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ALMA De POETA, Curitiba (2025)

28/07/2025

Canto XXVIII – O Brasil entre Raios, Relâmpagos e Trovões

Por Poeta Mbra

Introdução em prosa:

Há tempos em que o Brasil parece viver dentro de uma tempestade. Entre descargas elétricas que cortam o céu da história, brilhos momentâneos que iluminam a verdade e estrondos que ecoam as dores do povo, o país transita entre extremos — intensidade e silêncio, luz e sombra, medo e esperança.

Neste canto, os fenômenos naturais — raio, relâmpago e trovão — deixam de ser apenas meteorologia para se tornarem metáforas de uma nação em constante ebulição. O raio representa a ação abrupta, o conflito que divide. O relâmpago, a luz que revela. O trovão, a voz que repercute nas entranhas do tempo. Juntos, simbolizam os ciclos de ruptura e reinvenção pelos quais o Brasil passa.

Entre o que fere e o que revela, entre o que grita e o que silencia, seguimos.
Este é o Brasil que atravessa tempestades.

25/07/2025

Evangelho é Vida

Poeta Mbra – Projeto Vida em Versos

O Evangelho não é moldura,
nem um rito sem coração.
Não é lei fria, nem censura,
é graça viva em comunhão.

Não é moral que aprisiona,
nem religião que faz pesar.
É liberdade que emociona,
é Deus descendo pra abraçar.

É o poder que nos alcança,
a todo aquele que crer.
É luz que nasce na esperança,
é o céu vindo nos renascer.

É o encontro com o eterno,
é o choro que vira canção.
É Deus nos tirando do inferno,
pra fazer festa no coração.

É ver a cruz com outros olhos,
e se render sem resistir.
É crer no Cristo entre os escolhos,
e pela graça, prosseguir.

É amar sem ter medida,
é se dar sem condição.
É descobrir que há mais vida
quando se morre em oração.

É exultar sem ter visto,
é crer mesmo sem tocar.
É se alegrar por ver o Cristo
nas páginas de Pedro brilhar.

É adorar com toda a alma,
celebrar folha e universo.
É ouvir de Deus a voz tão calma
em cada verso submerso.

É viver pra ser enviado,
é missão em cada passo.
É cair e ser levantado,
e andar no trilho do abraço.

É Jesus, verbo encarnado,
o caminho e a salvação.
É o Pai que nos tem amado
e nos refaz em redenção.

24/07/2025

Canto XXVIII – Espelho do Brasil

De autoria: Poeta Mbra

O Brasil está de olho na sua história
No caminho de sua trajetória
De vida e memória
De lutas e glórias.

Revê o passado sem maquiagem
Busca no tempo sua coragem
Carrega no peito a paisagem
De um povo em eterna viagem.

Nas mãos, as marcas do esforço
No olhar, a dor e o remorso
Mas no passo, ainda há o reforço
Do sonho que segue no curso.

De Tiradentes ao lavrador,
Do nordestino ao professor,
De cada canto nasce um clamor:
Brasil, desperta no teu valor.

É na memória que se semeia
A esperança que não bamboleia
Mesmo quando a dor incendeia,
A justiça, o povo anseia.

Ergue-se a voz da multidão,
Contra a mentira e corrupção,
Com fé na reconstrução
E amor por essa nação.

Os livros contam e registram
As faces que nunca desistem
As páginas, que ainda insistem
Na verdade que os séculos gritam.

Brasil, és espelho e reflexão
Do suor de cada cidadão
Que sonha em ver essa nação
Fincada sobre o chão do coração.

Que tua história seja ponte,
Não muralha, nem horizonte,
Mas um rio de monte a monte
Com liberdade em cada fronte.

E nesse olhar sobre o passado
Há um povo abençoado
Que mesmo ferido e cansado
Segue firme, iluminado.

23/07/2025

Poeta Mbra. 2025

16/07/2025

CANTO DA RESPONSABILIDADE

O Brasil não é um partido,
nem trincheira ideológica,
é nação de povo unido,
com memória histórica.
Mas há quem brinque com fogo,
vestindo farsa e prestígio,
deixando a Pátria no jogo
de um palanque sem litígio.

A diplomacia é bandeira,
não se usa pra revanche,
mas rasgaram a fronteira
com discurso que deslanche.
Vem a conta que castiga,
nas exportações travadas,
e o futuro se fadiga
nas promessas mal lançadas.

Produtor vê o declínio,
o investidor já recua,
e a esperança do domínio
perde força e continua.
Quem planta sente o prejuízo
da colheita em contramão,
quem sonha já vê o aviso:
vai ruir essa ilusão.

Falam em povo e justiça,
mas vendem a liberdade,
por um cargo, uma notícia,
ou por falsa autoridade.
O Brasil não é palanque,
nem pertence a um só discurso,
é o suor que enche o tanque
de quem constrói o percurso.

Sanções batem na janela,
o comércio sente o peso,
e o país, de sentinela,
vê o mundo andar avesso.
O que era ponte virou
muro erguido pela fala,
quem nos respeitava, olhou,
e agora vira a cara.

É preciso ter coragem
pra dizer com lealdade:
não se usa a governagem
pra servir à vaidade.
Interesse nacional
não se dobra à conveniência,
e o que parece moral
tem às vezes consequência.

Ninguém votou em bandeira
de partido, de seita ou cor.
A Nação é verdadeira
quando o povo tem valor.
Não se br**ca de nação
com doutrina ou narrativa,
o Brasil é construção
que precisa alma viva.

É hora de levantar
a voz firme da razão.
É hora de retomar
a esperança do chão.
Não há tempo pra mentira,
nem pra palco de egoísmo,
é da verdade que gira
o eixo do patriotismo.

Reage, povo brasileiro,
que a pátria está em tuas mãos,
não é tempo de parceiro
com promessas de vãos planos.
A coragem é nossa herança,
a justiça é o nosso norte,
e onde mora a esperança
não se dobra à própria sorte.

Agora vai, Brasil querido,
com verdade no caminho,
com teu povo destemido
a plantar novo destino.
Se o tempo é de desafio,
mais razão pra ir além,
pois o amor que tens por ti,
faz-te forte, faz-te bem.

15/07/2025

Vida a Dois: Um Acerto de Cada Vez
Poeta Mbra

Um abismo chama outro abismo,
diz o antigo salmo profundo.
Mas há também um outro ritmo:
um acerto pode mudar o mundo.

Basta um gesto, uma decisão,
pra virar o rumo da estrada.
A luz penetra a escuridão
quando a alma está acordada.

Na vida a dois, tudo é semente:
plantamos o bem ou a mágoa.
Mas se o amor for persistente,
até o deserto vira água.

Uma palavra dita com calma
vale mais que mil certezas.
É o cuidado que salva a alma
nos dias frios da incerteza.

Quando um cede, o outro aprende.
Quando um perdoa, o lar renasce.
A paz não grita, ela se estende
com o toque leve de quem abraça.

Não espere o clima perfeito,
nem o outro dar o primeiro passo.
O acerto é o amor em seu leito,
brotando no meio do cansaço.

Erros se somam, é verdade,
mas acertos também se multiplicam.
Há casais que, com sinceridade,
transformam dores que não se explicam.

A decisão de fazer o certo
abre caminhos antes fechados.
O coração se torna mais perto
do que os olhos tinham negado.

Não é milagre, nem ilusão,
é só o bem chamando o bem.
É reconciliação em construção,
é recomeçar por mais que doa também.

Por isso, escolha agora com firmeza:
um gesto simples, mas inteiro.
Na vida a dois, a maior beleza
é acertar por amor verdadeiro. ❤️

09/07/2025

Canto XXVIII – O Canto da Miscigenação

Poeta Mbra

Nasceu do encontro entre mundos distantes,
Um povo diverso, de sangue cruzado,
Entre os ancestrais guerreiros gigantes
E os navegadores de olhar encantado.

No chão das aldeias, o branco chegou,
Trazendo consigo ambição e conquista,
A índia chorou, mas também se entregou
Ao sonho confuso da terra mestiça.

Depois, da África veio a canção,
Na dor das correntes, na pele marcada,
Misturou-se à fé, ao ritmo, ao chão,
E nasceu no Brasil a alma encantada.

Na senzala, no engenho, no mangue, no cais,
Se entrelaçaram destinos e tons,
Mistura de amores, paixões e ais,
Gerando os caboclos, mulatos e sons.

O mulato dançou com a força do sampa,
O mameluco caçou com o arco ancestral,
O cafuzo cantou o batuque da ginga
E o Brasil se formou — real e surreal.

Nem puro, nem único, mas feito de tudo,
Um caldeirão vivo de cor e calor,
De fala que mistura o grave e o agudo,
De pele que brilha com traços de amor.

O preconceito tentou rotular,
Criou mil nomes, tentou separar,
Mas a vida insiste em misturar
E faz do improvável o jeito de amar.

E mesmo que a história tenha cicatrizes,
E que a mistura tenha vindo com dor,
Dessa junção nasceram matizes
Que hoje dão ao Brasil o seu valor.

O Brasil é a casa da diversidade,
Não há um rosto só, uma só raiz,
É mistura, é luta, é multiplicidade —
Ser mestiço é também ser feliz.

Que viva o encontro, o toque, o abraço,
De quem veio de longe, mas aqui ficou.
Na alma miscigenada do espaço,
O Brasil verdadeiro se revelou.

02/07/2025

Canto XXVIII – Brasil: Entre o que Foi e o que Será

Poeta Mbra

Um Brasil guarda os segredos do passado.
O outro está reescrevendo a história.
De nossa memória,
Em nossa trajetória...

Um Brasil se encontra nos retratos em preto e branco,
Outro se pinta em telas digitais.
Um vive em cantos esquecidos,
Outro nas rotas centrais.

Há um que geme nos arquivos,
Nos porões da ditadura calada.
E há outro que dança nas manchetes,
Como se a alma fosse alardeada.

Entre ruínas e reconstruções,
Do barro às avenidas,
Há um Brasil que se lembra das dores,
E outro que maquia as feridas.

Um sussurra lamentos antigos
Sob as palmeiras imperiais.
O outro canta progresso
Sem olhar para os ancestrais.

Um Brasil vive no silêncio das mães
Que perderam seus filhos à bala.
Outro vive nos discursos
Onde a justiça se cala.

Nas favelas, um Brasil reza.
Nos palácios, outro decreta.
Um vive o evangelho da esperança,
Outro negocia promessas na gaveta.

Um constrói pontes com poesia,
Outro desfaz com ambição.
Um levanta a voz dos pequenos,
Outro defende o patrão.

Mas no meio do abismo entre eles,
Há um povo que insiste em amar.
Gente que sonha com verdades,
E não se cansa de lutar.

Brasil, entre o que foi e o que será,
Te escrevemos com suor e fé.
Um dia, quem sabe, serás inteiro —
E não apenas metade do que é.

02/07/2025

Frio na Alma da Cidade
Poeta Mbra

1.

Curitiba desperta envolta em neblina,
O vento sussurra canções de inverno.
A cidade caminha, mas se inclina
Ao frio cortante, gélido e eterno.

2.

Os termômetros dizem cinco e pouquinho,
Mas a pele traduz dois graus de agonia.
Cada sopro do vento é um espinho
Que fere o rosto ao nascer do dia.

3.

As árvores tremem sem folhas no peito,
Os carros esquentam seus corações.
A praça silencia, em branco leito,
Coberta de brumas e orações.

4.

Casacos se tornam segunda pele,
Luvas apertadas viram abrigo.
Nos olhos, o v***r que se revele
É poema escondido e antigo.

5.

O sol tenta romper com timidez
A cortina espessa da madrugada.
Mas Curitiba, em sua rigidez,
Ainda é sombra congelada.

6.

Crianças com gorros e passos lentos,
Velhos com mantas de lã no olhar,
Todos carregam nos movimentos
Um jeito mais lento de caminhar.

7.

As calçadas pedem um pouco de sol,
Os cafés fervilham de esperança.
Entre um gole quente e o arrebol,
Brota no frio uma lembrança.

8.

A cidade, fria, mas tão humana,
Abraça o silêncio com dignidade.
E cada manhã que o gelo emana
Traz sua forma de eternidade.

9.

O frio é mais que um termômetro baixo,
É poesia vestida de névoa.
É o tempo que para em um riacho
De geada sobre a relva leoa.

10.

E assim Curitiba, bela e modesta,
Ensina à alma sua resposta honesta:
Há um coração que manifesta
No tempo que resta.

25/06/2025

O Brasil Precisa de um Mufasa
Por Poeta Mbra

O Brasil precisa de um Mufasa,
um rei que veja além do trono,
que governe com alma e asa,
sem se embriagar do próprio dono.

Precisa de um rugido firme,
não de gritos vazios na praça,
de quem saiba onde o povo dorme
e onde a justiça escassa.

Precisa de alguém que ensine,
como se cuida da própria terra,
não que nos venda ao desatino
de uma promessa feita em guerra.

O Brasil clama por coragem,
por voz que ecoe sobre a mata,
que não tema a tempestade
nem fuja quando o medo late.

Queremos o peso do exemplo,
não a vaidade de discursos.
Queremos honra como templo,
e líderes com olhos justos.

O Brasil precisa de um guia,
que saiba ouvir, saber calar,
e quando falar — que seja dia
nas sombras do nosso caminhar.

Um Mufasa que não negocie
a vida por ouro de ocasião,
mas que com firmeza sacrifique
o próprio nome pela nação.

Que ensine ao filho seu legado,
não pela força, mas por amor,
e mesmo após ser silenciado,
seja semente e seja flor.

O Brasil precisa de um Mufasa,
que desperte Simba adormecido,
que faça do medo uma asa
e do povo um rugido unido.

ALMA De POETA

28/07/2025

25/07/2025

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23/07/2025

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