16/12/2025
FPF julgada no TAD. João Leal, o Rei das mentiras.
Nada mediatizado, ocorreu no dia 18 no TAD o julgamento online contra a Federação Portuguesa de Futebol por ela me ter retirado a licença de intermediário na época 2019/20 e subsequentes. Seis anos depois, f**amos finalmente a conhecer as razões através das ‘explicações’ do incontornável João Leal, responsável dos serviços de registos e transferências da casa.
Tudo decorreu conforme os cânones em qualquer julgamento até que chegou a vez da testemunha estrela. E aí começaram as trapalhadas. O homem não conseguia ligar a câmara do seu computador. Pediu desculpa e disse que tentaria pelo telemóvel, porque de ‘tecnologia não entendo nada’. Também não funcionou. Até que o presidente do tribunal, cansado de esperar, mandou acionar o plano C: ‘Vá para a sala do seu advogado e testemunhe a partir de lá’.
A primeira coisa que o homem fez foi queixar-se ao tribunal dos posts que esta página tem publicado sobre o assunto. Fê-lo também em representação da diretora do departamento jurídico da FPF, a dra. Marta Vieira da Cruz, que covardemente acompanhou todo o julgamento com a câmara desligada.
João Leal jurou a pés juntos que diria ‘a verdade e só a verdade’. Mas começou logo com uma mentira: à pergunta do tribunal, disse que trabalhava na FPF desde 2017, corrigindo, após insistência, que começara na realidade em 1999. Enfim, é o dinossauro da casa.
A segunda mentira veio logo depois: ‘não conheço este senhor, nunca estive com ele, terei falado com ele uma vez só’. Memória curta: convidou-me para um almoço no restaurante da Cidade do Futebol na companhia de Eduardo Almeida, na época superintendente da FCVF (Federação de Cabo Verde de Futebol). Duvido que se sente à mesa com dois pretos no seu local de trabalho e nunca mais se lembre disso.
A sua terceira declaração não é uma mentira, é uma heresia de alguém totalmente fora da realidade: ‘Começamos a investigar o demandante porque recebemos a informação e lemos nos jornais da época que ele tinha invadido as instalações do Vitória de Setúbal com o agente Paulo Rodrigues e partido aquilo tudo’.
Ou seja, seis ou sete anos passados, sou colocado por um responsável-mor da FPF num local onde nunca pus os pés. E acrescentou que havia também uma queixa do Sindicato dos Jogadores pelo meu comportamento contra atletas. Sem especif**ar ao tribunal que tipo de comportamento.
Quando perguntado por um dos árbitros se este tipo de atitude não teria merecido um processo administrativo, gaguejou e escapou pela tangente: ‘Não senhor, não o fizemos’.
Uma das suas mentiras mereceu um puxão de orelhas do tribunal.
Oito meses depois do pedido de licenciamento estar a ser cozinhado em banho-maria na nebulosa ‘comissão de intermediários’, da qual f**amos a saber que ele faz parte, afirmou que eu havia pedido à FPF que a licença não fosse emitida porque ‘já estávamos no final da época’. O tribunal leu-lhe um email onde eu pedia justamente o contrário.
Fico-me por aqui. Horrorizado com tanta desfaçatez, mandei-lhe ontem um email para o informar que o seu depoimento de 42 minutos foi por mim gravado e que farei um vídeo com a ‘destruição’ das instalações do Vitória de Setúbal legendado com as suas declarações.
Pra quem não gosta de redes sociais, vai ser uma dor de cabeça.