
13/05/2024
CONCERTO :: 15 de Maio de 2024, 17:30 h.
Braga, Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho
Alunos do Departamento de Música da Universidade do Minho/Braga
:: Obras de Armando Santiago [1932] ::
:: com a presença do Compositor! ::
I.
Alunos do Departamento de Música à conversa com o compositor.
II.
1. Três Miniaturas (1971), para clarinete solo
Jael Cohen (cl)
2. Groupes IV (Scherzo pour marimba et Gongs) (2023)
1.ª AUDIÇÃO ABSOLUTA
Bernardo Cruz (perc.) [obra escrita para o jovem intérprete]
3. Groupes [I] (1997), para 15 instrumentistas
1.ª AUDIÇÃO EM PORTUGAL
Maria João Saraiva (fl), Jéssica Marquez (ob), Francisca Lima (cl em Mib), Bruno Martins (cl-baixo), João Lopes Mendes (fg), Guilherme Veiga (trp), José Cancela (trpa), João Moreira (tbn), Beatriz Santos (perc), Ruben Oliveira (perc), Inês Filipe (pno), Joana Beatriz Neiva (vl I), João Inácio (vl 2), Clarisse Gomes (vla), Henrique Rocha (vlc), Luana Ferreira (cb), André Coutinho (dir.)
:: Armando Santiago (Lisboa, 1932)
:: Compositor, professor e maestro, estudou canto, piano e violoncelo no Conservatório Nacional de Lisboa, assim como Direcção de Orquestra com Hans Münch e Franco Ferrara, em Itália. Em 1954 é-lhe atribuído o Primeiro Prémio de História da Música e, em 1960, o Primeiro Prémio de Composição, ambos no Conservatório Nacional.
Posteriormente desloca-se para Paris, onde estudou as técnicas da música concreta com Pierre Schaeffer, no Serviço de Pesquisa da ORTF. Bolseiro dos Governos de Portugal e de Itália, trabalhou em Roma, com Boris Porena, e seguiu o curso de Goffredo Petrassi na Academia de Santa Cecília, obtendo o diploma de estudos superiores de Composição. Em 1968 fixa-se no Canadá, onde inicia actividade docente em Composição e dirige a classe de orquestra do Conservatório de Música de Trois-Rivières, instituição de que foi, mais tarde, director (1974-1978).
Naturalizado canadiano em 1972, foi ainda nomeado director do Conservatório de Música do Quebec, tendo sido o responsável, a pedido da Direcção Geral dos Conservatórios de Música do Quebec, para prosseguir as reformas dos programas de ensino. Com um catálogo que abrange os géneros solísticos, de câmara, orquestral, vocal e electrónico, a sua actividade de composição surge como uma forma de responder a uma necessidade pessoal, procurando o cumprimento do detalhe e da justeza de cada atitude.
Sem perder de vista o ensino da História, para Armando Santiago, compor não é um acto isolado da problemática geral da criação artística. A partitura musical não é, assim, mais do que um ‘ajustamento’, por via de códigos específicos, e o compositor um artesão-filtro, sensível e ecléctico. As transformações da linguagem e dos símbolos, apanágio do diálogo, penetrarão então implicitamente, por osmose, na estrutura profunda da obra, e isto, à margem da adopção activa de soluções imediatas de última hora, do refúgio sistemático da trajectória da herança, ou do pudor dos valores do humano ::
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[foto de Armando Santiago por Higino Costa]