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CÂNCER DO ESÓFAGO CRESCE EM MOÇAMBIQUE E JÁ É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTEO pesquisador Matchecane Cossa, especial...
04/10/2025

CÂNCER DO ESÓFAGO CRESCE EM MOÇAMBIQUE E JÁ É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE

O pesquisador Matchecane Cossa, especialista em cirurgia Torácica, revelou que o câncer constitui a segunda principal causa de morte em Moçambique, superando várias doenças infecciosas.

De acordo com os dados apresentados, os casos de câncer no país duplicaram entre 1991 e 2007, com destaque para o câncer do esófago, que representa 7,9 por cento dos diagnósticos e é o terceiro mais frequente no Hospital Central de Maputo.

Estima-se que, semanalmente, o hospital receba pelo menos cinco novos pacientes em diferentes fases da doença, muitos deles em estado avançado.

A nível global, prevê-se que até 2040 surjam 1,5 milhão de novos casos de câncer na África subsaariana. Em Moçambique, a situação agrava-se pelo diagnóstico tardio, hábitos alimentares de risco, pobreza e deficiências no sistema de saúde.

“Precisamos de prevenir e diagnosticar mais cedo”.

Cossa destacou a importância de fortalecer os registos oncológicos e desenhar programas específicos de prevenção.

"Temos menos de quatro endoscópios no sistema público de saúde, o que limita muito o diagnóstico precoce. É urgente investir em rastreio, prevenção e programas de apoio aos hospitais que lidam diariamente com esta realidade”, disse.

APENAS 120 CASOS DE CÂNCER INFANTIL SÃO TRATADOS POR ANO EM MOÇAMBIQUEA médica pediatra Faizana Amodo, directora do Serv...
04/10/2025

APENAS 120 CASOS DE CÂNCER INFANTIL SÃO TRATADOS POR ANO EM MOÇAMBIQUE

A médica pediatra Faizana Amodo, directora do Serviço de Hemato-Oncologia Pediátrica do Hospital Central de Maputo, revelou num dos painéis da 18ª jornadas de saúde, que o país deveria diagnosticar entre 1.500 e 2.000 novos casos de câncer infantil anualmente, mas apenas 100 a 120 chegam ao único centro de tratamento.

A discrepância mostra o peso do subdiagnóstico e da falta de acesso aos cuidados especializados, sobretudo nas províncias.

De acordo com a especialista em Hemato­Oncologia pedriatrica, 45 por cento da população moçambicana tem menos de 15 anos, o que torna o câncer infantil um desafio prioritário.

Estima-se que quase metade dos casos globais de câncer pediátrico ocorrerá em África até 2050.

“Uma criança doente é uma família inteira doente”
Faizana sublinhou que o impacto vai além da saúde. “Uma criança ou um adolescente que morre prematuramente representa uma perda para a família, uma ameaça à poesia familiar e uma perda social a longo prazo. O local onde uma criança nasce não deve determinar se ela vai sobreviver ou não com câncer”, afirmou.

Ela defendeu investimentos urgentes em diagnóstico precoce, formação de profissionais, cuidados de suporte e expansão dos centros de tratamento para reduzir a mortalidade e o abandono terapêutico.

HIV: HOMENS DEMONSTRAM RESISTÊNCIA EM RECORRER ÀS UNIDADES SANITÁRIASUm estudo apresentado pela médica e investigadora L...
04/10/2025

HIV: HOMENS DEMONSTRAM RESISTÊNCIA EM RECORRER ÀS UNIDADES SANITÁRIAS

Um estudo apresentado pela médica e investigadora Lúcia Chambal, do Hospital Central de Maputo, revelou que muitos doentes continuam a procurar ajuda médica tardiamente, apesar da testagem e do tratamento do HIV serem gratuitos.

A informação foi tornada pública nas Jornadas Nacionais de Saúde, que terminam esta sexta-feira em Maputo e que reuniram mais de 700 trabalhos científicos.

A pesquisa, realizada entre 2021 e 2023 em três unidades sanitárias da capital e que envolveu 1.400 pessoas, mostra que grande parte dos pacientes chega já com sintomas avançados, o que compromete a eficácia da estratégia “testar e tratar”.

Segundo Chambal, o atraso é mais acentuado entre os homens, que resistem a procurar cuidados médicos devido ao estigma, crenças culturais e falta de informação. Já as mulheres acabam por ser mais testadas, sobretudo durante a gravidez e o acompanhamento infantil, o que aumenta as chances de diagnóstico precoce.

Para a investigadora, este comportamento dificulta o combate à doença e aumenta o risco de novas infeções.

O estudo alerta ainda que até jovens com escolaridade média e alta desvalorizam sinais da doença, o que agrava a situação. A investigadora doz que o impacto da pesquisa vai além da esfera clínica, ao reforçar a necessidade de campanhas específicas para engajar os homens e apoiar políticas públicas mais eficazes no combate ao HIV em Moçambique.

NO PAÍS: ESTUDO DESTACA PAPEL DOS HOMENS NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Apresentado nas Jornadas Nacionais de Saúde do In...
04/10/2025

NO PAÍS: ESTUDO DESTACA PAPEL DOS HOMENS NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA

Apresentado nas Jornadas Nacionais de Saúde do Instituto Nacional de Saúde (INS), o trabalho da investigadora Lénia Sitoe evidencia a importância de envolver os homens na utilização dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, propondo mudanças para torná-los mais inclusivos.

Lénia Sitoe, mestre em Enfermagem de Saúde Materna e Neonatal, apresentou um estudo inovador sobre percepções e uso dos serviços de saúde sexual e reprodutiva por homens no distrito da Manhiça, sul de Moçambique.

O trabalho, que analisou dados recolhidos entre 2015 e 2022, envolveu 98 participantes maiores de 18 anos e revelou que barreiras culturais, sociais e estruturais dificultam a procura destes serviços por parte do público masculino.

Entre os factores apontados, estão o peso de estereótipos de género e masculinidade, o desconforto em serem atendidos por profissionais do s**o feminino e a percepção de que a saúde sexual reprodutiva é responsabilidade exclusiva da mulher. Contudo, os resultados também mostraram avanços.

" A maioria dos homens conhece as principais infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis e gonorreia, o que indica algum nível de conhecimento", observou Sitoe.

O mérito da pesquisa reside em dar visibilidade a um tema pouco explorado e em defender a criação de serviços “amigos do homem”, nos quais eles se sintam confortáveis para procurar apoio.

Para Sitoe, reconhecer os homens como actores activos neste campo é essencial para melhorar a saúde pública e reduzir a propagação de infecções.

PESQUISA EM SOFALA APONTA SOLUÇÃO EFICAZ CONTRA VIOLÊNCIA EM GRÁVIDASApresentado nas Jornadas Nacionais de Saúde do Inst...
03/10/2025

PESQUISA EM SOFALA APONTA SOLUÇÃO EFICAZ CONTRA VIOLÊNCIA EM GRÁVIDAS

Apresentado nas Jornadas Nacionais de Saúde do Instituto Nacional de Saúde (INS), o estudo liderado por Caetano Topola Raposo demonstrou que o treinamento de habilidades de resolução de problemas pode reduzir a violência por parceiro íntimo e sintomas depressivos em mulheres grávidas.

Conduzida em 2022, a investigação envolveu 392 mulheres grávidas acompanhadas em quatro unidades sanitárias da cidade da Beira.

O estudo avaliou um programa de seis semanas de treinamento focado em técnicas de comunicação e resolução de conflitos conjugais.

Após três meses de monitoria, os resultados revelaram uma redução expressiva na prevalência de violência por parceiro íntimo, assim como nos índices de depressão entre as participantes.

Segundo o investigador principal, Caetano Topola Raposo, do INS, na Delegação Provincial de Sofala, o trabalho evidenciou que estratégias de resolução de problemas baseadas no diálogo e na aproximação fortalecem as relações e melhoram a saúde emocional das gestantes.

“O reconhecimento desta pesquisa confirma a importância de investir em intervenções de saúde pública voltadas para mulheres em situação de vulnerabilidade”, afirmou.

Apresentado no maior palco científico nacional, o mérito do estudo reside em oferecer evidências práticas para políticas de mitigação da violência baseada no gênero, contribuindo para a saúde mental materna e a protecção tanto das mães quanto dos bebés. A pesquisa contou ainda com apoio de uma equipa multidisciplinar de psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros.

MOÇAMBIQUE REGISTA AVANÇOS EM SEGURANÇA CIBERNÉTICAO País registou progressos no Índice Global de Segurança Cibernética ...
03/10/2025

MOÇAMBIQUE REGISTA AVANÇOS EM SEGURANÇA CIBERNÉTICA

O País registou progressos no Índice Global de Segurança Cibernética (GCI), com uma pontuação de 41,86 por cento em 2024, uma subida significativa em relação à avaliação anterior de 2020.

O dado foi revelado por Lourino Chemane, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), durante o lançamento do Mês de Consciencialização em Segurança Cibernética, realizado esta sexta-feira (03), em Maputo.

Segundo Chemane, o desempenho melhorado do país resulta da implementação de políticas públicas e de um esforço conjunto entre instituições do sector público-privado.

“Esta evolução no índice global reflecte o nosso compromisso com a criação de um ambiente digital mais seguro. Temos investido em campanhas de consciencialização, melhorias técnicas e no reforço do quadro legal e institucional”, afirmou Chemane.

O dirigente anunciou que o Conselho de Ministros aprovou as propostas da Lei de Segurança Cibernética e da Lei de Crimes Cibernéticos, que serão submetidas à Assembleia da República.
“Estes instrumentos visam garantir a soberania dos dados, a segurança das infraestruturas e a confiança nos serviços digitais em Moçambique”, destacou.

Conforme o referido, Moçambique participará na Cerimónia de Assinatura da Convenção das Nações Unidas sobre Crimes Cibernéticos, marcada para os dias 25 e 26 deste mês, em Hanói, Vietname.

MINISTRO DA SAÚDE DEFENDE CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA RESILIENTE O Ministro da Saúde, Ussene Isse, defendeu a necessidade u...
02/10/2025

MINISTRO DA SAÚDE DEFENDE CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA RESILIENTE

O Ministro da Saúde, Ussene Isse, defendeu a necessidade urgente de construir um sistema de saúde resiliente, capaz de absorver choques externos e garantir a continuidade dos cuidados prestados à população.

A declaração foi feita esta quarta-feira (2), durante a cerimónia de abertura da 18ª Jornada Nacional de Saúde, que decorre sob o lema; Promovendo a Resiliência do Sistema Nacional de Saúde com Base em Evidência Científica.

Ussene Isse destacou os principais desafios que o país enfrenta no sector da saúde, incluindo o surgimento de doenças emergentes e reemergentes como a Mpox, Dengue e Conjuntivite Hemorrágica, agravamento de eventos climáticos extremos, redução do financiamento externo, bem como o crescimento de doenças crónicas não transmissíveis.

"Estes desafios e choques não só ameaçam o alcance das metas de cobertura universal de saúde, como também colocam em risco todos os ganhos do sector de saúde alcançados nas últimas décadas", alertou Isse.

As Jornadas Nacionais de Saúde, iniciadas em 1976, consolidaram-se como a principal plataforma de partilha científica no país. A edição de 2025 marca um recorde com 789 trabalhos científicos aprovados, superando os 500 da edição anterior, realizada em 2021. Pela primeira vez, o número de trabalhos submetidos ultrapassou a marca dos mil.

SECTOR DA SAÚDE ENFRENTA DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA TUBERCULOSE  INFANTILA investigadora Denise Banze, do C...
02/10/2025

SECTOR DA SAÚDE ENFRENTA DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA TUBERCULOSE INFANTIL

A investigadora Denise Banze, do Centro de Investigação e Treino do Hospital Geral Polana Caniço, alerta para a necessidade de maior investimento em métodos laboratoriais e acesso a terapias adequadas. Para colmatar os desafios enfrentados pelo sector da saúde no diagnóstico e tratamento da tuberculose infantil.

Banze destacou durante a sua intervenção, nas 18ª Jornadas Nacionais de Saúde que decorrem no país, Que a doença permanece subnotificada em crianças devido à dificuldade de detecção laboratorial, o que compromete o início antecipado da terapia.

“Grande parte dos casos em menores não é confirmada por métodos laboratoriais, porque as técnicas existentes são pouco sensíveis para este grupo etário”, explicou Banze, alertando que a dependência de diagnósticos clínicos aumenta o risco de erros e de atraso no tratamento.

Outro obstáculo apontado é o acesso limitado a medicamentos formulados especificamente para crianças, o que obriga em muitos casos, à adaptação de doses pensadas para adultos, comprometendo a eficácia da terapia.

Para a investigadora, é urgente reforçar a capacidade dos laboratórios, expandir o uso de novas tecnologias de diagnóstico rápido e garantir a disponibilidade de tratamentos pediátricos adequados. “Sem estas medidas, continuaremos a perder vidas de forma evitável”, concluiu.

As Jornadas Nacionais de Saúde reúnem especialistas nacionais e internacionais para debater estratégias de combate às principais doenças que afectam o país.

‎50 ANOS DE CRIAÇÃO DA RM:‎CHAPO DIZ QUE EMISSORA CONTRIBUIU PARA CONSOLIDAÇÃO DA UNIDADE NACIONAL O Presidente da Repúb...
02/10/2025

‎50 ANOS DE CRIAÇÃO DA RM:

‎CHAPO DIZ QUE EMISSORA CONTRIBUIU PARA CONSOLIDAÇÃO DA UNIDADE NACIONAL

O Presidente da República, Daniel Chapo, endereçou nesta quinta-feira (02), uma mensagem de felicitação à Rádio Moçambique (RM) pela passagem dos 50 anos de sua criação, sublinhando que o órgão é uma das instituições que mais contribuíram para consolidação da unidade nacional no país.

‎Na mesma mensagem, o Daniel Chapo disse que à Rádio Moçambique desempenhou um papel fundamental na promoção cultural, dando voz às diversas realidades, linguísticas e sociais mais marcantes da identidade moçambicana.

‎“Ao longo de cinco décadas, a RM constituiu uma verdadeira escola de cidadania, acompanhando os momentos mais marcantes da história do país e contribuindo para a construção de uma consciência nacional baseada nos valores da paz, da solidariedade e da democracia”, sublinhou na carta.

‎No mesmo documento, o Presidente da República exortou a emissora a continuar a modernizar-se e a fortalecer a sua proximidade com os radiouvintes.

‎“Os próximos 50 anos devem ser marcados por uma Rádio Moçambique cada vez mais aberta à inovação tecnológica, capaz de dialogar com as novas gerações e de manter viva a sua função social de serviço público”, refere a mensagem.
‎Com efeito, o Chefe do Estado reafirmou o reconhecimento do Governo pelo contributo da RM no fortalecimento da democracia e no desenvolvimento de Moçambique.

‎ALERTA O MISAU: CANCRO É A SEGUNDA CAUSA DE MORTES EM INDIVÍDUOS COM 15 A 49 ANOS DE IDADE NO PAÍS ‎‎A doença do cancro...
02/10/2025

‎ALERTA O MISAU: CANCRO É A SEGUNDA CAUSA DE MORTES EM INDIVÍDUOS COM 15 A 49 ANOS DE IDADE NO PAÍS

‎A doença do cancro em Moçambique é considerada a segunda causa de mortes registadas em indivíduos com idades compreendidas entre 15 a 49 anos de idade, e uma das primeiras razões responsáveis pela morte de pessoas com mais de 50 anos de idade, atingindo cerca de 17 mil óbitos por ano.

‎A informação foi avançada nesta quinta-feira (02), em Maputo, pelo Secretário Permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Ivan Manhiça, na abertura da Reunião Anual do Programa Nacional do Controlo do Cancro, tendo realçado como as de maior incidência o do colo do útero, da mama, da próstata, o sarcoma de Kaposi, o cancro pediátrico e outras patologias relacionadas ao HIV-SIDA.

‎O Secretário Permanente do MISAU, explicou que o desconhecimento em relação ao surgimento dos primeiros sinais e a falta de busca por serviços de saúde para o rastreio do cancro, são alguns dos factores por detrás do diagnóstico tardio da doença, resultando na perda de vidas humanas, que chegam a atingir mais 60%.

‎Entretanto, Ivan Manhiça garantiu que o MISAU, através de programas de detecção precoce de patologias e maior assistência médica e medicamentosa, tem proporcionado melhor diagnósticos e tratamentos de pacientes com cancro.

‎“Nos últimos anos, o Governo tem desencadeado acções com vista mitigar os impactos negativos do cancro, com destaque para expansão da rede sanitária, com uma cobertura de 26% em tratamento de cancro da mamã e do colo do útero; capacitação de sub-especialistas ; programas de vacinação, visando abranger um total de 3.1 milhões de raparigas; a promoção de serviços de radioterapia; bem como a elaboração de roteiro rumo a eliminação do cancro e suas variantes, aprovado recentemente ”, assegurou o dirigente.

MORTALIDADE MATERNA AINDA PREOCUPA MOÇAMBIQUEA mortalidade materna continua a ser um grande desafio em Moçambique, segun...
02/10/2025

MORTALIDADE MATERNA AINDA PREOCUPA MOÇAMBIQUE

A mortalidade materna continua a ser um grande desafio em Moçambique, segundo Leonardo Chavane, professor de Políticas de Saúde e Gestão de Sistemas.

Os dados apresentados nas Jornadas Científicas do Instituto Nacional de Saúde, no simpósio “Enfrentando as principais causas da mortalidade materna, neonatal e infantil em Moçambique”, mostram que em 2023, por dia, no mundo, cerca de 700 mulheres morreram em consequência de complicações da gravidez e do parto.

As principais causas continuam a ser hemorragias, hipertensão, sépsis e complicações de abortos inseguros.

Em Moçambique, a hemorragia e os transtornos hipertensivos lideram os registos do Comité de Mortes Maternas, com mais de 27 por cento dos casos sem causa identificada, o que dificulta a resposta.

Chavane destacou ainda falhas no sistema de saúde, como insuficiência e má distribuição de profissionais e falta de medicamentos, além de determinantes sociais, como pobreza, normas de género e baixa escolaridade da mulher. A gravidez na adolescência agrava ainda mais o risco.

"Sem mudanças profundas e políticas integradas em saúde, educação e igualdade de género, Moçambique poderá não alcançar até 2030 a meta de reduzir a mortalidade materna para menos de 70 mortes por 100 mil nascimentos vivos", alertou.

MORTALIDADE NEONATAL REGISTA 24 MORTES EM CADA MIL NASCIMENTOSA mortalidade neonatal continua elevada em Moçambique, com...
02/10/2025

MORTALIDADE NEONATAL REGISTA 24 MORTES EM CADA MIL NASCIMENTOS

A mortalidade neonatal continua elevada em Moçambique, com 24 recém-nascidos a morrer por cada mil nascimentos vivos, revelou a chefe da Repartição de Saúde Infantil do Ministério da Saúde, Arla Alfândega .

O alerta foi feito durante as Jornadas Científicas do INS, no simpósio “Enfrentando as principais causas da mortalidade materna, neonatal e infantil em Moçambique”.

Das principais causas destacam-se complicações da prematuridade, asfixia ao nascer, sépsis e anomalias congénitas.

Apesar da redução da taxa de 50 para 24 óbitos por mil nascimentos desde 1997, o número continua preocupante.

"A maioria destas mortes é evitável com medidas simples e de baixo custo”, afirmou Alfândega.

O Plano de Acção para Cada Recém-Nascido (2019-2023) introduziu intervenções de grande impacto, como partos assistidos por profissionais qualificados, reanimação neonatal e cuidados para prematuros. Foram revitalizadas unidades neonatais em cinco províncias, mas persistem desafios, como a falta de recursos humanos especializados, equipamentos limitados e problemas de manutenção de materiais básicos, como oxigénio.

Actualmente, o país tem 33 unidades neonatais, mas apenas 7 por cento cumprem padrões exigidos. A meta é que 80por cento dos distritos tenham uma unidade funcional até 2030. Para a Daniela Soares, pediatra com larga experiencia, a prioridade é integrar estratégias maternas e neonatais para garantir que cada criança nasça e sobreviva com dignidade.

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