15/12/2025
O RFEE NA ALDEIA NATAL!
Finda a “maratona” da Aldeia Natal, ainda com o cheiro da canela e da abóbora no nariz, com o som das vozes a ressoar nos ouvido e a boca adoçada pelos velhoses da D. Luísa, o coração mantém-se cheio de bons momentos passados em família.
O cantinho doce não foi só um espaço de venda de bolos e coisas doces, mas uma verdadeira cozinha de família, e nem a sua pequena dimensão impediu que todos se reunissem à volta da lareira, numa confusão divertida, fazendo recordar a altura em que as famílias eram numerosas(avós, pais, filhos) e as casas pequenas, promovendo a coexistência, a partilha de tarefas e de saberes, o apoio mútuo e o convívio.
Ali junto à lareira tudo aconteceu, os velhoses levedaram, o café manteve-se quente, a fragância do vinho quente libertou aromas únicos, a roupa molhada pelas brincadeiras na ribeira foram secas, as mãos aquecidas, as conversas fluíram e os risos não faltaram.
Ninguém se importou com o caliço a cair das paredes velhas, nem com louça lavada num alguidar à saída da cozinha para o quintal.
Um pequeno corredor ligava o cantinho doce à Tasca do Ti Vicente e ali também tudo aconteceu, mas f**a connosco, pois o que se passa na Tasca de lá não passa!
Entre vinho, licores, chouriço assado, entremeadas no pão, queijo de azeite e sopa quente, as conversas fluíram de forma espontânea, alimentadas pela certeza de que a hospitalidade se constrói em rede e se renova na partilha.
Uma visita pelo primeiro andar da “nossa” casa, permitia observar uma casa do início do século XX e a sua imponente e bonita varanda, não deixou ninguém indiferente. Também lá houve conversas e muitas estórias contadas e partilhadas.
Pela beleza do espaço, a varanda foi escolhida para um dos palcos da aldeia Natal e lá houve momentos de música, poesia e canto.
Os sons da aldeia (grupo formado com elementos do RFEA) também por lá passaram, cantaram e encantaram e o RFEA usou as suas escadas para iniciar a sua atuação ao som da música “Memórias”.
Um pouco mais abaixo, o nosso padeiro de serviço, “ponha a mão na massa” e não dava vazão às encomendas de pão com chouriço.
Somos o que guardamos no nosso coração! Cabe a cada um de nós fazer essa escolha.
Conhecendo a essência deste Grupo, acredito que ele irá guardar desta experiência, apenas os momentos felizes, o convívio, a partilha... e quando fazemos desta uma forma de estar na vida, estamos certos de que a nossa passagem por esta vida começa a fazer muito mais sentido e cada dia é uma galáxia de possibilidades para crescermos.
Votos de um santo e feliz Natal
RFEA