23/11/2023
Segunda Tópica Freudiana: Desvendando o Modelo Estrutural do Aparelho Psíquico
Sigmund Freud, o pioneiro da psicanálise, revolucionou a compreensão do aparelho psíquico em 1920, complementando o "modelo topográfico" com o "modelo estrutural." Insatisfeito com as limitações do primeiro, especialmente na explicação de fenômenos clínicos, Freud estabeleceu, através de sua obra "Além do Princípio do Prazer" (1920), as bases do modelo estrutural ou dinâmico, um divisor de águas na compreensão da psique humana.
🟠 O que Freud quer dizer com "Estrutura"?
Ao introduzir o termo "estrutura," Freud propôs uma visão do aparelho psíquico como um conjunto de elementos interligados, cada um desempenhando funções específicas e influenciando-se mutuamente de maneira indissociável. Este modelo dinâmico, em contraste com a passividade sugerida pelo modelo topográfico, fundamenta-se na interação constante entre três instâncias principais: o id, o ego e o superego.
🟠 O Id: Pulsões e Princípio do Prazer
O id, instância psíquica que coincide virtualmente com o inconsciente, é o polo psicobiológico da personalidade. Constituído fundamentalmente pelas pulsões, representa a parte instintual da mente. Sua função econômica consiste em ser simultaneamente um reservatório e uma fonte de energia psíquica, regido pelo princípio do prazer, buscando a satisfação imediata das pulsões sem considerar a realidade externa.
🟠 O Ego: Mediador e Sede de Funções Conscientes e Inconscientes
O ego, desenvolvido a partir do id para Freud, atua como um mediador entre este e o superego. Dentre as funções do ego, podemos citar as conscientes, como a percepção, pensamento, memória, atenção, antecipação, discriminação, julgamento crítico, ação motora e as inconscientes, como a produção de angústias, mecanismos de defesa, fenômenos de identificação e formação de símbolos. Além disso, o ego é a sede de representações que moldam a imagem do sujeito e estruturam seu sentimento de identidade e autoestima.
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