobreviveu ao tempo, mas evoluiu com ele. A voz de Biff Byford soa imponente, madura, mas ainda com a garra juvenil de quem vive o metal com devoção total. Liricamente, “Metalhead” Ă© uma ode Ă  resistĂȘncia, Ă  liberdade e Ă  irmandade que une geraçÔes de headbangers pelo mundo.

Apesar de nĂŁo ter recebido o mesmo destaque comercial de clĂĄssicos anteriores, “Metalhead” Ă© um disco essencial — um marco da transição entre o som clĂĄssico e o peso moderno que definiria a fase 2000 do Saxon. Ele abriu caminho para obras como “Killing Ground” (2001) e “Lionheart” (2004), consolidando a banda como uma força eterna dentro do heavy metal.

É um ĂĄlbum de alma verdadeira, feito por e para metalheads, sem concessĂ”es, sem modismos — puro aço britĂąnico forjado no fogo da paixĂŁo e da lealdade ao gĂȘnero. đŸ€˜

“Down to Earth” (2001) marcou o retorno de Ozzy Osbourne ao estĂșdio apĂłs um hiato de seis anos desde Ozzmosis (1995). O ...
21/10/2025

“Down to Earth” (2001) marcou o retorno de Ozzy Osbourne ao estĂșdio apĂłs um hiato de seis anos desde Ozzmosis (1995). O ĂĄlbum surgiu em um momento decisivo da carreira do “Madman”: aos 52 anos, ele jĂĄ era uma lenda consolidada, mas precisava reafirmar sua relevĂąncia em um cenĂĄrio musical que havia mudado drasticamente com o auge do nu metal e do hard rock alternativo. O resultado foi um disco moderno, pesado e acessĂ­vel, que equilibra a identidade sombria e melĂłdica de Ozzy com uma sonoridade contemporĂąnea e radiofĂŽnica.

A formação que gravou Down to Earth Ă©, por si sĂł, um dos grandes trunfos do ĂĄlbum. AlĂ©m do vocal inconfundĂ­vel de Ozzy, o disco conta com Zakk Wylde na guitarra — em uma de suas performances mais intensas e emotivas —, Robert Trujillo (futuro baixista do Metallica) no baixo, Mike Bordin (Faith No More) na bateria e Tim Palmer na produção, com mixagem de Chris Lord-Alge. O resultado Ă© um som denso, limpo e poderoso, com riffs marcantes e refrĂŁes memorĂĄveis.

As faixas ficam entre introspecção e força. “Gets Me Through”, Ă© quase uma declaração de amor aos fĂŁs. JĂĄ o petardo “Facing Hell” e a modernosa “Junkie” mergulham em temas sombrios, explorando dilemas pessoais, vĂ­cios e a luta interna do vocalista com seus prĂłprios demĂŽnios. “Dreamer”, uma das cançÔes mais icĂŽnicas de sua carreira solo, revela o lado mais vulnerĂĄvel e reflexivo de Ozzy, com uma letra que ecoa preocupaçÔes ambientais e um piano melancĂłlico que remete aos tempos de Changes. A mĂșsica, inclusive, tornou-se uma das mais tocadas de sua discografia e um hino para geraçÔes posteriores.

Outros destaques incluem “No Easy Way Out”, com pegada hard rock, e “That I Never Had”, com riffs inspirados e uma energia contagiante. Down to Earth mostra um equilíbrio raro entre peso e emoção, mantendo a aura obscura característica de Ozzy, mas com uma produção moderna e um senso melódico refinado.

AtĂ© hoje permanece como um de seus discos mais sĂłlidos e autĂȘnticos — um testemunho de sua maturidade artĂ­stica e da força de sua essĂȘncia soando como um retrato definitivo de um artista que enfrentou todas as mudanças, excessos e modas sem perder sua identidade.

NĂŁo Ă© metal propriamente dito, mas o Kiss Ă© uma das bandas-base de tudo. E dentro dessa histĂłria monumental, um dos pers...
17/10/2025

NĂŁo Ă© metal propriamente dito, mas o Kiss Ă© uma das bandas-base de tudo. E dentro dessa histĂłria monumental, um dos personagens mais carismĂĄticos e influentes foi Ace Frehley — o “Spaceman”, guitarrista original do grupo, cuja forma de tocar inspirou geraçÔes inteiras de roqueiros. Em 1978, no auge da fama do Kiss, cada integrante lançou seu prĂłprio ĂĄlbum solo — mas foi o disco de Ace Frehley que mais surpreendeu fĂŁs e crĂ­ticos, tornando-se o mais bem-sucedido entre os quatro.

Simplesmente intitulado "Ace Frehley", o ĂĄlbum mostrou que o guitarrista nĂŁo era apenas o cara das faĂ­scas no palco ou o sujeito de risada fĂĄcil nas entrevistas. Ali, ele provou ser um mĂșsico completo, capaz de compor, cantar e comandar o estĂșdio com personalidade. O disco traz uma sonoridade crua, vibrante e com uma pegada hard rock que antecipava o que muitos anos depois seria reconhecido como influĂȘncia direta para o metal oitentista.

O maior sucesso do ĂĄlbum, “New York Groove”, uma regravação da banda Hello, virou hit instantĂąneo e Ă© atĂ© hoje um hino obrigatĂłrio em qualquer celebração ligada ao Kiss. Mas alĂ©m dela, faixas como “Rip It Out”, “Speedin’ Back to My Baby” e “Ozone” mostravam uma musicalidade vigorosa e honesta, traduzindo a alma rebelde de Ace — aquele espĂ­rito livre que sempre parecia estar um passo fora das convençÔes do grupo.

Com o passar do tempo, “Ace Frehley” se tornou um marco, não só na discografia do Kiss, mas na história do rock em geral. Foi um retrato fiel de um artista que buscava autonomia, que queria soar como ele mesmo — e conseguiu. O álbum alcançou o topo das paradas, conquistou fãs de diferentes vertentes e, mais importante, revelou o quanto o Spaceman tinha luz própria.

Agora, com a notĂ­cia triste de sua morte, o disco ganha ainda mais peso emocional. O som de “Rip It Out” ecoa como um grito de liberdade, “New York Groove” como um brinde Ă  vida, e cada solo de guitarra carrega a energia de alguĂ©m que viveu intensamente, dentro e fora do palco. Ace Frehley pode ter deixado este plano, mas sua arte continua brilhando como uma estrela — uma daquelas que, mesmo distante, segue iluminando o caminho de quem ama o rock.

Mais de uma dĂ©cada apĂłs sua formação, o Ashes Of Ares mostra que nĂŁo estĂĄ aqui para viver de passado. Com “New Messiahs”...
16/10/2025

Mais de uma dĂ©cada apĂłs sua formação, o Ashes Of Ares mostra que nĂŁo estĂĄ aqui para viver de passado. Com “New Messiahs”, quarto ĂĄlbum de estĂșdio, Matthew Barlow e Freddie Vidales, ambos ex-Iced Earth, reafirmam sua relevĂąncia no metal contemporĂąneo, entregando uma obra sĂłlida, intensa e cheia de emoção — sem precisar reinventar a roda para soar atual e poderosa.

A produção equilibra peso, clareza e profundidade, e jĂĄ nos primeiros acordes de “Novus Ordo” sentimos que a banda pisa fundo no acelerador: introdução Ă©pica, guitarras acĂșsticas, teclados sinfĂŽnicos e bateria crescente criam o clima grandioso que permeia todo o disco. Em seguida, “Wake Of Vultures” e “Two Graves” mostram riffs vigorosos e vocais de Barlow em plena forma — alternando naturalmente entre agressividade e melodia. A faixa-tĂ­tulo Ă© direta, poderosa e dona de um refrĂŁo memorĂĄvel.

Sim, o Ashes Of Ares nĂŁo Ă© o Iced Earth — e comparar as duas bandas Ă© injusto. Apesar da voz marcante de Barlow remeter Ă  antiga casa, o som aqui Ă© mais melĂłdico, sensĂ­vel e harmonioso, lembrando QueensrĂżche, Savatage e Sanctuary, com ecos de Judas Priest, Iron Maiden e Nevermore.

“Where You Go” brilha como balada emocionante, enquanto “Atrophy” e “Lust To Feed” reforçam o peso e o senso de urgĂȘncia. “The Hawk And The Dove” adiciona introspecção e profundidade, e “Keep On Walkin’”, inspirada na paternidade de Barlow, emociona com sua honestidade. JĂĄ “From Hell He Rides” encerra o ĂĄlbum em tom Ă©pico, com riffs cinematogrĂĄficos e vocais intensos. As faixas bĂŽnus “And The House Fell Down” (Elton John) e “Infection Deception” ampliam a versatilidade sem quebrar a coesĂŁo.

É um disco de energia consistente, equilibrando peso e melodia com maestria. Matt Barlow segue impecável — intenso, expressivo e dono de uma das vozes mais emocionais do metal.

Para fĂŁs de heavy e power metal, especialmente Iced Earth, Sanctuary e QueensrĂżche, este ĂĄlbum Ă© obrigatĂłrio e mostra o Ashes Of Ares em sua melhor forma — autĂȘntico, pesado e inspirador, daqueles que conquistam na primeira audição e se tornam ainda maiores a cada vez que vocĂȘ aperta o play.

Lançado em 2002, "Crimson Thunder" marcou um ponto alto na trajetória do HammerFall, consolidando a banda sueca como um ...
15/10/2025

Lançado em 2002, "Crimson Thunder" marcou um ponto alto na trajetĂłria do HammerFall, consolidando a banda sueca como um dos pilares do power metal moderno. Depois de trĂȘs ĂĄlbuns que ajudaram a reacender a chama do heavy metal tradicional nos anos 90, o grupo chegou ao quarto trabalho com mais confiança, peso e uma produção refinada que realçou ainda mais o equilĂ­brio entre melodia e agressividade — duas marcas registradas da banda.

Gravado em parte nos lendĂĄrios Wisseloord Studios, na Holanda, e com mixagem assinada por Charlie Bauerfeind, "Crimson Thunder" trouxe um som mais robusto e Ă©pico, sem abrir mĂŁo das raĂ­zes old school que sempre definiram o quinteto liderado por Joacim Cans e Oscar Dronjak. O ĂĄlbum abre com "Riders of the Storm", um convite direto Ă  batalha, mostrando a banda em plena forma, com riffs galopantes e refrĂŁo poderoso. Mas Ă© em faixas como "Hearts on Fire" — um dos maiores hinos do HammerFall — que o disco atinge seu auge, com uma energia contagiante e coro perfeito para arenas lotadas.

Outros destaques incluem a faixa-tĂ­tulo "Crimson Thunder", com sua pegada mais sombria e atmosfera herĂłica, e "Angel of Mercy", cover do Chastain que reafirma o respeito da banda por suas influĂȘncias clĂĄssicas. O ĂĄlbum ainda traz cançÔes como "On the Edge of Honour" e "Trailblazers", que reforçam a habilidade do grupo em equilibrar velocidade, melodias inspiradoras e letras que celebram bravura, irmandade e resistĂȘncia.

"Crimson Thunder" representou uma maturidade musical e consolidou o HammerFall como uma das principais forças do metal europeu do inĂ­cio dos anos 2000. Mais do que um simples disco, ele capturou o espĂ­rito de uma Ă©poca em que o metal melĂłdico voltava a dominar os palcos e coraçÔes dos fĂŁs ao redor do mundo. AtĂ© hoje, Ă© lembrado como um dos trabalhos mais completos e carismĂĄticos da banda — um verdadeiro tributo Ă  crença inabalĂĄvel no poder do Heavy Metal.

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Press:

"Wrath and Ruin" lançado cinco anos após "Weapons of Tomorrow", reafirma o Warbringer como um dos nomes mais relevantes ...
14/10/2025

"Wrath and Ruin" lançado cinco anos apĂłs "Weapons of Tomorrow", reafirma o Warbringer como um dos nomes mais relevantes do thrash metal moderno. O sĂ©timo ĂĄlbum da banda equilibra agressividade e tĂ©cnica com uma proposta conceitual mais elaborada, abordando desigualdade, poder e decadĂȘncia social.

John Kevill conduz o disco com letras que falam sobre “tecno-feudalismo” e alienação, trazendo inspiração de Tolkien para criar uma obra de fĂșria e reflexĂŁo. A capa, com sua torre de marfim flutuante derramando destruição sobre os que estĂŁo abaixo, reforça a narrativa de opressĂŁo e desequilĂ­brio social. A produção de Mark Lewis garante clareza e impacto, permitindo que cada instrumento brilhe sem perder a brutalidade caracterĂ­stica da banda.

O ĂĄlbum conta com oito faixas e cerca de 40 minutos de duração. "The Sword and the Cross" abre com riffs cortantes e um clima Ă©pico, enquanto "A Better World" e "Neuromancer" mantĂȘm o thrash direto e energĂ©tico. "Through a Glass, Darkly" traz momentos mais sombrios e introspectivos, quase flertando com elementos de black metal, e "Cage of Air" se destaca por unir peso e melodia de forma magistral. "Strike from the Sky" reforça a agressividade clĂĄssica, e "The Last of My Kind" encerra o disco com uma proposta Ă©pica, fechando o conceito de maneira grandiosa, ainda que pudesse ser mais concisa.

"Wrath and Ruin" mostra um Warbringer maduro, consciente de seu legado e disposto a expandi-lo. É um ĂĄlbum que combina força, melodia e reflexĂŁo, traduzindo os tempos atuais em thrash metal de alto nĂ­vel. Entre riffs devastadores e letras densas, a banda entrega uma obra poderosa, autĂȘntica e cheia de personalidade. Aumenta o som e bate cabeça!

Surgida em São Paulo em março de 2024, a Valahala chegou como uma verdadeira descarga de energia no underground. Formada...
09/10/2025

Surgida em SĂŁo Paulo em março de 2024, a Valahala chegou como uma verdadeira descarga de energia no underground. Formada por Thiago Soares (vocal), Pedro Terra (guitarra) e Elton Nunes (bateria), o trio traduz angĂșstia, raiva e reflexĂŁo em um som brutalmente honesto, onde peso e emoção caminham juntos. O EP de estreia, “Desgosto”, Ă© um manifesto sonoro que condensa toda a intensidade que a banda vem mostrando nos palcos.

DifĂ­cil de rotular, a sonoridade da Valahala transita entre o Heavy Metal, Thrash, Grindcore, Crust, Punk, Hardcore e atĂ© nuances de Nu Metal, sempre com letras em portuguĂȘs e uma produção que privilegia a crueza. É um som que pulsa, atinge e incomoda — com riffs cortantes, vocais rasgados e uma bateria que explode como um desabafo coletivo. Nada soa artificial. Cada faixa Ă© uma ferida aberta, um grito de quem encara o caos de frente.

O EP traz cinco faixas: “Estamos Em Paz?”, “Desgosto”, “Vazio”, “Olhos Abertos No ChĂŁo A Me Olhar” e “LeilĂŁo de Pessoas”. “Vazio” Ă© claustrofĂłbica, construĂ­da sobre uma base densa que cresce em desespero e retrata o vĂ­cio humano em repetir erros. “LeilĂŁo de Pessoas” Ă© mais direta e furiosa, com uma pegada quase industrial e letras que denunciam a transformação das pessoas em mercadoria. “Olhos Abertos No ChĂŁo A Me Olhar” Ă© sufocante, introspectiva, e carrega um peso emocional que beira o desespero. “Desgosto”, curta e explosiva, Ă© puro Ăłdio concentrado, enquanto “Estamos Em Paz?” mistura ironia e agressividade para questionar a hipocrisia social e polĂ­tica que nos cerca.

O resultado Ă© um trabalho intenso, pesado e autĂȘntico — onde cada batida e cada verso soam como um grito de resistĂȘncia. “Desgosto” Ă© o tipo de EP que nĂŁo pede passagem, ele atropela. É o retrato cru de um tempo doente, feito por uma banda que transforma angĂșstia em arte e ruĂ­do em verdade. Valahala Ă© som, Ă© desconforto e Ă© real — uma nova força do underground paulista que merece ser ouvida no volume mĂĄximo.

Lançado em fevereiro de 2025, logo após o excelente álbum “Killing Machine” de 2023, “Let’s Thrash” marca o retorno expl...
08/10/2025

Lançado em fevereiro de 2025, logo apĂłs o excelente ĂĄlbum “Killing Machine” de 2023, “Let’s Thrash” marca o retorno explosivo do Sacrifix com um EP curto, direto e brutal que reafirma o poder do thrash metal brasileiro old school. Com seis faixas e pouco menos de meia hora de duração, o disco Ă© um soco certeiro, um manifesto de fĂșria e fidelidade Ă s raĂ­zes do gĂȘnero, equilibrando produção encorpada e potente com a sujeira e a crueza que o estilo pede.

A faixa-tĂ­tulo Ă© o grande destaque: veloz, contagiante e com um refrĂŁo que funciona como um chamado Ă  destruição. É o tipo de mĂșsica feita para o mosh pit, com riffs cortantes e energia que remete Ă  era de ouro do thrash. O EP alterna gravaçÔes de estĂșdio e versĂ”es ao vivo em gravadas em estĂșdio, trazendo uma atmosfera autĂȘntica que coloca o ouvinte dentro da sala de ensaio — o som real, sem filtros, sem retoques, puro e agressivo como deve ser. Faixas como "R***d Democracy", "Rotten" e "Mundo Nojento" mostram que a banda estĂĄ afiadĂ­ssima e de olho no futuro promissor que vĂȘm pela frente.

As influĂȘncias sĂŁo nĂ­tidas — Slayer, Exodus, S***m e Kreator — mas o Sacrifix imprime sua identidade, transformando o clĂĄssico em atual. O vocal de Frank Gasparotto soa furioso e sincero, enquanto guitarras afiadas e uma base rĂ­tmica precisa sustentam o massacre sonoro. As letras abordam caos, revolta e resistĂȘncia, mantendo viva a essĂȘncia rebelde e contestadora do thrash.

“Let’s Thrash” nĂŁo tenta reinventar nada — e Ă© exatamente por isso que funciona. É autĂȘntico, pesado e cheio de atitude. Um grito de guerra que mostra que o thrash brasileiro continua firme, pulsante e sem concessĂ”es. Curto, intenso e devastador, o EP consolida o Sacrifix como um dos nomes mais promissores do metal nacional e prova que o verdadeiro espĂ­rito do gĂȘnero ainda vive — suado, barulhento e indestrutĂ­vel.

Há exatos 38 anos, o Exodus lançava “Pleasures of the Flesh”, um marco decisivo na trajetória da banda e um dos capítulo...
08/10/2025

Há exatos 38 anos, o Exodus lançava “Pleasures of the Flesh”, um marco decisivo na trajetória da banda e um dos capítulos mais importantes da história do thrash metal da Bay Area. O álbum, lançado em 1987, foi o segundo da carreira e o primeiro com Steve “Zetro” Souza nos vocais, substituindo Paul Baloff após o cultuado debut “Bonded by Blood”.

A entrada de Zetro trouxe uma nova identidade Ă  sonoridade da banda — mantendo a fĂșria e a velocidade tĂ­picas do Exodus, mas com uma pegada mais tĂ©cnica e polida. Gravado no Alpha & Omega Studios, em SĂŁo Francisco, e produzido por Marc Senasac e pelos prĂłprios integrantes, o ĂĄlbum exibe uma produção mais limpa e poderosa, com as guitarras cortantes de Gary Holt e Rick Hunolt (a lendĂĄria “H-Team”) afiadas como navalhas, sustentadas pelo baixo de Rob McKillop e a bateria explosiva de Tom Hunting.

As letras exploram desde crĂ­ticas sociais atĂ© temas sombrios e violentos, caracterĂ­stica marcante do gĂȘnero. ClĂĄssicos como “Deranged”, “Parasite” e “Brain Dead” mostram o equilĂ­brio entre tĂ©cnica e brutalidade, enquanto a faixa-tĂ­tulo “Pleasures of the Flesh” entrega grooves pesados e passagens elaboradas que representam perfeitamente o espĂ­rito do disco. Curiosamente, mĂșsicas como “Brain Dead”, “Seeds of Hate” e “Pleasures of the Flesh” foram compostas ainda na fase de Baloff, com letras escritas por ele antes de deixar o grupo.

Outro detalhe curioso Ă© a capa original, que mostrava os integrantes como canibais em um banquete bizarro — arte que acabou censurada e trocada por uma versĂŁo mais discreta, mas que atĂ© hoje Ă© lembrada pelos fĂŁs como um Ă­cone da irreverĂȘncia thrash dos anos 80.

Embora “Pleasures of the Flesh” nĂŁo tenha causado o mesmo impacto imediato do debut, com o passar do tempo ganhou status de clĂĄssico subestimado, sendo reconhecido por sua maturidade e pelo equilĂ­brio entre agressividade e tĂ©cnica. Foi o passo que consolidou o Exodus como uma das forças mais criativas e consistentes do metal extremo.

Hoje, o ĂĄlbum Ă© celebrado como um registro essencial da evolução do thrash metal, um testemunho da garra, da autenticidade e da fĂșria que sempre definiram o som do Exodus.

“Against”, de 1998, Ă© um divisor de ĂĄguas na histĂłria do Sepultura. Foi o primeiro ĂĄlbum sem Max Cavalera, uma mudança q...
06/10/2025

“Against”, de 1998, Ă© um divisor de ĂĄguas na histĂłria do Sepultura. Foi o primeiro ĂĄlbum sem Max Cavalera, uma mudança que abalou profundamente a banda e seus fĂŁs. Muitos acreditavam que seria o fim, mas o Sepultura mostrou o contrĂĄrio: renasceu com garra e atitude. Derrick Green assumiu os vocais e trouxe uma nova energia, abrindo caminho para uma fase de reinvenção e resistĂȘncia.

Gravado entre o Brasil, o JapĂŁo e Londres, com produção de Howard Benson, o disco reflete exatamente o que o tĂ­tulo sugere — estar “contra” tudo e todos. É um ĂĄlbum intenso, agressivo e ao mesmo tempo experimental, mantendo o peso caracterĂ­stico da banda, mas expandindo horizontes sonoros. As percussĂ”es tribais e influĂȘncias rĂ­tmicas, herdadas de “Roots”, se misturam a novas ideias, resultando em uma sonoridade crua e global.

MĂșsicas como “Against”, “Choke” e “Boycott” trazem toda a fĂșria e a determinação de quem luta para provar seu valor. JĂĄ faixas como “Tribus”, “Common Bonds” e “Kamaitachi” — esta Ășltima com participação do grupo japonĂȘs Kodo — exploram a conexĂŁo cultural e espiritual que sempre permeou o som do Sepultura. O ĂĄlbum transborda energia, conflito e vontade de recomeçar.

A estreia de Derrick Green marcou uma nova identidade vocal para a banda. Seu timbre grave e poderoso deu vida a letras que falam sobre resistĂȘncia, uniĂŁo e superação, refletindo o momento turbulento vivido pelo grupo. Mesmo sob crĂ­ticas e comparaçÔes inevitĂĄveis, o Sepultura mostrou que sua força vinha da coletividade e da crença na prĂłpria arte.

Embora “Against” tenha sido recebido de forma dividida no final dos anos 90, o tempo provou seu valor. Hoje, Ă© reconhecido como um disco corajoso e fundamental, que registrou o renascimento do Sepultura em meio ao caos. É mais do que um simples trabalho de transição — Ă© um manifesto de sobrevivĂȘncia e autenticidade.

“Against” Ă© o som da resistĂȘncia. É o Sepultura lutando contra as expectativas, reinventando-se e mostrando que o espĂ­rito do metal brasileiro Ă© inquebrĂĄvel. Um ĂĄlbum que transformou crise em força e manteve a banda como uma das mais resilientes e inovadoras do gĂȘnero.

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SĂŁo Paulo, SP

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