08/06/2024
Dona Crente, ou Nilzinha, assim era carinhosamente chamada por amigos e familiares.
Essa baiana de Jequié, descendente de índios e negros, representava bem nossa gente simples deste Brasil tão diverso. Formou-se em Administração, optou por cuidar e administrar sua família, e cumpriu essa tarefa com maestria. Para mim, um exemplo de integridade, fidelidade e sinceridade.
Por volta de 1981, decidiu que queria ser "crente", e assim fez! Foi numa igreja batista do bairro onde morávamos, e, aceitou Jesus como seu único e suficiente salvador. Nesse ponto de sua vida, Mainha encontrou seu lugar, seu propósito, sua motivação.
Iniciou sua jornada com Cristo, aprendendo, errando, acertando, e desenvolvendo uma fé inabalável em Jesus. Em 1989, mudamos de bairro e ela logo providenciou um lugar para congregar, pois gostava de estar reunida para adorar a Deus. Encontrou um pequeno ponto de pregação da Igreja Cristã Maranata, liderado pelo nosso saudoso irmão e pastor Peixoto.
Nilzinha passou a ser chamada de "Dona Crente" porque queria compartilhar Jesus com todos que encontrava. Convidava e levava as crianças do prédio para os cultos. Eu, meus três irmãos, Luciana, Fábio, Tiago, Andréia, Marta, André, Luizinho, Cátia, Cíntia, Juninho... Era uma "rencarada", como ela dizia (rs), sem contar os adultos. Foi uma ferramenta para que muita gente se entregasse a Cristo.
Painho, o "Sarará" dela, era seu objetivo maior. Ela orava muito para que ele se entregasse a Cristo, e após duas décadas e meia, ele decidiu seguir esse caminho. Firmou-se, mudou de vida, venceu o alcoolismo e acabou com o sofrimento que nossa família suportou por anos. E Dona Crente enfim pôde celebrar essa grande vitória. Mudaram-se de cidade e, junto com Painho, seu novo aliado, evangelizaram dezenas de pessoas. Abriram um ponto de pregação para facilitar o acesso aos moradores do bairro. E assim seguiram, dia a dia, cuidando dessa responsabilidade que assumiram. Houve um evento chamado Grande Evangelização, onde conseguiram encher três ônibus com pessoas do bairro, resultado do carinho e respeito que conquistaram.
Viajaram muito, se divertiram do jeito simples deles.
Em 2019, ela finalmente realizava um