
17/05/2025
O Amor de Deus muda a nossa perspectiva sobre amar e fazer justiça
Você considera alguém obediente a Deus ? Mas você já se questionou até onde você seria capaz de obedecer a Deus ? Imagine a seguinte situação ! Se você fosse ter um filho, e Deus aparecesse para você pedindo que pusesse nele o nome da pessoa que você mais odeia, a pessoa que mais te feriu em toda sua vida, o nome cujo apenas o ato de lembrar ou a simples menção lhe causa dor e revolta, você ainda assim obedeceria a Deus ? Vou propor aqui duas opções que você poderia responder a ordem que Deus lhe fez.
A) Você daria desculpas a Deus ? Tentaria convencer Deus de que desta vez talvez Ele estivesse errado. Dizendo esse nome não, Senhor ! Além de ser o nome de alguém que eu odeio, é muito feio ! ( Além de que você não gostaria de ter um filho que lembrasse o nome de alguém que você não ama ) Se eu puser esse nome vão fazer chacota com ele ! Bem, sinto muito lhe dizer, talvez você não seja tão obediente a Deus quanto você imagina !
B )Ou, pode ser que você talvez, depois de muito relutar, mesmo a contra-gosto, você decida obedecer a Deus, afinal, Ele é Deus, e você, um simples servo, e depois de refletir muito, talvez você aceite, porque chegou à conclusão que uma coisa é quem te feriu, outra coisa é aquele ser ainda inocente que está sendo gerado no ventre. E que talvez essa seja a chance de você provar que o seu filho apesar de ter o mesmo nome da pessoa que você odeia, será totalmente diferente dela porque você criará ela para que se torne totalmente o oposto de fulano que te prejudicou. Então, ao seu filho nascer, obediente a Deus que você é, por fim, você coloca no seu filho exatamente o nome de fulano que você odeia. E passa a amar o seu filho.
Reflexão
Bem, se sua resposta foi a letra A, a de não obedecer, baseado na desculpa de que o nome de fulano é muito feio, e que você não queria que seu filho fosse motivo de chacota na escola e entre os colegas e os amiguinhos dele. Podemos concluir que essa obediência é baseada e limitada pela preocupação da nossa reputação diante dos homens ? Você não quer um filho que lhe cause vergonha ? Pensamos amar a Deus, mas apenas até onde a nossa reputação não seja posta em cheque diante dos homens. Na verdade nos preocupamos mais em buscar a honra dos homens do que honrar a Deus. E Jesus confrontou os líderes judeus por causa dessa atitude:
“Não é de admirar que não possam crer, pois vocês honram uns aos outros, mas não se importam com a honra que vem do único Deus!”
João 5:44 NVT
https://bible.com/bible/1930/jhn.5.44.NVT
Mas se você optou pela resposta B, agora imagine seguinte situação. O tempo passa, seu filho nasce, e vai crescendo até se tornar um adolescente, você fez de tudo para que seu filho, apesar de ter o mesmo nome, crescesse e se tornasse exatamente o oposto de fulano que você odeia. Você educou bem, ensinou os valores e princípios da Palavra de Deus, e fez de tudo para que ele crescesse no caminho do Senhor. Mas, de repente, você percebe que mesmo assim seu filho começa a apresentar exatamente os mesmos defeitos da pessoa que te feriu e que ainda você nutre ódio por ela. Na verdade, chega quase a parecer que o espírito do fulano encarnou e tomou conta dela. Sua primeira reação é orar e pedir a Deus que isso não se torne verdade. Mas, enfim, parece que Deus não atendeu suas orações.
Se isso acontecesse, você desistiria de amar o seu filho ? Você projetaria e despejaria o seu ódio acumulado por fulano que te feriu em seu próprio filho ? Ou, por ser o seu filho continuaria amando-o e insistindo mesmo que você perceba que seus esforços estão sendo inúteis ? Afinal, ele foi gerado no seu ventre, é sangue do seu sangue. Mas e se ele viesse a se tornar uma cópia exata de fulano em palavras e atitudes ? Você ainda o amaria até o fim ?
Até que um dia, por fim, o pior acontece, o seu filho comete o mesmo erro que cometeram com você contra outra pessoa. Você vê o filme daquilo que fizeram contra você se repetir, mas dessa vez é o seu filho que cometeu esse erro. E essa pessoa f**a muito enfurecida contra seu filho, tão enfurecida quanto você ficou quando fulano te feriu daquela vez. E ela está convencida a fazer seu filho pagar cada centavo por aquilo que ela fez contra ela. Ela está exatamente com o mesmo sentimento que você sentiu contra fulano, o sentimento de ter sua justiça satisfeita, mas agora o alvo é o seu filho, assim como você, ela está disposta a fazer seu filho sentir na pele o mal que ele causou a ela. Assim como um dia você também quis que fulano sentisse a dor que ele causou em você. Mas agora as coisas inverteram, o alvo não é quem você odeia, mas o filho que você ama. E aquilo que você chamava de justiça você agora considera como vingança. E por amar o seu filho você o protege. Percebe o meu ponto ? O pecado cometido é o mesmo. Mas agora, os pesos e as medidas mudaram, mas por quê motivo ? Porque é próprio da natureza do amor proteger quem amamos. Ainda que essa pessoa tenha errado muito gravemente, e se essa pessoa tem um vínculo familiar afetivo muito forte conosco, nossa primeira reação será sair em defesa dela. O que diferencia agora é o que está envolvido na relação que você nutre por essa pessoa. O Amor. Deus sabe que você odiou o erro que seu filho cometeu, mas ainda assim você ainda não acha justo fulano querer se vingar do seu filho. Por isso você sai em sua defesa, disposto a lutar com unhas e dentes contra qualquer um que levantar contra seu filho amado. Nessa hora me vem a memória a frase de Blaise Pascal “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. Sim, o amor nos faz agir de maneira incoerente muitas vezes porque as lentes do coração ( ou do amor ) nos faz enxergar a mesma situação de modo diferente quando há amor envolvido. Por isso da perspectiva das lentes do amor, você passa a chamar de injustiça aquilo que um dia você chamou de justiça. A pessoa que não ama seu filho, por não amá-lo, sem as lentes do amor, enxerga o seu filho exatamente como você enxerga quem você odeia. Há apenas ódio incontido e crescente. Mas como pai (ou mãe) você se levanta para defender sua cria. E sem perceber, você passa a lutar contra uma pessoa que é a exata versão de si mesmo do passado. Você passa a lutar contra alguém que acredita estar certa exatamente assim como você um dia você acreditava estar certa. Você de repente se dá conta que está lutando contra alguém que, assim como você, busca com o mesmo empenho aquilo que você um dia tanto buscou, ter a sua justiça satisfeita. Em outras palavras, retribuir o mal feito contra ela, exatamente como um dia você também quis retribuir o mal que te fizeram. Mas, agora, a sua versão do passado se tornou seu inimigo. E você sem perceber, está lutando a favor para defender alguém que é uma outra versão do seu inimigo. Sim, não existe nada que nos torne mais incoerentes do que o sentimento do Amor. E não existe prova de Amor mais incoerente do que a Cruz de Cristo. Mas é um Amor incoerente inverso a incoerência do nosso amor.
Sim, é por isso que o apóstolo Paulo, chamou de Loucura, a Cruz de Cristo. Ou melhor, a Sua Mensagem. A Mensagem de que Deus foi capaz de entregar o Seu Único Filho nas mãos de homens cruéis, que eram Seus inimigos, e que era completamente Inocente, e deixar que fosse condenado sem jamais mesmo ter cometido injustiça alguma, para que através dessa injustiça, injustos fossem tornados justos diante Dele. Enquanto por amor somos capazes de defender até a morte ou até matar alguém que tente fazer mal contra o nosso filho, mesmo que ele de fato tenha cometido um erro e que mereça a condenação. Deus, em Seu Amor, totalmente incoerente ao amor humano, fez o oposto. Ele entregou o Seu Filho, sem mancha e sem culpa alguma, e como Pai, mesmo tendo o direito de lutar pelo Seu Filho, tendo o Poder para livra-Lo, e até matar Seus inimigos, (seria um modo mais simples de satisfazer Sua Justiça, não é!?) não usurpou deles. Ele preferiu entrega-Lo, (não sem consentimento do Seu próprio Filho, ao contrário, Seu próprio Filho, junto com o Pai, e o Espírito Santo já haviam planejado isso antes da criação do mundo ) na Cruz, não apenas para que ali a Sua Justiça fosse satisfeita, e o pecado condenado, mas também para mostrar ao mundo o Seu Amor para aqueles que haviam pecado contra Ele, e assim fossem declarados justos e recebessem a Vida Eterna. E de que de inimigos, se tornassem Seus filhos. Foi isso que Deus fez por nós, Deus Pai enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar. O Pai pôs sobre o Filho os nossos pecados, e o nome de todos pecadores odiados por Ele por causa dos seus pecados, no momento da sua crucif**ação, para que assim fossem punidos em Seu Filho, e após Sua Ressurreição, pôs sobre os que O receberam O Nome de Seu Filho Amado. Se somos chamados de justos no Céu, não é por nosso próprio nome, pois há somente um único verdadeiramente Justo, Jesus Cristo, por isso quando Deus nos chama de justos, na verdade Ele nos chama pelo Nome de Seu Fiho. Por isso não faz sentido responder a letra A. Porque não somos dignos de carregar O Nome sobre todo nome. Os anjos lá do Céu devem olhar para nós espantados e admirados porque nem a eles foi concedido tamanha honra. E talvez eles até fossem mais dignos do que nós. Eles até teriam o direito de fazer chacota com nós, homens, por sermos meras criaturas, e eles serem superiores a nós, mas não o fazem, porque além de portadores da Imagem do nosso Criador, também carregamos O Nome que está acima de todos. A honra foi nossa de recebermos O Nome Daquele de quem éramos inimigos. Aquele contra qual ofendemos a Sua Santidade e Majestade. Aquele que desde o princípio nos amou. Aquele que apesar de Ser Deus, não usurpou deste fato, e veio em forma humana para morrer e salvar homens que desde o início tudo que fizeram foi tentar usurpar do lugar de Deus sobre outros homens. É um Amor incoerente que denuncia a incoerência do nosso amor que escolhe a quem amar apenas por afinidade ou conveniência. Esse Amor que se encarnou e que desceu dos Céu para uma Cruz para se derramar ao mundo, esse Amor nos amou e foi demonstrado quando não O amávamos, esse Amor nunca conseguiu encontrar em nós nenhuma afinidade, nem mesmo nos Amou por conveniência por algo pudéssemos oferecer a Ele. Mas esse é o Único Amor que reinará e permanecerá eternamente. O Único Amor capaz de nos Salvar. O Único Amor que jamais muda pois é Perfeito. O Único Amor que jamais pratica a injustiça julgando de forma parcial, nem jamais faz uso de dois pesos e duas medidas como nós. O Único Amor capaz de se compadecer tanto do opressor quanto do oprimido. Levando liberdade ao oprimido e oferecendo perdão ao opressor. Pois diante Dele somos todos pecadores que carecem da Glória de Deus. Esse Amor é o Único capaz de conhecer o nosso pior, falhas de caráter, fraquezas morais, incongruências, e ainda assim permanecer conosco e extrair de tudo isso o nosso melhor para Sua própria Glória. Todos nós necessitamos da Sua Misericórdia, pois sem ela não somos capazes nem de acordar, todos nós precisamos ser Restaurados por Sua Graça Maravilhosa. Todos nós por estarmos mortos em nossos pecados precisamos de que Seu Espírito Santo nos dê A Vida. Todos nós precisamos conhecer a Verdade que nos Liberta da escravidão do pecado desse mundo. Todos nós precisamos de um Deus que mude o nosso nome que foi dado pelos homens para um Nome somente Ele pode dar e que só Ele nos conhece. Esse Deus veio até nós. Em forma humana. Em Graça e em Verdade. E em Amor e Justiça que em uma Cruz, ali se beijaram. Esse Amor veio na forma de Jesus, o Filho de Deus. Que morreu em nosso lugar. E pelo Seu Sacrifício fomos perdoados e pela Sua Ressurreição temos a garantia da Paz e da Vida Eterna. Amor, Verdade, Paz, e Justiça tudo isso se manifestou em uma Cruz. E está disponível a todos que se arrependem de seus pecados e crêem em Jesus, como seu Senhor e Salvador !!!
“O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram.”
Salmos 85:10 NVT
https://bible.com/bible/1930/psa.85.10.NV
O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram.