Mbenga: artes e reflexões

Mbenga: artes e reflexões Mbenga Artes e Reflexões surgiu em 2012 e em 2013 deu os primeiros passos. Em 2014 começamos a publicar com maior regularidade.

Mbenga Artes e Reflexões é uma plataforma que comunica, em diferentes formatos, as diferentes disciplinas e manifestações de arte moçambicanas e lusófonas. É um projecto criado por jovens jornalistas. Somos guiados pela criatividade e acreditamos que podemos contribuir para a mudança, pela positiva, do cenário artístico actual.

Imperdível 🔥📻Hoje, no Mbenga na Cidade, destacamos a conversa sobre o concerto “Filhos do Mar”, do projecto Continuadore...
09/10/2025

Imperdível 🔥📻

Hoje, no Mbenga na Cidade, destacamos a conversa sobre o concerto “Filhos do Mar”, do projecto Continuadores, de Ailton José Matavela e Tiago Correia-Paulo, com Pedro da Silva Pinto como convidado especial. O espectáculo acontece amanhã, 10 de Outubro, às 20h, no CCFM.

🎧 Acompanha esta e outras matérias a partir agora, na Rádio Cidade FM (97.9) ou em
bit.ly/3BZ0DSz, no programa realizado pela Plataforma Mbenga Artes e Reflexões.

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No cinema, será que a boa intenção chega?O Novo Secretário observa, denuncia, mas não surpreende. A crítica social está ...
23/09/2025

No cinema, será que a boa intenção chega?

O Novo Secretário observa, denuncia, mas não surpreende. A crítica social está lá… mas a questão vai muito além disso.

👉 Leia a crítica completa no canal Mbenga Artes e Reflexões:
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A escritora e artista moçambicana Mel Matsinhe realiza hoje, 23 de setembro, o lançamento do seu mais recente livro infa...
23/09/2025

A escritora e artista moçambicana Mel Matsinhe realiza hoje, 23 de setembro, o lançamento do seu mais recente livro infantil, Translúcida, Tilu e o Mar, na Galeria do Porto, em Maputo. O evento promete reunir crianças, jovens e adultos para um momento de reflexão e celebração da literatura.

Publicado pela Xiluva Arte Edições, o livro traz uma mensagem profunda sobre a inclusão e o papel crucial de cada indivíduo na construção de soluções para os desafios ambientais. A história segue Tilu, uma menina que, após um encontro misterioso, passa a entender a importância da comunidade e da preservação ambiental, iniciando um movimento coletivo para salvar a sua vila.

De acordo com Mel Matsinhe, Translúcida, Tilu e o Mar reflete sobre como "as crianças também têm ideias valiosas" e incentiva todos, independentemente da idade ou nível de educação, a contribuírem para um futuro mais sustentável. A autora destaca a necessidade de uma ação colectiva, onde cada voz, grande ou pequena, tem um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.

O lançamento do livro será uma oportunidade única para os presentes refletirem sobre os temas centrais da obra, além de discutirem como a literatura pode ser uma ferramenta poderosa de transformação social e ambiental. O evento é aberto ao público e promete ser um momento marcante na cena cultural de Maputo.

A entrada é gratuita e todos estão convidados a participar desta celebração literária que reforça os valores de inclusão, sustentabilidade e a importância da participação ativa de todos na construção de um mundo melhor.

O complô dos mesmos(AEMO sem saber escrever roteiros diferentes)Dizem que eleições são a festa da democracia. Mas, se fo...
26/07/2025

O complô dos mesmos
(AEMO sem saber escrever roteiros diferentes)

Dizem que eleições são a festa da democracia. Mas, se for verdade, as nossas festas são sempre no mesmo salão, com os mesmos convivas e a mesma música desafinada. Das eleições gerais de 2024, marcadas por protestos e contestações, à CTA, onde a disputa empresarial foi mais parecida com briga de família que com debate de ideias, o enredo tem sido previsível: um teatro onde todos fingem surpresa no final.

Chegamos agora à AEMO, Associação dos Escritores Moçambicanos, e, se alguém esperava um sopro de frescura literária, enganou-se no endereço. O que vimos foi mais um capítulo da mesma novela, só que sem o protagonista de antes. Carlos Paradona, secretário-geral reeleito em 2021 num processo que ficou célebre pela gritaria, acusações de complô e insultos a escritores até então considerados idóneos, decidiu não concorrer este ano. A saída dele do palco parecia abrir espaço para uma renovação. Parecia.

Porque o fantasma de Paradona pairou sobre cada voto. O trauma da eleição anterior, que dividiu a associação em bandos e deixou feridas abertas, não foi esquecido. Pior: os mesmos nomes envolvidos no tal “complô” de 2021, acusados de manobrar bastidores para garantir a vitória do secretário-geral, agora surgem em lados opostos. Os que antes eram cúmplices hoje atiram pedras uns aos outros com a mesma convicção poética de quem recita versos num campo de batalha.

E assim seguimos, num ciclo de repetições que mistura política e literatura em doses iguais de tragédia e farsa. A assembleia da AEMO de 2025 foi anunciada como momento de viragem, mas soou mais a eco: discursos inflamados prometendo mudança, velhos ressentimentos reciclados, a mesma sensação de déjà-vu. O espelho da democracia, já rachado nas gerais e na CTA, quebrou-se de vez no corredor dos escritores.

No fim, a pergunta permanece: será que um dia vamos trocar o guião ou continuaremos a repetir, com actores fatigados, a mesma peça? Até lá, seguimos aplaudindo o espectáculo dos mesmos – e rindo para não chorar.

por Leonel Matusse Jr.

Rir é perigoso (mas só quando rimos de nós mesmos) - ConclusãoA pergunta que f**a no ar é: quem tem medo do riso? Quem s...
21/07/2025

Rir é perigoso (mas só quando rimos de nós mesmos) - Conclusão

A pergunta que f**a no ar é: quem tem medo do riso? Quem se sente ameaçado por três humoristas e um microfone? Só regimes frágeis. Regimes que já perceberam que não têm mais o monopólio da palavra, e que agora querem controlar também a gargalhada. Porque sabem que, quando o povo começa a rir dos seus governantes, já começou, no fundo, a imaginar-se sem eles.

Impedir o espectáculo foi uma estratégia burra, para usar um termo técnico. Num país a ferver de tensões pós-eleitorais, onde a legitimidade do governo é contestada até nas mesas dos bares e nos murais digitais, mandar os comediantes de volta é sinal de desespero. E se o regime teme tanto o humor, é porque o humor está a fazer o seu trabalho: dizer verdades com graça. Expor o rei, mesmo quando ele finge estar vestido.

E cá entre nós, quem vê conspiração até num punhado de piadas, é porque tem culpa no cartaz. E medo da plateia.

Por Leonel Matusse Jr

Rir é perigoso (mas só quando rimos de nós mesmos) - parte 1. Gilmário Vemba não entrou. Nem Hugo Sousa. Nem Murilo Cout...
21/07/2025

Rir é perigoso (mas só quando rimos de nós mesmos) - parte 1.

Gilmário Vemba não entrou. Nem Hugo Sousa. Nem Murilo Couto. O trio do riso foi barrado à porta como se viesse traf**ar sorrisos perigosos. Aparentemente, tinham um plano maquiavélico: entrar sorrindo, contar piadas, provocar gargalhadas e sair com aplausos. Uma ameaça real ao Estado de espírito nacional.

Mas calma. Tudo tem explicação. Diz o Senami, instituição que, ironicamente, celebra 50 anos como porteiro oficial da República, que os humoristas não traziam o visto certo. Vinham para rir com o povo, mas sem a bênção do Ministério da Cultura, esse templo onde o humor vai pedir licença antes de existir.

Agora, é curioso que um grupo de artistas, com nome, rosto, bilhetes vendidos e plateia à espera, seja tratado como se estivesse a tentar infiltrar-se no país para fazer stand-up em becos clandestinos. A justif**ar o disparate, aparece o sempre prestável argumento: “violação de procedimentos”. Um argumento que tem servido tanto para impedir a entrada de humoristas como para justif**ar a entrada de balas em corpos de manifestantes.

Venâncio Mondlane, ele mesmo, não perdeu tempo. Viu na situação um sinal dos tempos. Gilmário, afinal, é seu aliado. Tinha-lhe dado palco, literalmente. E, como em Moçambique rir se tornou um acto político, bastou que um dos risos estivesse associado a um opositor para que o regime entrasse em pânico.

A ironia essa ferramenta que os humoristas dominam e o poder teme, é que impedir o espectáculo foi, em si, um espectáculo.
Um espectáculo de má estratégia. Em vez de abafar a ligação política de Gilmário, amplif**aram-na. Em vez de desmobilizar, chamaram os holofotes. E, no país onde a última grande manifestação surgiu após a morte de uma criança alvejada pela polícia, continuar a dar tiros no próprio pé é já um desporto oficial.
Continua...
Por Leonel Matusse Jr

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