Prosa Rural

Prosa Rural Talk show rural com entrevistas de produtores rurais, empresários e demais atores apaixonados pelo campo.

Mostra através de vídeos, notícias e podcasts o dia a dia dos entrevistados, no campo e na cidade e seu relacionamento com o meio rural.

11/11/2024

Esse segredo até a Inteligência Aritificial já sabia....



03/09/2024

Ovinocultura e o churrasquinho do fim de semana

Uma raça robusta, com animais pesados, bom rendimento de carcaça, da qual saem cortes nobres. Além dessas características de abate, as fêmeas da raça Ile de France, entram em cio durante todo o ano, podem ter 3 partos em 2 anos, com elevadas taxas de natalidade, permitindo o planejamento da produção e fornecimento de borregos para o mercado, Esses foram os pontos marcantes na conversa com o produtor Angelo Roberto Gabardo, pioneiro na introdução da raça na região, apresentados aqui no Prosa Rural nas última semanas.
Apaixonado pela ovinocultura, o produtor dá ênfase na profissionalização da produção. De um lado, a ovinocultura “amadora”, aquela para o churrasqui-nho de final de semana, pode se tornar a principal fonte de geração de renda da propriedade, ao invés do papel secundário a atividades como pecuária, agri-cultura, piscicultura, entre outras, que vem tendo até agora. Alerta que se hou-ver profissionalização da produção existe mercado que necessita de frequên-cia, quantidade e qualidade de animais para abate.
Para saber mais sobre a produção e o manejo da raça Ile de France, Gabardo se coloca à disposição dos produtores na Agroveterina Menegas.

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29/08/2024

Receita para produzir carne de cordeiro o ano todo

Essa semana continuamos a Prosa com o produtor Angelo Roberto Gabardo, sobre ovinocultura com a raça Ile de France. Ele responde questões sobre a existência de mercado para a carne de cordeiro durante o ano todo, e em co-mo a raça, por suas características, pode ajudar a suprir essa demanda. Se-gundo Gabardo, há a necessidade de se quebrar a rotina de produção de bor-regos atual, em que predominam as parições no período entre julho a agosto, concentrando o fornecimento de borregos para Natal e Ano Novo, e também um menor volume para o Carnaval.
Nesse aspecto, a raça Ile de France possui um diferencial importante. A maioria das raças de ovinos são poliéstricas estacionais, ou seja, com o perío-do de cio concentrado no período de novembro a março, um período fértil mui-to curto. Isso faz com que 70 a 80% da produção se concentre no fim de ano. A proposta com o Ile de France é fazer estações de m***a para entregar cor-deiro no período de entressafra, de junho a agosto, no qual não há borregos disponíveis para abate. A raça entra em cio durante todo o ano, possibilitando que seja feito esse planejamento de produção. O fator determinante é a ali-mentação. Desde que haja pastagem e suplementação suficiente dos animais, é possível que as fêmeas tenham 3 partos em 2 anos, com taxas de140 a 160% de cordeiros nascidos vivos, pois é frequente o parto de duplos e triplos.
https://youtu.be/qEqli-m53QA
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20/08/2024

Ile de France, o peso pesado da ovinocultura

A Prosa que vai ao ar essa semana foi com o produtor e técnico agropecuário Roberto Gabardo, que nos recebeu no dia 8 de agosto na Menegas, onde trabalha. Pioneiro na introdução da raça Ile de France na regi-ão da Cantuquiriguaçu, seu primeiro contato com a raça se deu quando era aluno do curso técnico em agropecuária no Centro de Estudos Educacionais Arlindo Ribeiro em Guarapuava. Ao fazer uma visita na cabanha Capão Bonito, pioneira da raça no Paraná, de propriedade da família Lustosa, se impressio-nou com o tamanho dos animais. Nas suas próprias palavras: “é um animal imponente, de grande porte, robusto forte e pesado” com fêmeas adultas com cerca de 90 a 100Kg, e machos adultos de 110 Kg, podendo chegar até a 160 Kg de peso vivo. Essa robustez, ressalta o produtor, foi o principal motivo que o fez se tornar criador e incentivador da raça.
O foco da produção do Ângelo está em matrizes e reprodutores, mas ressalta o excelente rendimento de carcaça que a raça possui, de cerca de 48-52% de aproveitamento no abate, permitindo também a obtenção de cortes nobres, que alcançam melhor valorização da carne no mercado.



Arroz eleitoral ?Nesta quinta-feira, 6 de junho de 2.024, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) arrematou 263 mi...
03/07/2024

Arroz eleitoral ?

Nesta quinta-feira, 6 de junho de 2.024, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) arrematou 263 mil toneladas de arroz importado, cerca de 88% do previsto no edital da licitação, a um preço médio de R$ 25 por saca de 5 kg, conforme veiculado na matéria do jornal Gazeta do Povo (disponível em: ). Segundo o Governo Federal, o ob-jetivo da compra é a formação de estoques, para evitar o aumento de preços, que já chegam na casa dos 30 a 40%. Entretanto, dados da própria CONAB, estimam que esses aumentos foram bem menores, na faixa de 7 a 13%.
Com um m***ante de cerca de R$ 7 bilhões concedidos através de três medidas provisórias, a Companhia pode colocar no mercado interno até 1 mi-lhão de toneladas de arroz. Representantes dos produtores gaúchos questio-nam a ação do Governo, afirmando que a safra colhida não foi significativa-mente afetada. Reportagem do deputado federal gaúcho Marcel van Hattem, disponível em :< https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/marcel-van-hattem/arroz-eleitoral-tia-janja-rs-lula/> menciona:
“Os arrozeiros gaúchos já haviam colhido mais de 80% de sua safra e, das mais de 7 milhões de toneladas produzidas, perdeu-se cerca de 250 mil. Um prejuízo, sem dúvida, mas incomparável com o observado em outras áreas da nossa economia.”
Pelo edital, o arroz importado chegará ao consumidor pelo preço tabela-do de R$4,00/Kg, o que seria equivalente a R$80,00/saca, segundo estimativa do professor e engenheiro agrônomo Eugênio Stefanelo em suas redes socais. Diante de um mercado já abastecido, e custos da safra estimados em R$82,00/saca, os produtores gaúchos de arroz consideram o ato como concor-rência desleal.
Ainda, o fato de que o arroz importado será embalado com plásticos com a logomarca do Governo Federal, tem causado polêmica, já sendo citado pela oposição como abuso de poder em pleno ano eleitoral. E nessa polêmica, sobra para o contribuinte arcar com o Governo Federal tendo que contentar consumidores, produtores e “Hermanos”.

Créditos imagem:
https://br.freepik.com/fotos-gratis/passarinhos-fofos-em-campos-verdes-de-arroz_16132597.htm =search&page=1&position=51&uuid=80e354d4-727b-4659-9a47-8e0d27769361″>Imagem de tawatchai07 no Freepik



Retorno à agricultura orgânicaNa semana passada falamos do êxodo urbano dos grandes centros, mo-tivado principalmente pe...
26/06/2024

Retorno à agricultura orgânica

Na semana passada falamos do êxodo urbano dos grandes centros, mo-tivado principalmente pela busca de maior qualidade de vida no campo e nos centros menores. E a pergunta do Prosa Rural foi se esse fluxo migratório pro-veria mão de obra suficiente para o retorno total à agricultura orgânica, e me-nor dependência de insumos químicos.
O censo populacional de 2.022, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que 61% dos brasileiros permanecem vi-vendo em centros urbano, ou seja, mais da metade da população conta com o meio rural para prover seus alimentos. Em recente reportagem do jornal Gaze-ta do Povo, “O retorno total à agricultura orgânica mataria de fome mais da metade da população da Terra”, disponível em:< https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-retorno-total-a-agricultura-organica-mataria-de-fome-mais-da-metade-da-populacao-da-terra/?ref=busca, o cientista político tcheco-canadense Vaclav Smil procura responder a pergunta: con-seguiríamos alimentar 8 bilhões de pessoas, mantendo a variedade de produ-tos agrícolas e animais que temos hoje em nossas dietas, sem o uso de agro-químicos e de outras tecnologias como maquinário e irrigação?
Segundo o autor, voltar à agricultura orgânica implicaria no retorno das famílias ao campo, se envolvendo com o preparo da terra e colheita, a alimentação e dessedentação de animais, o recolhimento de estrume e a distribuição deste no campo, e por fim o abate de animais para alimentação. Ainda, mesmo que houvesse essa disposição, produziríamos alimentos apenas para metade da população global, pontua Smil. Nesse aspecto, enfatiza que os avanços tecnológicos permitiram a redução do uso de mão em 98% na área agrícola entre os anos de 1.800 a 2.020 nos EUA, e que somente a área para alimentar os animais responsáveis pela tração animal tornariam impraticável esse retorno. Finaliza com dados sobre a nossa dependência de fontes nitrogênio sintético, que ainda são responsáveis pela metade da produção das safras agrícolas.



Êxodo UrbanoCrescem os convites para participar de cursos, seminários e até vivências no meio rural, buscando reaproxima...
22/05/2024

Êxodo Urbano

Crescem os convites para participar de cursos, seminários e até vivências no meio rural, buscando reaproximação com a terra e produção de alimen-tos orgânicos. O apelo é para uma vida com mais saúde, alimentos livres de agrotóxicos e menos estresse do cotidiano da cidade grande. Uma dessas chamadas, ressalta a inflamação no corpo e acúmulo invisível de agrotóxicos no organismo. E convida a participar de um curso em que você irá aprender a ter colheitas orgânicas fartas, mesmo sem nenhuma experiência anterior. Bom demais para acreditar não é?
De fato, há um movimento crescente de pessoas fazendo o caminho in-verso ao êxodo rural, que teve seu ápice nas décadas de 70 e 80. Segundo matéria do DIAP (Departamento Interssindical de Assessoria Parlmentar), enti-dade sindical que atua predominantemente no Congresso em defesa da classe trabalhadora, disponpivel em: https://www.diap.org.br/index.php/noticias/artigos/91418-o-brasil-do-exodo-urbano
, destaca que houve um fluxo migratório rumo ao campo ou centros menores de grandes capitais como Salvador, Belém, Porto Alegre, Re-cife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza, da ordem de 5 a 10% da popu-lação. Segundo apurado, dois fatores foram determinantes para esse movi-mento. Nas periferias dessas capitais, e também na maioria dos grandes cen-tros urbanos do País, o Estado já não consegue prover serviços básicos como saúde, educação, segurança e saneamento básico necessários à população.
Além disso, a pandemia da Covid-19 foi um agravante, na qual as per-das de vida e medidas de contingenciamento para evitar expansão da doença, contribuíram para que um uma parcela significativa da população preferisse fugir da aglomeração de centros urbanos e buscar maior qualidade de vida no campo e nos centros menores.
Será essa uma tendência para os próximos anos, a reaproximação do homem com o campo?





Imagem:
"https://br.freepik.com/fotos-gratis/pequeno-edificio-perto-um-do-outro-em-uma-colina_7747904.htm =search&page=1&position=1&uuid=8fb4d3ec-4f76-4268-9998-715094c80697">Imagem de wirestock no Freepik

Esforço que compensaProduzir de maneira mais eficiente e rentável, buscando sempre a melhoria contínua a cada safra e su...
30/04/2024

Esforço que compensa

Produzir de maneira mais eficiente e rentável, buscando sempre a melhoria contínua a cada safra e superando a produtividade dos anos anteriores. Esse tem sido o ideal do programa Desafio Soja 200+ da Coprossel (Cooperativa de Produtores de Sementes). Na sua 11a edição, conversamos com Saulo Machado, produtor e engenheiro agrônomo, campeão de produtividade desse ano, com a marca de 272,56 sacas por alqueire, na Fazenda Santa Rita no Porto Barreiro.
Na conversa, Saulo ressaltou que esse recorde veio de um longo trabalho, iniciado pelo seu pai, Luiz Celso Machado, que há mais de 40 anos sempre teve o cuidado de utilizar técnicas para elevar a produtividade do solo. Reflexo de um trabalho de longo prazo, que começou com a aplicação de calcário nos anos 80, esforço fundamental para a construção do perfil de fertilidade e pro-fundidade do solo. O calcareamento em doses menores, porém todos os anos, e a gessagem, são exemplos da continuidade desse trabalho de longo prazo. A reposição de nutrientes é feita de acordo com a quantidade retirada do solo a cada colheita. Além disso, são feitas análises foliares para suplementar, via adubação foliar, os nutrientes que acabam ficando indisponíveis no solo devido ao pH elevado, complementou o produtor.
Pesquisas indicam que o vigor e a taxa de germinação da semente, in-fluenciam diretamente na produtividade da lavoura. E nesse aspecto, as sementes da Coprossel entregam o resultado a campo, elogiou Machado.
O engenheiro fez questão de frisar a importância do trabalho de uma equipe dedicada e conhecedora da região, que entende a importância de se fazer bem-feito, observando a velocidade de plantio e o espaçamento. A maioria dos funcionários já faz parte do quadro de colaboradores há mais de 20 anos, com casos até em que os filhos nasceram e trabalham na própria fazenda.
Por fim, parabenizou a parceria com a cooperativa, tanto pela oferta de produtos, como de serviços, assistência técnica e agricultura de precisão, levando seus cooperados a serem destaques na agricultura regional e nacional.

Imagem: Saulo Machado, 2024


24/04/2024

Em Laranjeiras, houve aumento de 4% na área cultivada, enquanto a produção caiu 10,7%. Na Cantu, o crescimento foi de 3,73% nas plantações, seguido por uma queda de 13,47% na produtividade

Resultados da safra agrícola 2023/24O relatório do “Rally da Safra”* do dia 27/03/2024 revisou as estimativas de produçã...
17/04/2024

Resultados da safra agrícola 2023/24

O relatório do “Rally da Safra”* do dia 27/03/2024 revisou as estimativas de produção da soja para 156,5 milhões de toneladas para esta safra. Com uma área plantada estimada 46,4 milhões de hectares e produtividade média de 56,2 sacos por hectare, essa previsão representa uma quebra de 7,45% em relação à previsão de setembro de 2.023 do mesmo Rally. Segundo levanta-mento do evento, que percorreu cerca de 80 mil quilômetros e coletou mais de 1400 amostras nas principais regiões produtoras de grãos no país, o fenômeno El Niño trouxe basicamente duas situações, a escassez de chuvas no cerrado e chuvas em excesso no sul, especialmente para o estado do Rio Grande do Sul.
Mesmo com a quebra prevista, a soja representa cerca de 50% do total da safra de grãos, levando em consideração as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Diante de uma perspectiva de La Ninã para a próxima safra, onde o quadro climático tende a se inverter, com perspectiva de seca para a região sul, os técnicos tendem a recomendar o plantio de varie-dades com maior estabilidade e rusticidade, com sistema radicular mais esta-belecido e de ciclos mais longos de produção. Para testar novas variedades, a sugestão é deixar uma parcela de 15% da área total para experimentação, por 2 ou 3 safras. Ainda, é recomendado o uso de plantas de cobertura durante o inverno, mantendo o solo protegido da erosão e menos sujeito ao surgimento de plantas indesejadas, o que contribui para o fechamento das linhas de plantio mais precocemente.
Embora o corte dos custos de produção seja uma prática comum, os técnicos da região alertam que eventuais cortes aconteçam de maneira racio-nal. Citam como exemplo o uso de sementes de qualidade inferior, com taxas de germinação menores. Essa diferença nas falhas de plantio que poderão ocorrer, não conseguem ser superadas por melhores que sejam as condições da lavoura, diminuindo a produção.





Creditos da imagem
Imagem de freepik

A melhor arma é a proteção.Além das estratégias citadas nas matérias dos dias 12 e 19/03/24*, que envolvem a separação d...
09/04/2024

A melhor arma é a proteção.

Além das estratégias citadas nas matérias dos dias 12 e 19/03/24*, que envolvem a separação das despesas familiares das despesas da produção, até o planejamento de fluxo de caixa, o produtor também pode buscar estratégias para garantir o preço do produto que receberá no momento da colheita. Uma dessas estratégias é fazer uma “trava” de preços para uma certa quantidade da colheita. Ao ter pelo menos uma parte da produção com o preço de venda “travado”, o produtor consegue ter uma previsão clara do quanto irá receber, e fazer um melhor planejamento do fluxo de caixa.
Um dos mecanismos de proteção de preços mais conhecido dos produtores é o contrato oferecido pelas próprias cooperativas, no qual as mesmas garantem um determinado preço, atrelado à entrega da mercadoria em uma data acordada. Além da negociação direta com a cooperativa, existem, para as chamadas “commodities”, contratos no mercado financeiro, com o objetivo de proteger o valor do ativo que se negocia, conhecidos como “hedge”. Essa pro-teção normalmente é feita via compra e venda de contratos no mercado futuro, com vencimento para a data de entrega dos produtos.
Para alguns produtos orgânicos já há também a possibilidade de firmar contratos com garantia de compra diretamente com indústrias de beneficia-mento. Ainda, em trabalho coordenado pelo núcleo de Laranjeiras do Sul da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB) em 2.023, levantou-se signi-ficativa demanda por hortaliças e verduras junto aos mercados da região, a qual pode também se desenvolver em contratos de entrega entre produtores e o comércio local.
Diante dos desafios da própria produção e da economia, como inflação e taxa de juros, adotar alguma alternativa de proteção de preço pode evitar perdas inesperadas e colaborar para a manutenção da atividade produtiva no mé-dio e longo prazos.

Créditos imagem:

Alimentos livre de agrotóxicos e contaminantes, comida acessível para todos, ar puro, água limpa e solos produtivos. Rea...
26/03/2024

Alimentos livre de agrotóxicos e contaminantes, comida acessível para todos, ar puro, água limpa e solos produtivos. Realidade ou utopia? Para uns parece um sonho cada vez mais próximo, para outros ainda incerto. Enquanto esse mundo ideal não chega, coexistem agroecologia e agricultura convencional na realidade.

O problema começa quando nos apegamos a um ou outro ponto de vista, e o apego nos faz defender esse ponto de vista como se isso fosse a minha própria identidade. Nessa situação, quando alguém tem uma opinião diferente da minha, é como se fosse um ataque direto a mim mesmo, me causa dor. Eu interpreto essa opinião como uma crítica direta “aquele eu”, “aquele apego”. O que era uma opinião diversa da minha, me atinge diretamente. A partir disso, na maioria das vezes, a coisa vai para uma discussão, troca de palavrões e esquecemos que do outro lado tem uma pessoa que tem uma opinião válida. Reduzimos o outro a uma coisa. Direita ou esquerda, agronegócio ou agroecologia, judeu ou islâmico, e assim por diante. Reduzimos o ser humano, o simplificamos e o “coisificamos” para o adequar ao nosso apego, à nossa identidade. Ele é agora um rótulo, um seguidor de um político ou de uma religião, tem determinada origem étnica ou maneira de produzir no campo, diferente da que eu me identifico. E a compaixão pelo outro vai por água abaixo, como se tem visto com frequência em discussões acaloradas nas redes sociais, as quais muitas vezes terminam em xingamento mútuo.

Numa carta escrita por Freud a Jung, este sugeriu: “no momento, posso apenas sugerir um remédio caseiro: que cada um de nós dê mais atenção à sua própria neurose do que à do próximo”. Essa mesma colocação cabe muito bem hoje. O “agro” é feito de gente. A “agricultura familiar” é feita de gente. Esse é o grande entendimento, estar consciente que estes dois mundos, na verdade, são um só.






créditos da imagem:
Imagem de benzoix no Freepik

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