08/10/2025
Era ali na prainha de Congonhas, na beira da pista, que o céu parecia ao alcance das mãos. Sem vidros, sem barreiras — só você, o pátio, o cheiro de querosene e o ronco das aeronaves da VASP decolando baixinho.
As despedidas eram reais: mãos que se soltavam, lenços acenando, crianças no colo tentando entender por que o avião levava alguém embora. Cada voo era um drama silencioso de esperança e saudade.
Hoje, tudo é mais rápido. Mas naquela época, voar tinha alma — e a prainha era o lugar onde o coração batia junto com os motores.
✈️ A VASP não voa mais… no entanto, a emoção jamais pousou.
📷: Gianfranco Betting