20/07/2025
VIVO HUMILHAÇÃO NO MEU LAR E MINHA FAMÍLIA DIZ PARA AGUENTAR 😭
AZARIAS DESABAFA COMIGO
Casei em união de facto em 2014, com apenas 21 anos. Na altura, eu fazia a 12ª classe e o meu marido já trabalhava. Como em muitos casamentos, nem tudo são flores.
Desde o início, sempre que havia um problema entre nós, em vez de conversarmos primeiro como casal, ele preferia ligar para os pais ou familiares. Foram (e ainda são) muitas situações difíceis.
Em 2016, por exemplo, cheguei a fazer as minhas trochas grávida e fui para casa do meu pai porque o nosso filho partiu uma lâmpada. Quando ele voltou e percebeu o que tinha acontecido, ligou para o pai a queixar-se. Já em 2015, tinha acontecido algo semelhante.
Fomos levando, e por um tempo pensei que as coisas tinham melhorado.
Em 2022, graças a Deus, consegui entrar para a polícia. Comecei a trabalhar. Mas quando voltei da formação, em vez de encontrar paz, ele começou a esfregar na minha cara que foi graças a ele que consegui o emprego. Cheguei a notificá-lo no IPAJ porque as palavras que ele me dizia doíam demais. Por um tempo, os insultos pararam.
Atualmente, trabalho longe de casa e não consigo regressar sempre. Dezembro é sempre um mês complicado no trabalho, e no ano passado, por conta das manifestações, ficou ainda mais difícil voltar.
O que me surpreendeu foi começar a receber chamadas da minha sogra a cobrar por que eu não voltava para casa. Disse muitas coisas, inclusive inverdades. Fomos até casa dos meus sogros e, com a própria boca, ele disse que me fez estudar. Deixou transparecer que já não me queria mais, falou coisas humilhantes. Mas a verdade é que ele não me fez estudar! Quando me conheceu, eu já fazia o nível médio numa escola privada, paga pelo meu pai. Ele mal conseguia pagar alguma coisa e acabei por me transferir para uma escola pública.
A minha sogra chegou a dizer à minha concunhada que se eu deixasse o filho dela, perderia o meu emprego. Ouvir isso doeu muito. Quando voltei para casa, não consegui ficar. Voltei para o meu trabalho e liguei para a minha sogra para lembrá-la de como o filho dela me encontrou. Ela considerou isso um insulto, contou ao meu cunhado e ele ligou-me a cobrar.
Foram muitas cenas. No mesmo episódio, o meu marido tirou todos os meus pertences do nosso quarto e colocou tudo no quarto das crianças — até o tapete e o carpete. A empregada presenciou tudo e ligou-me a contar. Ele foi ao IPAJ pedir separação e mandou-me a notificação por WhatsApp. Mas, ao mesmo tempo, parecia estar um pouco indeciso e disse que talvez não fosse preciso irmos ao IPAJ. Mas eu insisti, disse que o melhor era irmos.
Fomos. Lá ele estava firme na ideia de separação, mas as senhoras do IPAJ pediram que pensássemos nas crianças. Foi difícil, mas acabaram por conseguir demovê-lo. Desde então, tudo parecia calmo.
Em Abril deste ano, a minha irmã gémea ficou internada e eu fui cuidar dela. Infelizmente, essa situação coincidiu com o casamento do meu cunhado. Tanto na sograria como na minha família havia casamentos, mas eu era a única disponível para cuidar da minha irmã. Toda a gente estava ocupada com as festas.
Quando a tia do meu marido perguntou por mim, ele respondeu que não sabia onde eu estava. A família dele não recebeu bem essa resposta e começaram as críticas, acusações, pedras e até ameaças contra mim.
A tia do meu marido encontrou a minha tia no mercado e pediu para falar comigo. Quando ela me perguntou se havia algum problema na nossa casa, respondi: "Que eu saiba, não. Mas aqui, geralmente, sou a última a saber de alguma coisa." Dei-lhe o contacto da sogra, elas falaram e logo veio a resposta: disseram que não sabiam por que eu não participei do casamento. Mesmo explicando os motivos, a nódoa ficou. Toda a família ficou contra mim. Combinaram marcar uma "sentada", não sei bem com que propósito.
Voltei para casa e expliquei tudo ao meu marido, pedi que falasse com a tia e marcassem logo a tal data. E acredita que, numa bela manhã, ele me diz:
> “Eu não sabia que a tia Es... ligou para a tia Zi..., mas na verdade nem eu nem a família gostamos do que você fez. Eu não gostei. Você fez o que achou melhor pra si, mas eu não gostei.”
Fiquei sem palavras. Não lhe respondi nada.
Já percebi, há muito tempo, que neste casamento não há amor nem consideração. Qualquer pequeno problema e ele quer separação. Mostrei à minha tia mensagens em que ele dizia claramente que não me queria mais. Mas mesmo assim, ela está contra mim. E sinceramente, não sei mais o que fazer. Neste momento, eu esperava apoio da minha família, mas só encontro julgamento. Dizem que não tenho motivos para me separar. Todos os dias sou julgada, insultada e humilhada, tanto por ele como pela família dele.
Me ajudem.