13/03/2025
Plutónio atingiu um nível que já não se mede apenas pelo número de streams ou shows esgotados.📉
Quem consome o trabalho dele já não precisa ser rotulado e separado por bolhas, ya ele furou a bolha !!!
Isso não acontece por acaso, estamos a falar de um trabalho pensado com um equilíbrio raro entre a acessibilidade comercial e a profundidade artística. Poucos conseguem manter essa linha sem cair num dos extremos.
Plutonio faz, e sempre fez isso com naturalidade. Quando canta para o grande público não se dilui. Quando traz barras pesadas ou uma abordagem mais cuidada, não se fecha numa bolha hermética.
O concerto no MEO Arena foi um reflexo disso.
O alinhamento era um passeio pela sua evolução, desde os temas mais duros até às melodias que fazem multidões cantar, o que reflete o que disse aí em cima.
O aparato visual, iluminação, a sonoridade, tudo estava afinado pra criar um espetáculo que não se limitasse a entreter, um momento único de proporções internacionais, em todos os níveis relevantes na avaliação de um grande show !
Esgotar o MEO Arena duas vezes seguidas é um feito que exige contexto.
São mais de 20 mil pessoas por noite, um número que só grandes estrelas da música conseguem reunir em Portugal. Não é um pavilhão qualquer. É o maior espaço da Tuga, onde as grandes estrelas globais cantam quando pisam em Terras Lusas, entenderam ?
Se a música fosse um campo de batalha mitológico, ele seria um daqueles guerreiros que contra todas as probabilidades conquistam territórios que antes pareciam inacessíveis.
Eu nunca pensei que um artista solo Afro Descendente, filho da cultura Hip Hop, marginalizado antes do sucesso, teria autoridade para entrar no MEO Arena, esgotar aquilo com um espetáculo preparado ao mínimo detalhe, e repetir o feito como se nada fosse, mas ele foi lá e Fez !!!
ÍCONE