21/11/2025
Sobre saúde mental ✨
Em Janeiro de 2020 prometi a mim mesma que ia mudar de vida. E mudei. Não porque seja melhor que ninguém, até porque falhei muitas vezes antes disso, mas porque o meu big why era gigante.
Não havia plano B. Na minha cabeça estava a construir liberdade… (vamos falar de ingenuidade?!)
Foram anos sem férias, sem pausas, sem momentos para mim que me nutrissem de alguma forma. O trabalho, os meus clientes, os meus processos estiveram sempre antes de tudo, antes de todos. Chamava-lhe produtividade, profissionalismo, responsabilidade familiar. Arranjei todos os termos bonitos para calar a exaustão. Até que ela gritou e eu tive que ouvir.
O meu corpo reclamou o seu direito de desligar, desligando, simplesmente.
E tive tempo para pensar na vida incrível que construí nos ultimos anos. Refiz a minha vida apos um divórcio e muitos anos sozinha. Dei à luz mais um ser incrível. Vendi uma casa que me deixava doente. Comprei outra no sitio onde sempre quis viver. Conheci pessoas incríveis e outras detestáveis. Aprendi com isso. Lidei com egos demasiado grandes para caber em certos corpos, incluindo o meu. Aprendi com isso. Só não aprendi ainda a largar a escravidão da produtividade, o flagelo dos tempos modernos. Mas sobre isto aprendi algo também: se não ouvires o teu corpo ele grita, se não ouvires os gritos ele repreende, se mesmo assim ignorares ele pára e aí já não há nada que possas fazer.
Estamos em Novembro… e eu prometi que ia mudar de vida.
E vou mesmo.
A ti que estás a ler isto e a pensar que podias ter sido tu a escrever, não deixes chegar o momento em que o farás.
🤍