
29/05/2025
28/05/2025
Meia noite, sozinha no meu quarto, escuto as primeiras gotas de chuva lá fora.
Não lembro a última vez que o céu não chorou no dia em que eu nasci. E também não lembro de não ter feito a segunda voz.
As vezes de alegria, outras de melancolia, mas sempre em coro, o céu e eu.
Eu amo estar viva e imaginar nosso pranto (do céu e meu), molhando o terreno onde cultivo meus sonhos. Para que cresçam raizes mais fortes e frutos mais maduros.
Eu gosto mesmo é do sol e acho que combina mais com o meu sorriso; Mas sei que meus olhos são mais tempestade do que bonança.
No fundo, eu carrego em mim as estações do ano. Só que todas ao mesmo tempo, pra que cada um encontre em mim, aquilo que busca, ou provoca.
Eu aprendi com os anos a me soltar na ventania, sem querer parar o vento.
Eu quero da vida, o que ela quer de mim.
Quero banho de sol e de chuva.
Quero abraçar árvores e pessoas, tomar banho de mar e ser rio. E ser riso. E ser a sombra e a luz que a minha fotografia pede.
Quero seguir me emocionando com a música instrumental, sem conhecer as notas. E quero parar de querer saber tudo.
Quero aprender a descansar, mas não da vida. Em vida!
Quero sentir pra sempre o calor do amor que recebi hoje, mesmo nos dias em que o céu e eu chorarmos em coro.
Obrigada por todo o carinho que recebi.