06/07/2025
QUANDO A ESCOLA UNE E O TEMPO SEPARA
Dax e Ana se conheceram na Escola Secundária Cristiano Paulo Taimo. Eram vizinhos de sala e, no começo, o amor entre eles era forte, cheio de sonhos e esperança. Já estavam juntos há mais de quatro anos, mas com o passar do tempo, as dificuldades começaram a pesar.
Dax estava cada vez mais focado nos seus sonhos. Estudava e trabalhava duro para garantir a vida que sempre imaginaram juntos. Mas isso tirou o tempo que costumavam passar juntos, e Ana começou a sentir-se sozinha e insegura.
💬 — Dax, a gente não conversa mais, você mal me liga. Eu sinto que você não está mais aqui para mim. Eu começo a achar que você tem outra — Ana falou, com a voz carregada de mágoa.
Dax respirou fundo, tentando explicar sem perder a calma:
💬 — Ana, eu sei que está difícil, mas eu estou a fazer isso por nós. Eu quero construir a vida que sempre sonhámos. Não é que eu não queira estar contigo, é que o tempo não tem sido meu amigo.
Ana chorou, sentindo a distância entre eles crescer.
💬 — Mas eu preciso de você aqui, Dax. Não só com palavras, mas com presença. Você está sempre longe, e eu me sinto abandonada. Eu pensei... pensei que talvez você já não me amasse mais.
Dax tentou se aproximar, mas Ana se afastou.
💬 — Eu... eu me senti tão só que acabei traindo você. Eu sei que errei, mas não aguentava mais essa solidão — ela confessou, a voz tremendo.
Dax ficou em silêncio por um momento, a dor estampada no rosto.
💬 — Ana, eu tentei de tudo para segurar o nosso amor. Mas você também me magoou. Eu não sei mais o que fazer. Talvez seja melhor terminarmos antes que a gente se destrua de vez.
Ana olhou para ele, olhos cheios de raiva e tristeza.
💬 — Se é isso que você quer, então faz. Mas saiba que eu também estou sofrendo.
Os dois sabiam que aquela decisão era inevitável. Sem gritos, sem cenas, só um silêncio pesado que doía mais do que qualquer palavra.
Quatro meses se passaram desde que terminaram, mas a dor não diminuiu. Dax sentia o vazio da ausência dela em tudo que fazia, e Ana carregava o arrependimento e a solidão em cada momento.
Nenhum dos dois conseguia esquecer o que tinham vivido — o amor, a traição, as brigas, e o sonho que se perdeu no caminho.
Era um amor em chamas, que queimou e deixou só cinzas.
Depois daqueles quatro meses difíceis, Dax tentou seguir a sua vida. Dedicou-se ainda mais aos estudos e ao trabalho, acreditando que o tempo e o esforço iam curar as feridas. Mas, nas horas mais silenciosas, a imagem de Ana invadia seus pensamentos, e a solidão apertava o peito.
Às vezes, ele pegava o telemóvel para ligar, mas a dúvida e o orgulho o impediam. Sentia falta das conversas, do sorriso dela, dos planos que fizeram juntos, mas sabia que, para agora, o melhor era respeitar o espaço e o tempo.
Ana também tentava seguir em frente, rodeada pelos amigos que a apoiavam, mas por dentro ela sofria em silêncio. A culpa pela traição e o vazio deixado pela ausência de Dax eram companhias constantes. Ela se perguntava se as coisas poderiam ter sido diferentes, se tivesse sido mais paciente ou falado abertamente, sem guardar o medo.
Os dias passavam, e o sentimento de perda era uma sombra que os acompanhava. Em algumas noites, Ana olhava para o céu, desejando que as estrelas levassem suas lágrimas para longe. Dax, por sua vez, encontrava no silêncio do quarto o espaço para pensar em tudo que perdera.
Apesar da distância e do tempo, um pedaço daquele amor insistia em viver dentro deles, trazendo dor, mas também a esperança — uma esperança tímida, que talvez, um dia, pudesse transformar a tristeza em aprendizado, e a despedida em um novo começo.
RESUMO DO MEU