10/01/2025
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MOÇAMBIQUE SOB ALERTA: SEGUNDO CICLONE TROPICAL EM MENOS DE UM MÊS AMEAÇA A REGIÃO
10 de janeiro de 2025, O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de Moçambique informou nesta sexta-feira que está a monitorar atentamente o progresso da tempestade tropical denominada Dikeledi, que se prevê entrar no Canal de Moçambique no próximo domingo, representando o segundo fenómeno ciclónico a atingir a região num intervalo de apenas um mês.
Inicialmente categorizado como uma depressão tropical formada a nordeste de Madagáscar, o sistema evoluiu rapidamente para uma tempestade tropical e, segundo projeções meteorológicas, poderá alcançar o estatuto de ciclone tropical já no sábado, 11 de janeiro de 2025.
“As actuais projecções indicam que este sistema meteorológico tem potencial para atingir o estágio de ciclone tropical no dia 11 de janeiro de 2025, próximo à costa leste de Madagáscar. O ciclone poderá entrar no Canal de Moçambique no dia 12 de janeiro”, destaca o comunicado oficial emitido pelo INAM.
Embora ainda não haja risco iminente para o território continental ou para a costa de Moçambique, as autoridades meteorológicas permanecem em alerta máximo e reforçam a necessidade de acompanhar a evolução do fenómeno.
O anúncio do acompanhamento do ciclone Dikeledi surge pouco tempo após os impactos devastadores causados pelo ciclone tropical intenso Chido, de categoria 3, que atingiu a região norte de Moçambique na madrugada de 14 de dezembro de 2024.
O ciclone Chido, após alcançar terra firme, perdeu força e foi reclassificado como tempestade tropical severa. No entanto, os efeitos devastadores prolongaram-se por vários dias, com chuvas torrenciais que ultrapassaram os 250 mm em 24 horas, acompanhadas de ventos intensos e trovoadas, castigando principalmente as províncias do norte do país.
Segundo dados do Centro Nacional Operativo de Emergência, o ciclone resultou na morte de pelo menos 120 pessoas e feriu 868, além de afectar directamente cerca de 687.630 pessoas, correspondendo a 138.037 famílias.
As províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Tete e Sofala foram as mais atingidas. Cabo Delgado registou o maior número de vítimas fatais, com 110 mortes, seguido de Nampula (7 óbitos) e Niassa (3 óbitos).
Fonte: Kelven Mídia