
19/07/2025
Já faz tempo que venho alertando sobre a balança da Justiça — símbolo de imparcialidade e equidade — que em muitas situações pesa mais para um lado. Sei exatamente o que esse desequilíbrio provoca. Senti na pele o poder da injustiça quando enfrentei, solitariamente, a corrupção do governo Cabral no Rio de Janeiro. Hoje, os fatos são outros, os nomes mudam, mas a lógica permanece: quem julga já escolheu seu alvo.
Vivemos tempos em que a toga, que deveria proteger a verdade e a Constituição, virou manto de perseguições. Usa-se o poder da Justiça não para garantir direitos, mas para silenciar vozes, sufocar consciências e aniquilar reputações.
Quando a Justiça se transforma em instrumento de vingança política, perde sua essência. Deixa de ser um pilar da democracia e se torna engrenagem a serviço de interesses — ora para blindar aliados, ora para destruir adversários. A parcialidade travestida de legalidade é mais perigosa que o arbítrio aberto, porque engana, confunde e mina a confiança do povo na justiça verdadeira.
Pouco importam as provas. O que vale é a fala seletiva de setores aliados. Tribunais já não buscam justiça e sim narrativas. Quando a verdade incomoda, tenta-se calar quem a diz. Intimida-se, humilha-se, censura-se. Não porque mentiu, mas porque ousou falar o que não se quer ouvir.
Essa “justiça injusta” não é falha. É método. Um projeto para enfraquecer opositores, desacreditar vozes críticas, manipular a opinião pública e instaurar o medo. A Justiça que se coloca acima das leis que deveria respeitar, já não é Justiça é uma ditadura. A história não perdoa a injustiça, cedo ou mais tarde, a verdade encontra caminho, a consciência dos povos desperta, e os que usam a toga para perseguir, verão a face da verdadeira Justiça.
Muitos que hoje sofrem com o “governo da toga” silenciaram quando fui massacrado pela Justiça do Rio. Não ouviram minha voz, nem quiseram enxergar o que estava acontecendo. A dor da injustiça é pedagógica, ensina, tarde ou cedo, que ninguém está a salvo quando o arbítrio se disfarça de lei.
Que a justiça volte a ser Justiça. Que as vozes que clamam por ela não se calem.
Ontem fui eu, hoje são outros.
E amanhã, quem será?