
24/10/2024
Um microfone, uma rua e um tanto de histórias pra contar!
Link do primeiro episódio: https://www.youtube.com/watch?v=BiW0U23K3Io&list=PL6SZ8LlWNZNkBPfHvXfKDS48Z_ZHB4GPu&index=2&t=2s
Quem diria que em Varginha – sim, aquela do ET! – um podcast ia tomar as ruas? O Fala Meu Povo é o tipo de projeto que, se fosse um vento, ia soprar sem rumo, esbarrando em gente na calçada e misturando conversas perdidas pelo caminho. Trocamos a frieza do estúdio pelo calor humano das ruas, das veias pulsantes de nossas cidades. Aqui, não há roteiros ou silêncio controlado – há movimento, gente, risada no meio do papo e histórias que brotam espontâneas, no ritmo da vida real.
Por que eu fiz isso? Depois de 15 anos como repórter, metido em todo tipo de pauta e cercado de câmeras, percebi que as melhores histórias não acontecem sob holofotes. Elas moram ali, na esquina, no intervalo do trabalho, enquanto a dona do salão dá risada e o padeiro conta que acordou às quatro da madruga – de novo.
Foi por isso que eu larguei o estúdio e fui pra rua, com um microfone na mão e o coração aberto. Queria ouvir histórias de gente como a gente – do seu Mário, que faz a pipoca na praça, da Maria que vende sapato no centro, e daquela pessoa que tá pegando o ônibus cedo, a caminho do trabalho. É esse tipo de conversa que importa. E se na Avenida Paulista, em SP, já tem podcast rolando na calçada, por que não trazer a ideia pra terra do ET? Aqui em Varginha, com nosso sotaque e aquele jeito mineiro de esticar a prosa, tudo ganha um tempero especial.
Dividimos o podcast em dois blocos. No primeiro, chamado “Ilustre Desconhecido”, a gente dá espaço para quem tem muito a dizer, mas quase nunca encontra espaço na mídia. Já no segundo bloco, trazemos um nome mais conhecido, como foi no episódio de estreia, onde conversamos com Leonardo Ciacci, prefeito eleito de Varginha com quase 80% dos votos.
O legal é que o podcast não tem lugar fixo.
Pode ser na rua, claro – mas também num restaurante, num boteco, no salão de beleza ou até na Câmara Municipal. O céu não é o limite. A ideia é ir até o entrevistado, conhecer o espaço dele de dentro, mostrar para quem tá do lado de fora e dar voz a histórias que muitas vezes passam despercebidas.
E sabe o que é mais legal? Ver as histórias se desenrolando sem roteiro, sem pauta fechada, só o papo indo de um lado pro outro, igual conversa boa de boteco. Esse é o ponto: Fala Meu Povo não é sobre fazer entrevista. É sobre escutar. E, no meio do caminho, rir, emocionar e descobrir que todo mundo tem algo a ensinar.
Sair do estúdio foi como largar a gravata apertada depois de um longo dia. É respirar fundo e lembrar por que escolhi contar histórias. Não tem glamour, não tem cenário chique. Mas tem verdade. E, no fim das contas, é isso que faz a vida valer a pena: a gente se conectar. Porque a vida, meu amigo, acontece é na rua.
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