02/09/2025
Domingo sempre traz consigo um silêncio diferente, quase como se tivesse sido feito para nos lembrar daquilo que falta.
É um dia em que as horas caminham mais devagar, abrindo espaço para memórias que se instalam sem pedir licença.
São lembranças de vozes que já não ouvimos, da mesa cheia que hoje repousa vazia, do riso que antes enchia a casa e agora só ecoa dentro da gente. No domingo, a ausência se torna mais nítida, quase palpável — como se o coração esperasse reencontros que não virão.
Enquanto lá fora o mundo descansa, por dentro a saudade se agita, ocupando cada canto: às vezes se transforma em lágrima silenciosa, às vezes em um sorriso triste ao lembrar de pequenos detalhes.
Para mim, domingo é esse espelho da alma: dia de sentir a falta, de revisitar lembranças, de reconhecer o vazio. Mas também é o dia em que o amor se mostra maior que a dor, porque mesmo sem presença física, ele continua vivo e insistente.
Talvez por isso domingo doa tanto. Ele não apenas lembra o que já se foi — ele revela o quanto ainda amamos.