
11/08/2025
A população em situação de vulnerabilidade social em Três Lagoas recebeu uma notícia preocupante: a suspensão temporária da entrega dos auxílios alimentação. Segundo comunicado oficial, a interrupção se deve a um processo de licitação em andamento, sem qualquer previsão para retomada das distribuições.
O problema, no entanto, vai além do trâmite burocrático. A decisão atinge diretamente famílias que dependem da cesta básica para garantir o mínimo de dignidade e alimentação no dia a dia. Em tempos de alta nos preços dos alimentos e dificuldades econômicas, o impacto dessa suspensão é imediato e doloroso.
A situação já representa o primeiro grande teste para Bacala, que assumiu interinamente a Secretaria de Assistência Social após a saída de Vera Helena. Cabe a ele, agora, administrar não apenas as questões administrativas, mas também a pressão social e política que a medida gera.
O comunicado enviado aos beneficiários — de forma impessoal e sem alternativas concretas — reforça uma sensação de descaso com quem mais precisa. Não há informações sobre ações emergenciais, tampouco propostas para amenizar o problema enquanto a licitação não é concluída. O resultado é previsível: famílias desesperadas, aumento na demanda por doações e maior pressão sobre organizações filantrópicas e igrejas.
É preciso lembrar que a Assistência Social existe justamente para garantir amparo em momentos de dificuldade. Se a entrega dos auxílios não pode ser feita, que medidas paliativas serão adotadas?
Enquanto isso, Bacala enfrenta seu primeiro desafio, e a população mais vulnerável f**a no aguardo — de comida, de sensibilidade e de ação efetiva do poder público.